segunda-feira, dezembro 21, 2015

Eliminação global de subsídios às exportações é conquista para o agronegócio brasileiro

Na avaliação da ministra Kátia Abreu, decisão tornará competição mundial menos distorcida.


O resultado da Conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Nairobi (Quênia), é extremamente positivo para o agronegócio brasileiro. As negociações resultaram na eliminação imediata dos subsídios a exportações dos países desenvolvidos e extinção gradual para nações em desenvolvimento, até o fim desta década. “Ótima conquista para nosso agronegócio. Condições de competição internacional menos distorcidas para nossos produtos”, afirmou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu.

O acordo representa um avanço no processo de reformas das regras que regem o sistema multilateral de comércio e “foi uma vitória da OMC”, segundo integrantes da equipe brasileira. Isso porque prevaleceu o argumento dos que acreditam no sistema multilateral de comércio, e, sobretudo, para o agronegócio brasileiro.

A Conferência da OMC garante competição internacional dos produtos brasileiros em condições mais justas e equitativas.

O Itamaraty e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram à frente das negociações, conduzidas pelo embaixador do Brasil na OMC, Marcos Galvão. O Mapa e o Itamaraty continuarão trabalhando para fortalecer os pilares de negociação da OMC, sobretudo para a futura eliminação e reforma dos subsídios domésticos.

quarta-feira, novembro 25, 2015

Argentina pode ter aumento radical na produção de grãos após vitória da oposição

Estimativa é que exportação de trigo poderá dobrar ao fim do mandato do novo presidente e que embarques de milho também tenham forte crescimento.

FOTO REUTERS

BUENOS AIRES - Ao final do mandato de quatro anos do presidente eleito Mauricio Macri, a Argentina deverá ter dobrado as exportações de trigo e ampliado fortemente seus embarques de milho, segundo algumas estimativas, conforme o prometido abandono de restrições ao comércio vigentes há anos abrirá as portas para todo o potencial do cinturão agrícola nos Pampas do país.

O líder de oposição Macri venceu o candidato governista Daniel Scioli na eleição de domingo, efetivamente encerrando uma briga de oito anos entre fazendeiros e a presidente Cristina Kirchner, que minava a produção e que apertou o cerco contra embarques de grãos em uma tentativa de segurar a inflação de dois dígitos.

Macri, que venceu com o apoio do lobby de fazendeiros e com uma plataforma de amplo apoio ao livre mercado, prometeu eliminar taxas de exportação de milho e trigo, e abrir o sistema de cotas que controla os embarques internacionais dos dois produtos. Ele também quer uma taxa de câmbio mais competitiva.

O milho deve ter o mais rápido crescimento na área plantada devido a uma previsão de maior lucratividade sob as políticas de Macri, disse o agrônomo Pablo Adreano, que tem analisado o setor de grãos da Argentina por mais de três décadas.

Ele projeta que os produtores vão ampliar a área plantada de 3 milhões de hectares para 4 milhões de hectares no ano safra de 2016/2017. As exportações de milho da Argentina poderiam crescer em 44 por cento nos próximos três anos para 23 milhões de toneladas.

Já as exportações de trigo poderiam subir de 4,3 milhões de toneladas neste temporada para 11 milhões de toneladas em 2018/2019, o que seria equivalente a cerca de 6,8 por cento do comércio global de trigo, disse Adreani.

Mesmo os embarques de soja e seus derivados poderiam subir de 45 milhões de toneladas para 52 milhões de toneladas em 2018/2019, ele disse.

(Por Hugh Bronstein)

FONTE: Reuters 23/11/2015 - 09h54 | Atualizado em 23/11/2015 - 10h27

segunda-feira, novembro 23, 2015

Importação de soja do Brasil pela China cresce quase 50% em outubro

Oferta de soja do Brasil está menor; país já escoou maior parte da safra.
China é o maior importador global, enquanto Brasil é o maior exportador.
As importações de soja brasileira pela China cresceram 47,2% em outubro ante o mesmo mês de 2014, para 3,88 milhões de toneladas, mas recuaram ante o volume de setembro, segundo dados recentes da alfândega chinesa.
Em setembro, as importações chinesas do produto brasileiro tinham somado 5,1 milhões de toneladas. A disponibilidade de soja do Brasil está menor, após o país já ter escoado a maior parte de sua safra recorde.
No acumulado do ano até outubro, as importações de soja do Brasil pelos chineses aumentaram 18%, para 36,9 milhões de toneladas.
Foto: Reprodução/TV Mirante

A China é o maior importador global de soja, enquanto o Brasil é o maior exportador da oleaginosa.
Os embarques da Argentina também avançaram em outubro na comparação anual, para 919 mil toneladas, alta de cerca de 30%.
A desvalorização do real e do peso argentino ante o dólar tem melhorado a competitividade dos grãos da América do Sul no mercado internacional, especialmente ante o produto dos Estados Unidos.
As importações de soja dos EUA, que acabam de finalizar a colheita, tendem a avançar nos próximos meses, à medida que a oferta na América do Sul fica mais escassa.
Em outubro, as chegadas do grão norte-americano na China cresceram mais de 100%, para 512 mil toneladas, mas ainda ficaram em volumes relativamente baixos frente ao produto de outras origens.
As importações de soja pela China de todos os destinos somaram 5,5 milhões de toneladas em outubro (alta de 34,8%), enquanto no acumulado do ano avançaram 14,6%, para 65,2 milhões de toneladas.

FONTE: REUTERS 23/11/2015 13h35 - Atualizado em 23/11/2015 13h35

terça-feira, novembro 17, 2015

Abag projeta crescimento de 80% no agronegócio brasileiro

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, encerrou o Fórum “Protagonismo do Agronegócio Brasileiro”, nesta segunda-feira (16), em Porto Alegre, destacando a importância estratégica do agronegócio. “Buscamos manter a lógica de aliar competência com produtividade”, observou Carvalho, lembrando que o agronegócio brasileiro responde atualmente por 24% do PIB nacional, por 40% das exportações e por 30% dos empregos do país. Carvalho mirou no futuro e projetou mais crescimento em função da mudança do padrão de consumo e crescimento da população interna e mundial. “A produção de alimentos deve crescer 80% nos próximos anos. E o Brasil será o maior protagonismo global”, disse.
Outra concorrida participação no Fórum, realizado pela Abag, foi do sócio do Demarest Advogados, Renato Buranello, que apresentou o conceito atual do setor que se inicia pelo fornecimento de insumos, passa pela produção, processamento e armazenamento até chegar à distribuição. “Cerca de 65% do PIB do agro está fora da porteira. O grande desafio do setor é conseguir agregar mais valor a produção”, destacou.
Para isso é necessário maior investimento e, por consequência, novas fontes de financiamento. “Já temos os instrumentos e agora é preciso aperfeiçoá-los”, concluiu ao defender a emissão direta de títulos para os mercados de capitais para que seja mantida a relação direta com os investidores. “O setor precisa de maior prazo, menor custo e maior previsibilidade”, insistiu o palestrante ao pedir melhor planejamento do Estado para o agronegócio.
No painel conduzido pelo analista da MB Associados, Sérgio Vale, o palestrante não foi nada otimista ao pontuar que a expectativa é de que o cenário de recessão no Brasil se prolongue pelos próximos anos se nada for mudado na política econômica do país.
Vale argumentou que a queda na atividade produtiva não tem relação com o agronegócio que vem crescendo de forma expressiva. “Para esse resultado se refletir na economia de uma forma geral, precisamos de reformas, caso contrário, no curto prazo, o grau de deteriorização vai acontecer em ritmo acelerado”, avaliou Vale, acrescentando que só a longo prazo, após esse período de incertezas políticas, a perspectiva pode voltar a ser positiva.
FONTE: AMÉRICA ECONOMIA - http://goo.gl/fuLzle 

