terça-feira, novembro 25, 2014

Agro dependência: uma realidade que exige uma nova consciência



Em artigo do SouAgro, José Luiz Tejon fala sobre a importância do agronegócio para a economia brasileira



O Brasil, no acumulado do primeiro semestre teve um déficit na balança de pagamentos de US$ 2,49 bilhões. Se não fosse o agronegócio, esse déficit seria de US$ 43,3 bilhões, e a situação do país estaria insustentável. O agronegócio foi responsável por uma venda de US$ 49,1 bilhões, gerando um saldo positivo na sua conta de US$ 40,8 bilhões.
Neste ano, no cenário econômico do país, só nos resta rezar e esperar por uma venda na casa dos US$ 100 bilhões no agronegócio para termos alguma chance de terminar o ano com alguns trocados positivos no caixa. O capitão de indústria, Antonio Ermirio de Morais, dizia que a força brasileira e que deveria puxar sempre o crescimento é o agronegócio. Ele afirmava termos as condições e os talentos, ou seja, fatores críticos de sucesso mais prontos. E que a indústria seguiria a reboque.


terça-feira, novembro 18, 2014

Desenvolvimento agrícola: ainda o caminho mais curto



Em artigo, Ciro Antonio Rosolem, da Unesp e do CCAS, fala sobre as dificuldades e os desafios do País em relação à agricultura, como protagonista do desenvolvimento


O índice Gini que mede a desigualdade de renda está estagnado no Brasil nos últimos três anos. Este é um dos grandes problemas brasileiros. Apesar do que alardeia o governo, os programas de transferência de renda não têm mais sido suficientes para melhorar a desigualdade no País.
Segundo especialistas, a desigualdade não diminui porque faltam empregos. Emprego significa renda, significa diminuição na desigualdade. Assim, é urgente a criação de oportunidades de trabalho. Há muito se sabe que a agropecuária é a atividade econômica que mais gera emprego por unidade de capital investido. Por exemplo, gera, para o mesmo investimento, quase o dobro dos empregos que a construção civil. Não é pouco.
Quando se fala de desenvolvimento social e humano, junto com o índice de Gini, é interessante olhar para o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que leva em conta a renda, educação e saúde. Comparando-se o IDH da FAO/ONU de 1990 com 2010 em algumas regiões brasileiras pode-se ter uma ideia de como o desenvolvimento agropecuário melhora a vida das pessoas.
Nos estados com agricultura mais tradicional – como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul – o IDH passou, em média, de 0,542 para 0,759, com um crescimento de 40,3 % nos últimos 20 anos. Em estados que sofreram uma segunda onda de crescimento agropecuário – como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul – o IDH passou, em média, de 0,484 para 0,732, com crescimento de 51,1% no período. Já nos estados de desenvolvimento agropecuário mais recente, nos últimos 20 anos, o IDH passou de 0,448 para 0,725, com crescimento de 69,1%.
Enquanto isso, o Brasil teve o IDH crescendo 46,9%, de 0,490 para 0,720. Considerando-se 38 municípios com grande influência agrícola no Brasil, 15 deles tinham IDH muito baixo em 1990, e não havia municípios agrícolas com IDH alto ou muito alto. Em 2010 não havia mais, entre estes municípios, IDH muito baixo, 29 deles tinham IDH alto e três mostravam IDH muito alto. Fica assim patente o grande impacto do desenvolvimento agropecuário na sociedade como um todo.
E o que se espera para o futuro próximo? A posição dos economistas é praticamente unânime: dificuldades, pouco dinheiro e pouco crescimento. No mundo todo e, particularmente, no Brasil. Como driblar essas dificuldades? Com geração de emprego e renda.
A agricultura brasileira só não é mais competitiva por razões sobejamente conhecidas: infraestrutura, logística, restrições ambientais, política tributária, política trabalhista, seguro rural e insegurança jurídica estão entre as principais. A retirada de alguns destes obstáculos fará com que, mesmo com preços internacionais menores, nossa agricultura continue como protagonista do desenvolvimento brasileiro.
Senhores, o caminho para fora do buraco é conhecido. Quem se habilita?
Ciro Antonio Rosolem, é membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e professor titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu).


terça-feira, novembro 11, 2014

OS 100 NOMES MAIS INFLUENTES DO AGRONEGÓCIO


Veja a lista de quem é quem no setor mais pujante da economia brasileira. Conheça as personalidades que fazem a diferença nos negócios do campo.