quarta-feira, novembro 11, 2015

Clima colabora e plantio de soja avança em MT

O retorno do clima mais úmido permitiu que o plantio da safra 2015/16 de soja em Mato Grosso evoluísse consideravelmente nos últimos dias, embora as previsões para esta semana sejam menos prósperas em termos de chuvas no Estado.
Levantamento divulgado pelo Instituto Mato­Grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicou que a semeadura avançou 23 pontos percentuais na semana encerrada na última quinta­feira, para 61% da área total prevista. O ritmo está ligeiramente atrasado em relação aos 66,9% do mesmo período do ano passado.
Os agricultores locais enfrentam problemas com o tempo seco desde meados de setembro, quando começou o período oficial de plantio em Mato Grosso. Entretanto, as precipitações aos poucos têm voltado ao Estado ­ e, ainda que essas chuvas sejam irregulares, têm contribuído para acelerar as atividades no campo.
Mas as previsões para os próximos dias sinalizam a tendência de tempo mais firme e chuvas apenas na forma de pancadas localizadas, de acordo com a Somar Meteorologia. "Dessa forma, o plantio da soja e das demais culturas de grãos deverá continuar sendo realizado com muita cautela, já que essas pancadas não são garantia de que venham a ocorrer chuvas sobre as áreas desejadas", afirma Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Somar, em boletim.
Por ora, o Imea permanece com uma projeção de colheita de 29,07 milhões de toneladas de soja na atual safra 2015/16, alta de 3,5% na comparação com a temporada passada. O Estado é o maior produtor de grãos do país.
Mas a consultoria FCStone já refez seus cálculos, com base na expectativa de que o déficit hídrico observado não apenas em Mato Grosso, mas também em Goiás, Bahia, Piauí e São Paulo, possa reduzir a produtividade da oleaginosa nesta temporada.
A consultoria reduziu para 29,01 milhões sua estimativa para a colheita de soja mato­grossense, ante as 29,30 milhões apontadas no mês passado. Para a safra brasileira, a FCStone diminuiu a previsão de 101,08 milhões para 100,45 milhões de toneladas ­ ainda um recorde.
Os preços da saca de soja no mercado interno também continuam sustentados pela firmeza do dólar em relação ao real, que ajuda a compensar os baixos preços da commodity na bolsa de Chicago. O indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos no Paraná acumula alta de 22% em um ano, sendo negociada atualmente na casa de R$ 76.

Fonte: http://www.valor.com.br/agro/4306564/clima-colabora-e-plantio-de-soja-avanca-em-mt

quarta-feira, outubro 28, 2015

Produtividade do milho pode crescer de 30% a 40% no país

Terceiro maior produtor e vice­líder nas exportações globais de milho, o Brasil tem potencial para elevar seu nível de produtividade em pelo menos 30% a 40% (duas a três toneladas por hectare), o que traria uma oferta adicional de 30 milhões a 45 milhões de toneladas. Seria como acrescentar à safra do país quase o mesmo volume colhido atualmente em Mato Grosso e no Paraná, os dois principais produtores nacionais do grão, e tudo isso nos mesmos 15 milhões de hectares que a cultura já ocupa, sugere estudo da consultoria McKinsey.

"Sempre falamos que o gargalo está lá na frente, em logística, mas não quer dizer que não tenhamos potencial a capturar no campo. Então, fomos verificar o tamanho da aspiração que podemos ter", disse ao Valor Nelson Russo Ferreira, sócio da McKinsey e líder de agribusiness da consultoria na América Latina.

De fato, o protagonismo do Brasil no mercado de milho destoa de seus índices de produtividade. A média do país é de 5,3 toneladas (88 sacas de 60 quilos) por hectare, praticamente a metade das pouco mais de 10,5 toneladas (175 sacas) dos EUA, que têm a seu favor vantagens de clima e solo que se refletem em custos menores. Com tamanha diferença nos volumes de milho saídos do campo aqui e lá, seria mesmo de se supor que temos muito a avançar ­ o desafio é saber quanto.

Tendo isso em vista, a McKinsey, em parceira com a também americana ConScience Analytics, desenvolveu uma ferramenta (já testada nos EUA e na Europa) capaz de mensurar de forma "granular" a produtividade que está no limbo em áreas agrícolas. No Brasil, Mato Grosso foi eleito o primeiro caso de estudo.

Segundo Lígia Azevedo, agrônoma e consultora da ConScience, um modelo matemático estima a produtividade com base em uma série de processos e informações iniciais. "A partir de uma análise geoespacial, usamos dados climáticos detalhados, além das características físicas e químicas do solo e da planta que se está modelando", explicou.

Ainda que seja necessário um salto na mecanização no uso de novas tecnologias transgênicas, investimentos em infraestrutura e oferta de financiamentos acessíveis aos agricultores, a McKinsey concluiu que seria "realista" a meta de Mato Grosso ganhar de 1,9 a 2,2 toneladas de milho por hectare na segunda safra (a safrinha) ­ a primeira safra do grão é inexpressiva no Estado. E no curto prazo. "Depende de quão duro isso for tentado, mas seria possível em três a cinco anos", previu Ryan McCullough, gerente da ferramenta na McKinsey. A produtividade esperada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2015/16 mato­grossense é de 5,9 toneladas, aquém das 6,06 toneladas da safra anterior em consequência da redução do uso de fertilizantes, que encareceram devido à disparada do dólar.

Mas os potenciais de aumento de produtividade variam muito mesmo em Mato Grosso. O estudo indicou oportunidades de elevação de uma a cinco toneladas por hectare no Estado, tendo mais a conquistar cidades no médionorte, como Nova Maringá, Porto dos Gaúchos e São José do Rio Claro. Municípios do noroeste onde ainda predominam pastagens, como Colniza e Aripuanã, também podem evoluir mas no longo prazo. Já no sudeste há localidades já próximas de seu potencial inato, como Alto Garças e Poxoréu, que têm menos de uma tonelada a ganhar, conforme a McKinsey.

Esses incrementos de produtividade provocariam um impacto financeiro significativo, de acordo com a consultoria, na medida em que trariam US$ 350 mil a mais de receita para uma propriedade de cerca de 1,5 mil hectares. "Haveria ainda um impacto ambiental [positivo] e uma melhoria da competitividade de custo do Brasil no mercado internacional, importante num cenário de preços mais baixos e maior concorrência com outros países", disse Ferreira.

A cadeia de insumos também se beneficiaria. Com mais milho sendo colhido, seria criado um mercado adicional de US$ 700 milhões para fabricantes e distribuidores de fertilizantes (especialmente para vendas de nitrogênio e fósforo) e de US$ 100 milhões para defensivos agrícolas. 

"Também os fornecedores de máquinas e de tecnologias de agricultura de precisão seriam mais demandados nesse cenário. E sabendo onde há mais oportunidades de avanço [na produtividade], melhora­se a estratégia de investimento", avalia o sócio da McKinsey, que tem a expectativa de ampliar essas análises para outras culturas e regiões do país.

FONTE: http://www.valor.com.br//agro/4289646/produtividade-do-milho-pode-crescer-de-30-40-no-pais-diz-consultoria

segunda-feira, outubro 12, 2015

Rebanho bovino cresceu 0,3% em 2014, para 212,3 milhões de cabeças

­ 08/10/2015 às 13h21 Rebanho bovino cresceu 0,3% em 2014, para 212,3 milhões de cabeças O rebanho bovino brasileiro registrou leve crescimento de 0,3% em 2014, somando 212,3 milhões de cabeças, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na “Pequisa Pecuária Municipal” elaborada anual pelo instituto.

"De modo geral, a pecuária, em 2014, registrou melhor desempenho do que em 2013, mesmo diante dos cenários nacional e internacional mais restritivos", afirmou o IBGE no texto da pesquisa.
De acordo com o instituto, cinco Estados do país concentravam no ano passado mais da metade do rebanho bovino nacional. Conforme o IBGE, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará tinham 54% das 212,3 milhões de cabeças. O Centro­Oeste é a região com maior número de bovinos, cerca de um terço da participação nacional.

Ainda segundo o IBGE, entre 2013 e 2014, houve crescimento do efetivo de bovinos no Norte (2,5%), Nordeste (1,4%) e Centro­Oeste (0,2%). Em contrapartida, as regiões Sudeste (­2,1) — impactada pela baixa em Minas Gerais e São Paulo — e Sul (­0,8%) tiveram perda do rebanho.

Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Preto (MS) são as cidades com os maiores efetivos bovinos do país.

Ainda de acordo com o IBGE, a produção de leite foi de 35,1 bilhões de litros em 2014, alta de 2,7% em relação ao ano anterior. Minas Gerais continuou com o título de maior produtor de leite: foram 9,37 bilhões de litros em 2014, o que representa 26,6% de toda a produção nacional.

A pesquisa ainda calculou o preço médio do produto, que foi de R$ 0,96 por litro, gerando um valor de produção de R$ 33,78 bilhões no ano passado. A produtividade média da produção de leite no país foi de 1.525 litros por vaca, crescimento de 2,2% na comparação com o ano anterior.

FONTE: http://www.valor.com.br/agro/4262824/rebanho-bovino-cresceu-03-em-2014-para-2123-milhoes-de-cabecas

terça-feira, outubro 06, 2015

Produção brasileira de soja deverá crescer para 97,8 milhões de ton

Produção brasileira de soja deverá crescer para 97,8 milhões de ton A produção de soja em grão do país deverá alcançar 97,8 milhões de toneladas no ciclo 2015/16, conforme as primeiras estimativas da Associação Brasileiras das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para a safra que está em fase de plantio. Se confirmado, o volume será 3,2% superior ao da temporada 2014/15, calculado pela entidade em 94,8 milhões de toneladas, e representará um novo recorde histórico.

Segundo a Abiove, o total destinado a processamento recuará 100 mil toneladas em igual comparação, para 40 milhões de toneladas, e o volume exportado aumentará em 400 mil toneladas, para 52,8 milhões. Com isso, os estoques finais da matéria­prima foram projetados pela associação em 4,4 milhões de toneladas, ante 2,1 milhões em 2014/15.

Com a leve queda prevista para o processamento, a produção de farelo de soja foi projetada em 30,3 milhões de toneladas em 2015/16, também 100 mil a menos que no ciclo passado. O consumo doméstico do derivado deverá crescer 400 mil toneladas, para 15,5 milhões, e as exportações deverão ser 600 mil toneladas menores, da ordem de 14,8 milhões de toneladas.

No caso do óleo de soja, as projeções da Abiove indicaram a manutenção da produção em 7,95 milhões de toneladas e da demanda doméstica em 6,6 milhões de toneladas. Já as exportações deverão registrar leve queda, para 1,37 milhão de toneladas. 

Fonte: VALOR ECONÔMICO: http://www.valor.com.br/agro/4255988/producao-brasileira-de-soja-devera-crescer-para-978-milhoes-de-ton

quarta-feira, setembro 23, 2015

Produção de ração no Brasil crescerá 3,2% em 2015



A produção brasileira de ração animal deve somar de 67,1 milhões de toneladas em 2015, crescimento de 3,2%, conforme estimativa divulgada hoje pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindicações). Assim como no primeiro semestre, a demanda para a produção de carne de frango é o que puxará a produção de ração no país.

Responsável por quase 60% da produção de ração de país, a avicultura deve registrar aumento de 3,4% em sua demanda por rações neste ano. Conforme as projeções do sindicato, a produção de ração para aves totalizará 38,3 milhões de toneladas em 2015. No ano passado, foram produzidas 37 milhões de toneladas de ração para esse mercado.

Em nota, o vice­presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani, destacou a forte demanda externa pela carne de frango brasileira. Os principais frigoríficos do país vêm sendo beneficiados pelo surto de gripe aviária que atingiu os EUA, principal concorrente do Brasil. Como diversos países proibiram as compras do produto americano, os brasileiros vem ganhando mais espaço no comércio de carne de frango.

Na suinocultura, a demanda por rações também deve crescer, conforme o Sindirações. O sindicato estima que a produção total de rações para suíno chegará a 15,4 milhões de toneladas, aumento de 1% na comparação com as 15,2 milhões de toneladas de 2014.

Na mesma base de comparação, a produção de ração para bovinos de corte e leite deve crescer 5,3%, para 8,5 milhões de toneladas, conforme as projeções do Sindirações. Se esse aumento se confirmar, será uma recuperação. No primeiro semestre, a produção de rações para bovinos de corte e leite caiu 3,7%, totalizando 3,8 milhões de toneladas .

Fonte: Valor Econômico - http://goo.gl/ZtkRP1

terça-feira, setembro 01, 2015

Área plantada com transgênicos poderá aumentar 4% no país, prevê consultoria

As sementes transgênicas de soja, milho e algodão deverão ocupar 44,2 milhões de hectares na safra 2015/16, conforme estimativas divulgadas ontem pela Céleres. Se confirmada, a área será 3,9% superior a registrada no ciclo 2014/15 e cobrirá 90,7% do total a ser ocupado pelas três culturas na nova temporada, cuja semeadura terá início em meados de setembro. Nos casos de milho e algodão, as previsões da consultoria brasileira incluem as safras de verão e de inverno.



Conforme informações da Céleres, a entrada de novos eventos geneticamente modificados no mercado brasileiro influenciará o avanço, já o leque de opções dos produtores é cada vez maior. E, para as três culturas, a tendência é que os eventos com características combinadas (tolerância a herbicidas e a insetos, por exemplo) sejam cada vez mais acessadas.

Atualmente, já há 29 tecnologias transgênicas disponíveis no mercado de milho, 16 das quais com genes combinados. No segmento de algodão, são 12 tecnologias aprovadas para comercialização, quatro delas com genes combinados. Já a soja conta com seis tecnologias disponíveis, mas apenas uma capaz de levar a planta a desenvolver duas tolerâncias. 

FONTE: VALOR ECONÔMICO - http://www.valor.com.br/agro/4196012/area-plantada-com-transgenicos-podera-aumentar-4-no-pais-preve-consultoria

terça-feira, agosto 18, 2015

Governo deve liberar recursos do Funcafé nesta semana

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, afirmou que os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) já contratados pelos produtores para as principais linhas de financiamento junto às instituições financeiras estarão disponíveis a partir de sexta, dia 21. A declaração foi feita após reunião com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o secretário de Política Agrícola, André Nassar, em Brasília.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou 23 novos contratos com agentes financeiros para repasses de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), no valor de R$ 3 bilhões, do total de R$ 4,136 bilhões aprovados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em junho deste ano.

Os extratos desses contratos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) nos dias 28 e 29 de julho e nesta segunda-feira (3/8). Os contratos firmados financiarão operações de custeio (R$ 717 milhões), estocagem (R$ 1,1 bilhão), aquisição do café (FAC - R$ 572 milhões), capital de giro para indústrias de torrefação (R$ 203 milhões), de café solúvel (R$ 124 milhões) e cooperativas de produção (R$ 270 milhões).

As instituições financeiras contratadas são Banco BNP Paribas Brasil, Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Banco Ribeirão Preto, Fibra, Santanter, Safra, Sicoob Agrocredi, Banco ABC Brasil, Bicbanco, Bradesco, Banco de Crédito e Varejo, Banco Desenbahia, Itaú S/A, Banco Original, Rabobank, Banco Tokyo, Banco Votorantim, Cooperativa Central/ES, Cooperativa Coopacredi, Cooperativa Credialp, Cooperativa Crediminas, Cooperativa Sicoob Credisis e Cooperativa Sicoob Credicarmo. 

Estão previstos mais oito agentes financeiros para serem contratados para os repasses do Funcafé. Com a nova estrutura regimental do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Decreto n 8.492, de 13/07/2015), o Funcafé passa a ser subordinado à Secretaria de Política Agrícola. (Entenda a mudança dentro do Ministério, após a extinção do Departamento do Café)

Veja, abaixo, a tabela produzida pelo Conselho Nacional do Café através dos dados do Mapa:



FONTE: www.cafepoint.com.br 

terça-feira, agosto 04, 2015

Disparam as vendas da safrinha de milho

Uma combinação pouco comum de fatores fez disparar nas últimas semanas a comercialização da segunda safra (a safrinha) de milho no Brasil. A demanda firme, reforçada pelos preços competitivos do grão brasileiro em relação à concorrência, somou­-se ao aumento da disposição dos produtores em vender, em meio ao avanço da colheita e tendo em vista eventuais problemas de armazenagem. O resultado? Uma expressiva aceleração nas negociações, inclusive da safrinha que será plantada apenas no primeiro trimestre de 2016.

A cotação do milho americano para embarque em setembro pelo Golfo do México está em US$ 170 por tonelada. Já o cereal brasileiro para o mesmo período sai a US$ 145 do porto de Paranaguá (PR), calcula Andrea Cordeiro, da Labhoro Corretora de Mercadorias. Segundo ela, os agricultores aproveitam a alta cambial, e os traders, os preços atraentes do milho brasileiro. "Na segunda-­feira, houve reportes de compra de duas cargas pela Coreia para embarque em outubro", informa.

Em Mato Grosso, maior produtor do país, as vendas da safrinha alcançaram 69,3% da colheita total esperada em julho, mais que o dobro dos 30,15% e 34,3% dos mesmos meses de 2014 e 2013, respectivamente. O levantamento, feito pelo Instituto Mato­grossense de Economia Agropecuária (Imea), indica, ainda, que já estão comprometidos 5,3% da safrinha 2015/16, que começará a ser plantada somente em fevereiro. "Nunca houve um início tão antecipado nas vendas", diz o Imea.

O dólar valorizado e os repiques nos preços do milho no mercado internacional têm ajudado a sustentar a commodity no país. Apenas em julho, o grão subiu quase 13% em Chicago (ver abaixo). Os agricultores também apertam o passo das vendas antes que a nova safra americana entre no mercado, em setembro.

O cenário promissor destoa de poucos meses atrás, quando o horizonte para o milho brasileiro era uma incógnita. Com o plantio empurrado pelo atraso na semeadura de soja, cresceram os temores em relação à produtividade do grão fora de sua janela ideal. Mas as chuvas, que costumam diminuir em abril e maio em Mato Grosso, vieram para garantir mais um ano de safra cheia. E mesmo os temores de que a superoferta pudesse reavivar as cenas de milho a céu aberto, como nos últimos anos, agora estão sendo dissipados pela cadência nas vendas.

Cleida Zilio, gerente comercial de um condomínio de produtores de Campo Novo do Parecis (MT), já comercializou 60% das 200 mil toneladas que o grupo deve colher este ano. O preço médio foi de R$ 15 por saca. "No ano passado, estávamos 40% negociados e dependentes dos leilões do governo, porque a saca estava abaixo do mínimo de R$ 13".

Da safrinha de 2016, o condomínio vendeu 20% para a trading suíça Glencore, com cotações entre R$ 17 e R$ 18. "Nos últimos dias, porém, o mercado deu uma aquietada. O Paraná está avançando na colheita, o que causa impacto por aqui", diz. 

Vice­líder em grãos no país, o Paraná negociou 25% de sua safrinha, acima da média para o período (17%). Os preços no mercado disponível estão em R$ 21 por saca, ante R$ 18 nos últimos dois anos. E, segundo Edmar W. Gervásio, analista do Departamento de Economia Rural (Deral), ainda há um "pequeno espaço de valorização".

As chuvas que atingiram o Paraná nos últimos dias afetaram a qualidade de algumas lavouras, mas não impediram o Deral de elevar a perspectiva de colheita de 10,8 milhões para 11 milhões de toneladas. Analistas também esperam que a Conab eleve sua projeção para a safrinha em Mato Grosso ­ o número atual está em 18,4 milhões. "Temos um excedente de produção de uma nova safrinha recorde [51,5 milhões de toneladas] no país, que precisa ser exportado", afirma Andrea, da Labhoro.

Ainda que não seja um comprador consistente de milho do Brasil, a China está sempre no radar. Em junho, os chineses voltaram a aumentar suas importações totais do grão, para 873 mil toneladas. E chamou a atenção a mudança na origem do grão, com mais compras da Ucrânia.

No Brasil, a demanda aquecida por milho encareceu o frete nos últimos dias e aumentou a concorrência imediata com a soja colhida no ciclo 2014/15, cujas vendas também foram estimuladas pela conjunção de dólar e preços favoráveis, mas com menos força que o cereal.

Fonte: VALOR ECONÔMICO

quarta-feira, julho 22, 2015

Demanda aquecida - SOJA

 

A soja superou as perdas da sessão passada e registrou elevação na bolsa de Chicago ontem. Os contratos para setembro fecharam em alta de 8,25 centavos, a US$ 10,0650 por bushel. Dados divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reforçaram a avaliação de que a demanda está aquecida. O órgão indicou que foram fechados contratos para a exportação de 110 mil toneladas de soja. Em relação ao clima, ainda há incertezas sobre os impactos do excesso de umidade nas últimas semanas sobre as lavouras americanas, ainda que o USDA tenha relatado que 62% dos plantios estão em boas a excelentes condições. No mercado interno, o indicador Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos em Paranaguá ficou em R$ 73,05, alta de 0,37%. 
Fonte: Valor Econômico - 22/07/15 (http://www.valor.com.br/agro/4144382/commodities-agricolas) 


quarta-feira, julho 15, 2015

De onde virá o novo salto da agricultura? Da tecnologia


Cristiano Mariz / EXAME
Um avanço e tanto: a produtividade na agricultura brasileira cresce 4%, em média, a cada ano — quatro vezes a taxa do setor de serviços


A BrasilAgro, empresa especializada na compra, no desenvolvimento e na venda de terras agrícolas, adquiriu em 2006 uma fazenda de 33 000 hectares em Baixa Grande do Ribeiro, cidade piauiense de 11 000 habitantes a 600 quilômetros de Teresina. Os antigos donos receberam 42 milhões de reais pela propriedade.
Na época, a aquisição foi vista com ceticismo: o que esperava fazer no interior do Piauí uma empresa como a BrasilAgro — então um negócio recém-criado pelo empresário Elie Horn, sócio da construtora Cyrela, em sociedade com a gestora de terras argentina Cresud e o fundo de investimento Tarpon? Para começar, um choque na produtividade.
Cerca de 120 quilômetros de estradas foram abertos para facilitar o tráfego de tratores e caminhões no interior da fazenda. Máquinas equipadas com geo­localizadores passaram a ser usadas para aplicar fertilizantes e defensivos — elas estimam a medida adequada dos insumos para cada parte do terreno, reduzindo gastos.

Dados sobre as lavouras, as condições do solo e do clima são enviados por satélite e analisados em tempo real por técnicos da empresa, que assim podem detectar problemas a tempo de fazer as correções necessárias. Em quatro anos, a produção de soja subiu de 1 800 para 3 600 quilos por hectare, 20% acima da média nacional.
Em junho, a BrasilAgro vendeu a propriedade por 270 milhões de reais, seis vezes o valor pago há nove anos. “Nosso negócio é comprar fazendas desgastadas, empregar tecnologia e vendê-las”, afirma Julio Toledo Piza, presidente da empresa. “Há espaço para esse tipo de negócio no Brasil.”
Casos como o da fazenda no Piauí mostram quanto o país ainda pode avançar em produtividade no campo. Houve, é verdade, um grande salto na última década. Um levantamento do Ministério da Agricultura mostra que, de 2000 a 2011, a produtividade agrícola no Brasil avançou, em média, 4% ao ano.
Para comparar, nos Estados Unidos o aumento foi de apenas 0,8% anual. Mas dá para fazer bem mais. Na média, colhemos metade do milho que os americanos produzem por hectare. Nossos rebanhos bovinos rendem, no mesmo espaço, um sexto da carne produzida pelos alemães e um quinto do que conseguem os canadenses.
Os trabalhadores rurais no Brasil geram, em dólares, um décimo do que os americanos produzem, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas. “A agropecuária é o setor que mais obteve ganhos de produtividade no Brasil, mas ainda estamos distantes dos níveis internacionais”, diz o economista Fernando Veloso, responsável pela pesquisa.
Parte dessas diferenças deve-se ao fato de o país ainda estar abrindo novas fronteiras agrícolas, como a região conhecida como Mapitoba, formada pelo sul dos estados do Maranhão e do Piauí, pelo leste do Tocantins e pelo oeste da Bahia. Nos primeiros anos de plantio, as áreas desbravadas produzem apenas um terço do potencial.
Mas, além disso, há uma questão relacionada à desigualdade. Boa parte dos ganhos de produtividade recentes con­centrou-se no pelotão de elite do campo. Um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope­cuá­ria e pelo Ibre mostra que 8% das propriedades rurais respondem por 85% do valor da produção brasileira.
Mas a maioria dos produtores rurais está distante do patamar da vanguarda. A faixa mais pobre, composta de 75% dos agricultores, gera apenas 4% do valor da produção brasileira.
“São famílias que têm poucos conhecimentos técnicos e enfrentam dificuldade na administração das propriedades”, diz Kátia Abreu, ministra da Agricultura. Ela pretende lançar até o fim do ano um programa para levar tecnologia agrícola a parte desses produtores — inicialmente, devem ser atendidos 100 000 agricultores.

Momento difícil

tecnologia é, sem dúvida, o melhor caminho para disseminar os ganhos de produtividade. O desenvolvimento de novas variedades adaptadas ao solo e ao clima brasileiro está por trás do aumento da produção agrícola na última década. Também há pesquisas que mostram como aumentar a produtividade com mudanças no modelo adotado nas propriedades.
Um exemplo é a integração entre lavoura e pecuária. Estima-se que o país tenha cerca de 50 milhões de hectares em pastagens degradadas. São terras onde poderiam ser plantados soja, milho, arroz e trigo. Nesse sistema, parte da área é separada para cultivar grãos por nove meses e, ao final, com os nutrientes que sobram na terra, a pastagem ressurge pronta para receber o gado.
A integração pode ser uma das saídas para melhorar os resultados na pe­cuária. Como a maior parte dos rebanhos hoje é de criação extensiva, o gado cresce mais lentamente e demora a chegar ao peso de abate. A integração melhora a qualidade da pastagem e acelera o ganho de peso.
Será preciso, porém, vencer uma barreira. Hoje, as condições de mercado já não são tão favoráveis quanto foram no passado recente. Veja o caso da soja. A queda do preço internacional fez o valor da saca de 60 quilos cair 43% em um ano, segundo a consultoria Agroconsult. Como projetam menor rentabilidade nas próximas safras, os produtores rurais tendem a diminuir o investimento na lavoura.
Outra cultura que tem sofrido é a cana. Nos últimos anos, a cotação do açúcar no mercado internacional deslizou e o etanol ficou menos competitivo com a política do governo federal de segurar os reajustes do preço da gasolina. As usinas se endividaram para manter o negócio e não tiveram dinheiro para renovar o canavial — quanto mais velho é, menos a terra rende.
“A cana deixou de ganhar produtividade há algum tempo”, diz Laercio Giampani, diretor-geral para o Brasil da suíça Syngenta, fornecedora de insumos agrícolas. A empresa desenvolveu mudas pré-brotadas, que são criadas em viveiros antes de ser levadas ao campo. O sistema permite que os canaviais rendam 30% mais. Ainda há muito trabalho a fazer — tanto da porteira para dentro quanto para fora — para um novo salto na agricultura brasileira.
Fonte: Portal Revista EXAME

segunda-feira, junho 29, 2015

Roberto Rodrigues faz gestões pela revisão do programa ABC

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues entregou a representantes do governo brasileiro um documento propondo uma revisão urgente do Plano Agricultura de Baixo Carbono, conhecido como ABC. De acordo com Rodrigues, que lidera a coordenação do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro), o programa é "de longe o melhor modelo de agricultura tropical do mundo", mas faltam números e governança para fazê-lo avançar. Criado em outubro de 2013, o plano deve ser revisto a cada dois anos para eventuais ajustes de rota. Por isso, especialistas defendem que o governo faça essa revisão o mais rapidamente possível, de forma a apresentar o programa, com alguns resultados, já na CoP 21, no fim do ano, em Paris - o mais esperado encontro global para discutir as mudanças climáticas. Segundo Rodrigues, o plano ABC é um "baita trunfo" para ser apresentado pelo governo brasileiro em Paris já que prevê o financiamento para a agricultura sustentável, capaz de reduzir as emissões de dióxido de carbono. O documento que foi entregue à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e ainda aos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), chama a atenção para três pontos: transparência, monitoramento e capacitação técnica. Segundo a GV Agro, ainda é impossível averiguar o impacto dos recursos contratados na redução das emissões de gasesestufa por falta de monitoramento. "O programa é maravilhoso e sabemos que há uma redução das emissões em decorrência dele. Mas não temos os números", disse Rodrigues ao Valor. "É simplesmente falta de governança". O grupo defende também maior transparência nos dados fornecidos pelos diversos financiadores e pelo governo federal - muitas vezes, os números não são correspondentes. A GV Agro diz ser necessário destrinchar o financiamento, o que hoje não ocorre. A capacitação técnica também precisa ser desenvolvida para dar escala aos projetos. Hoje, os recursos estão concentrados em Estados com agricultura mais desenvolvida, em grande parte porque contam com técnicos capacitados. Por esse motivo, as regiões Norte e Nordeste ainda são marginalizadas no programa. "Outra crítica é que o ABC está indo só para os grandes produtores. Há uma queixa generalizada de que o Ministério do Desenvolvimento Agrário precisa se envolver mais e incluir os agricultores familiares nesses processo", afirmou Roberto Rodrigues.

O Ministério da Agricultura estima que as contratações de crédito pelo ABC devam alcançar R$ 3,2 bilhões até o fim da safra 2014/15, que se encerra em junho. Entre julho do ano passado e abril deste ano já foram liberados R$ 2,9 bilhões. O total ofertado para o ABC em todo o ano-safra, porém, foi de R$ 4,5 bilhões, indicando que as linhas do programa não devem ser integralmente desembolsadas. 

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, junho 08, 2015

Agronegócio tem participação recorde de 51,5% nas exportações brasileiras em maio

08/06/15 - 16:17 

Em maio de 2015, a participação do agronegócio foi recorde nas exportações brasileiras, alcançando 51,5%. O valor atingido foi de US$ 8,64 bilhões, o que representa uma queda de 10,5% em relação a maio de 2014. Já as importações somaram US$ 1,03 bilhão no período.

Os números constam da balança comercial do agronegócio, divulgada nesta segunda-feira (8) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Na composição do superávit obtido na balança comercial do Brasil no mês, que foi de US$ 2,76 bilhões, o setor agropecuário contribuiu com US$ 7,61 bilhões de saldo positivo, enquanto os demais setores da economia apresentaram mais de US$ 4,85 bilhões de déficit. Ou seja, o agronegócio foi o responsável pelo superávit da balança comercial brasileira”, afirmou a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo.

Os setores que mais contribuíram para a retração nas exportações foram: complexo soja (menos US$ 384,59 milhões); carnes (menos US$ 300,47 milhões) e produtos florestais (menos US$ 127,81 milhões). Já os setores de sucos e bebidas foram os que amenizaram a redução, com crescimento de US$ 37,8 milhões e US$ 11,79 milhões, respectivamente.

Destaques
Mesmo com a retração, o complexo soja foi o principal setor em termos de valor exportado. Suas exportações apresentaram crescimento de 20,9% em quantidade em relação a maio do ano passado. “Em maio de 2015, houve queda, em valor, nas exportações do agronegócio, porém, em quantidade, a queda foi menor em alguns produtos. A soja em grão, por sua vez, apresentou aumento significativo, registrando o montante recorde de 9,34 milhões de toneladas. O produto foi destaque não apenas na balança do agronegócio, mas também na balança como um todo”, assinalou a secretária.

Na segunda posição no ranking de exportação está o setor de carnes, com US$ 1,2 bilhão. As vendas de carnes de frango foram responsáveis por 48,1% desse montante, somando US$ 574,92 milhões. O segundo produto do setor foi a carne bovina, com exportações de US$ 453,42 milhões. Ainda que com menor participação em valor exportado, o desempenho da carne suína merece destaque, com crescimento de 17,9% na quantidade embarcada em relação ao mesmo período no ano passado.

Os produtos florestais ficaram na terceira posição, com embarques de US$ 773,53 milhões em maio deste ano. No setor, o papel e celulose alcançaram o montante de US$ 540,70 milhões.

Na quarta posição está o complexo sucroalcooleiro, que somou US$ 664,5 milhões mês passado. O valor apresentou queda de 3%, devido à retração nas exportações de álcool (de US$ 98,67 milhões para US$ 46,61 milhões). Já o açúcar apresentou crescimento tanto em valor (de US$ 585,77 milhões em maio de 2014 para US$ 617,25 milhões em maio de 2015) quanto em quantidade embarcada (de 1,47 milhão para 1,83 milhão de toneladas).

Em quinto está o café, que somou US$ 483,86 milhões. As vendas externas do grão foram 13,7% inferiores, em função da retração na quantidade (161,56 para 157,83 mil toneladas) e do preço médio (US$ 3.118 para US$ 2.753 por tonelada). Já o café solúvel apresentou crescimento de 1,6% em valor, em decorrência da ampliação do preço.
Em conjunto, os cinco setores destacados somaram US$ 7,46 bilhões e foram responsáveis por 86,3% das vendas externas do agronegócio brasileiro.

12 meses
Entre junho de 2014 e maio de 2015, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 91,38 bilhões, o que significou decréscimo de 7,8% em comparação aos US$ 99,08 bilhões comercializados nos doze meses anteriores.
Nas importações, a queda foi de 9,6%, somando US$ 15,50 bilhões no período. Dessa forma, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro foi superavitário em US$ 75,89 bilhões (-7,4%).

segunda-feira, junho 01, 2015

CONHEÇA OS PRINCIPAIS TIPOS DE TOMATE PRODUZIDOS NO BRASIL



CAQUI
Como é: não é adocicado, apresenta acidez e frescor intermediários. É firme e tem boa conservação
Vai bem em: saladas, pizzas e vinagrete

CARMEN
Como é: firme, tem boa conservação. Não é tão apreciado por chefs, pois tem sabor pouco acentuado
Vai bem em: saladas e com recheio, feito ao forno

DÉBORA
Como é: levemente achatado nas extremidades; é menos carnudo do que o italiano, tem mais semente e água
Vai bem em: molhos, principalmente, mas também como tomate seco

ITALIANO
Como é: alongado, oval, tem polpa sólida, adocicada, com pouca semente. É bastante sensível
Vai bem em: molhos, purê de tomate e como tomate seco

HOLANDÊS
Como é: menor do que variações como caqui e Débora, vem em ramos, como é colhido. Tem baixa acidez e doçura acentuada
Vai bem em: saladas, pratos preparados ao forno e molhos

CEREJA
Como é: minitomate com intenso sabor adocicado e alto teor de água
Vai bem em: canapés, saladas e para decorar e finalizar receitas

SWEET GRAPE
Como é: pequeno, como o cereja, mas em formato alongado. Tem sabor doce e intenso
Vai bem em: saladas e também na companhia de peixes e queijos azedos

TOMATES ITALIANOS

SAN MARZANO
Como é: conhecido como o "rei dos tomates", uma das variações mais desejadas pelos chefs. É completo: tem doçura natural, persistência e acidez baixa. Tem muita polpa e pouca água
Vai bem em: molhos, pizzas e saladas

LIGÚRIA
Como é: com muitos gomos, tem acidez e açúcar balanceados
Vai bem em: saladas, gaspacho, sanduíche


Fontes: Juscelino Pereira, do Piselli; Jefferson Rueda, do Attimo; Leonardo Boiteux, pesquisador de melhoramento genético de hortaliças do Embrapa; Paulo César Tavares de Melo, agrônomo da Esalq - USP; "Culinária Italia"; "O Grande Livro dos Ingredientes"; "400g - Técnicas de Cozinha"

segunda-feira, maio 25, 2015

Com as plantas certas, é possível reduzir a ação dos poluentes e deixar o ar mais puro.

Além dos ambientes externos os ambientes fechados também podem causar mal à saúde. Contra isso, o presidente do Conselho Regional de Biologia de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul afirma que, com as plantas certas, é possível reduzir a ação dos poluentes e deixar o ar mais puro.

Estudos indicam 10 espécies plantas de fácil cuidado, de manutenção simples. Além dos benefícios que elas trazem para o ambiente, por ajudar a manter o ar mais puro, também darão mais beleza ao espaço.


Confira as espécies recomendadas e seus benefícios:
- Aloe Vera ou Babosa - Ótimas filtradoras de ar
- Areca Bambu - alta ação umidificadora do ar
- Azaleia - ajuda a remover do ar substâncias químicas presentes em móveis de madeira prensada
- Crisântemo - consegue filtrar o benzeno, substância comum no fumo de tabaco capaz de causar sérios problemas sanguíneos
- Espada de São Jorge - Além de absorver certas toxinas do ar, converte gás carbônico em oxigênio – que pode garantir um sono ainda mais tranquilo durante a noite
- Ficus - age contra poluentes como formaldeídos, tricloroetilenos e benzenos - comuns em carpetes, tapetes e mobiliários em geral
- Gerbera -  é indicada para eliminar resíduos de cigarros, charutos e cachimbos. Também converte gás carbônico em oxigênio durante a noite
- Jiboia - Age especialmente contra o formaldeído, substância que pode causar dificuldade respiratória, enfisema e irritação nos olhos
- Lírio da Paz - Por ser considerado um dos maiores purificadores naturais do ar, o Lírio da Paz ajuda a diminuir o nível de toxinas do ar

- Samambaia Boston - atua contra poluentes do ar e também auxilia a umidificar o ambiente.

quarta-feira, maio 20, 2015

Google aposta no uso de dados para aumentar produtividade agrícola

Por Jacob Bunge | The Wall Street Journal / Editado e Resumido

O Google Inc. está fincando um pé no cada vez mais aquecido setor agrícola, investindo em um sistema que processa dados de sementes e solo para ajudar agricultores a elevar a produtividade e economizar dinheiro. 
Ontem, a Farmers Business Network Inc. encerrou uma rodada de captação de US$ 15 milhões liderada pela Google Venture, a divisão de capital de risco do Google. A "startup" pretende usar os recursos para expandir seu serviço de análise de lavouras para mais Estados americanos e culturas. A empresa, que é sediada em San Francisco e foi criada em janeiro de 2014, usa sistemas de computadores para avaliar dados públicos e privados sobre produtividade das safras, padrões climáticos e práticas de plantio. 
A empresa vende orientações a produtores sobre como aumentar a produtividade de suas safras e reduzir usos ineficazes de fertilizantes ou pesticidas.
"Os dados são a ferramenta que vai liderar a próxima onda de ganhos de produtividade no espaço [agrícola]", diz Andy Wheeler, sócio da Google Ventures que, com o investimento na Farmers Business Network, vai ganhar um lugar no conselho de administração da startup. "Estamos nos estágios iniciais de aproveitamento desses dados.
" O Google e outros investidores, como a firma de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers, que investe há mais tempo na Farmers Business Network, estão financiando a empresa nessa área de rápido crescimento, que une o poder computacional do Vale do Silício às tecnologias de sementes e equipamentos cada vez mais desenvolvidas que se espalham pelo cinturão agrícola dos Estados Unidos.
A análise de vastos volumes de dados sobre o clima e desempenho de safras pode ajudar os agricultores a produzir mais milho, soja e outras culturas e eliminar aplicações desnecessárias de fertilizantes ou pesticidas, segundo as empresas e produtores.
Firmas novatas como a Farmers Business Network, Farmobile LLC e a FarmLink LLC alardeiam sua independência das gigantes do agronegócio ao competir por uma fatia dos investimentos dos agricultores num momento em que a renda de muitos deles sofre os efeitos de uma queda drástica nos preços dos grãos e da soja desde 2012.
Os produtores que usam o serviço da Farmers Business Network, a um preço de US$ 500 por ano, fornecem à empresa dados de produtividade de safras passadas, quais tipos de sementes foram plantadas, uso de fertilizantes e outras práticas.
A empresa padroniza os dados e os analisa com base em informações de outros agricultores e no seu próprio banco de dados. Ela, então, devolve ao produtor uma análise mostrando como está o desempenho de sua lavoura comparado a outras plantadas em solo e com sementes semelhantes e sugere ajustes no plantio e rotação de culturas. Ferramentas para avaliar o uso de pesticidas e fertilizantes também estão sendo desenvolvidas.
"Com informações mais transparentes, acreditamos que há um jeito melhor de plantar", diz Charles Baron, um dos fundadores e vice­presidente de produto da Farmer Business Network que foi ex­gerente de produto do Google para projetos de energia.
Baron diz que o serviço da empresa irá se aperfeiçoar com a adesão de mais agricultores. Atualmente, ela cobre 2,8 milhões de hectares de lavouras em 17 Estados e analisa 16 tipos de culturas, como milho, soja, trigo, girassol e grão de bico. Os recursos captados ontem ajudarão a empresa a se expandir ainda mais nos EUA, analisar outros tipos de lavouras e desenvolver mais serviços, diz ele. O investimento também amplia a participação do Google em algumas startups voltadas para a agricultura e alimentação. A empresa já investiu na Impossible Foods, uma empresa da Califórnia que está desenvolvendo hambúrgueres e queijos a partir de vegetais, e na Glanular Inc., de San Francisco, que produz software para gestão agrícola.
O Google está avaliando outros possíveis investimentos em plataformas que coletam dados meteorológicos e de plantações, que sistemas como o da Farmers Business Network podem interpretar para os produtores, diz Wheeler.
"À medida que a população mundial continuar crescendo, vamos continuar precisando obter uma produtividade cada vez maior dos ativos agrícolas que temos", diz ele.

segunda-feira, maio 11, 2015

15 usos de drones na agricultura e na pecuária

Tecnologia está cada dia mais presente no campo; conheça os variados usos dos veículos aéreos não tripulados

POR TERESA RAQUEL BASTOS - GLOBO RURAL

Os drones têm ganho espaço na agricultura e na pecuária. Sua versatilidade vale o investimento, já que podem desempenhar diversas funções na fazenda e têm custo relativamente baixo, variado de acordo com modelo e tecnologias embarcadas.
Listamos 15 usos dos drones na agropecuária:
1- Análise da plantação
É um dos usos mais conhecidos dos drones. Servem para analisar a plantação e detectar pragas e doenças, falhas de plantio, excesso de irrigação, entre outros. São aliados a softwares para análise das imagens captadas. Do alto, é possível analisar a coloração da planta para detectar a presença de fungos, por exemplo.
2- Demarcação de plantio
Para saber em que área plantar, o drone é ideal já que proporciona uma visão do alto de forma fácil e ágil, podem analisar, de acordo com as imagens captadas, quais são as áreas de sua fazenda que estão mais propícias para a semeadura.
3- Acompanhar o desenvolvimento da safra
Para saber se a lavoura está desenvolvendo como o esperado, o "piloto" pode sobrevoar a plantação com a frequência desejada (a cada semana, por exemplo), captar as imagens e depois analisá-las cronologicamente no computador.
4- Pulverização
Essa função ainda está sendo desenvolvida, mas já há protótipos que conseguem embarcar até 18 litros de químicos. Essa aplicação feita pelo drone pode ser mais eficiente pela proximidade das plantas e mais segura por não ter um piloto embarcado. 
5- Acompanhamento de pastagem
Do alto, é possível saber quais pastos devem ser reformados e quais estão bons para uso. Se precisar de uma análise detalhada, é possível escolher pontos estratégicos da fazenda para coleta de solo, que será enviada para laboratórios.
6- Monitorar desmatamento
O sobrevoo oferece uma visão ampla de lugares distantes e de difíceis acessos. Logo, com essas pequenas máquinas é possível ir a lugares onde estejam ocorrendo desmatamentos e, com localização precisa, combatê-los.
7- Achar nascentes de água
Como algumas nascentes podem estar em matas fechadas, os drones podem ir a lugares de difícil acesso e encontrar a origem da água.
8- Descobrir onde abrir estradas
Também driblando o problema da mata fechada, é possível determinar do alto quais as melhores coordenadas para abrir estradas.
9- Vigilância
Pequenos e ágeis, foram criados para vigilância em guerras pelos governos, e também para a proteção de áreas vulneráveis como fronteiras. O mesmo uso pode ser adotado na fazenda para vigiar as divisas da propriedade.
10- Achar focos de incêndio
A proximidade do fogo é bastante perigosa e difícil para humanos. Por isso os drones conseguem sobrevoarincêndios para descobrir os focos do fogo e, consequentemente, controlá-los. A tecnologia foi usada para este fim no incêndio do Porto de Santos em abril de 2015.
11- Telemetria
É possível medir propriedades usando as imagens de alta qualidade do drone.
12- Tocar uma boiada
Esse uso ainda é pouco conhecido, mas já é possível tocar a boiada apenas com o drone e muita habilidade. Porém especialistas em bem estar animal ponderam sobre essa função do equipamento, que pode estressar os bichos, causando prejuízos. Veja o vídeo clicando aqui.
13- Contar a boiada
Com as imagens aéreas é possível contar o rebanho sem precisar deslocar um peão para isso.
14- Busca de animais perdidos
Caso um animal se desgarre do rebanho, o drone pode buscá-lo e até tocá-lo de volta para o bando.
15- Facilita a venda da fazenda

Ao invés de deslocar o comprador para sua fazenda, é possível gravar imagens e levá-la para o interessado.

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Cia da Terra- Patrocinadora do Programa MG Rural Uberlandia e Região - TV Globo