Fonte: Dinheiro Rural

Para os otimistas que apostam no agronegócio brasileiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve crescer 4% em 2014, movimentando R$ 1,03 trilhão. Se levados em conta os últimos dez anos, o crescimento foi de 34%, de acordo com dados do Ministério da Agricultura. As previsões menos otimistas para este ano dão como certo um avanço de 3,8%, frente ao desempenho de 2013. Qualquer que seja o resultado, ele é positivo, e assegura mais uma vez que o posto de âncora da economia do País está nas atividades econômicas que passam pelo campo. 
Por trás do excepcional desempenho do agronegócio estão fazendeiros com suas propriedades repletas de culturas, animais e florestas plantadas, cooperativas, instituições financeiras, universidades e instituições de pesquisa, empresas ligadas à proteção e à saúde no campo, governo, indústrias de máquinas e tecnologias, entidades representativas do agronegócio, consultorias, usinas de açúcar e de energias renováveis, além de cabeças pensantes que buscam nas iniciativas sustentáveis um novo caminho na equação por um ambiente mais limpo e protegido. Não há na sociedade brasileira setor mais interessado na sustentação econômica e ambiental do agronegócio do que o próprio agronegócio.
Nesta edição, que abre as comemorações do aniversário de dez anos da DINHEIRO RURAL, a Editora Três destaca as 100 personalidades mais influentes do agronegócio. Por meio delas, são homenageadas todas as pessoas ligadas ao meio rural e que, com maior ou menor destaque, fazem a diferença nos negócios do campo. Boa leitura. 
Agricultura
Atualmente, o Brasil produz cerca de 195 milhões de toneladas de grãos e fibras, 15 milhões de toneladas de papel e celulose e 50 milhões de sacas de café, além de uma gigantesca cesta de alimentos básicos fornecidos pela agricultura familiar. Essa área total cultivada soma apenas 8,6% das terras brasileiras. Dos 851 milhões de hectares do território nacional, as culturas anuais ocupam 50 milhões de hectares; as permanentes, 17 milhões; e as florestas plantadas, seis milhões. Os números mostram o quanto os agricultores brasileiros são eficientes e de que maneira esse setor pode, ainda, contribuir para o crescimento de uma produção sustentável. Aos agricultores, o desafio que rege o futuro está em produzir mais e melhor, em um ritmo muito mais veloz que o aumento da área cultivada. Com produtividade, enfim.
Gilberto Goellner
Gaúcho de Não-Me-Toque e filho de agricultores, o agrônomo Gilberto Goellner foi tentar a sorte em Mato Grosso, na década de 1980, cultivando 300 hectares de terras arrendadas. A empreitada deu tão certo que deu origem à Girassol Agrícola, dona atualmente de 35 mil hectares de terras para a produção de soja, milho, eucalipto e pecuária. Além do sucesso como empresário, o presidente da Girassol, baseada em Rondonópolis, exerceu o mandato de senador por Mato Grosso, pelo DEM, em 2008. Goellner é conhecido por investir no sistema de integração lavourapecuária e por difundir práticas sustentáveis na região. “A pecuária é fundamental no meu sistema, para manter a área de lavoura com produção e de forma saudável”, afirma. 
Eduardo Logemann
Ao lado do irmão, Jorge, o engenheiro Eduardo Logemann, de Horizontina, na região missioneira do Rio Grande do Sul, em 1999, decidiu criar a SLC Agrícola. Hoje, dona de 16 fazendas, a SLC produz 340 mil hectares de soja, milho e algodão. Logemann hoje continua na ativa, como presidente do conselho de administração da SLC, que faturou R$ 1,18 bilhão em 2013. 
Eraí Maggi
Maior produtor individual de soja do Brasil, no comando do grupo Bom Futuro, o gaúcho Eraí Maggi é dono de 80 fazendas, que somam mais de 250 mil hectares com grãos e algodão, além de produzir sementes e peixes de água doce, em Mato Grosso. Como se não bastasse, Maggi também é grande na criação de gado bovino, dono de um rebanho de  cerca de 100 mil animais. Somadas, essas atividades renderam ao grupo um faturamento de R$ 1,57 bilhão no ano passado. 
Marcelo Castelli
Há três anos, o executivo Marcelo Castelli está à frente da Fibria, a líder mundial na produção de celulose de eucalipto, com fábricas em Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e São Paulo, e capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose. A receita foi de R$ 6,9 bilhões em 2013. Em agosto, Castelli foi escolhido o CEO Latino-Americano do Ano pela RISI, agência internacional de informações sobre a indústria florestal.
Blairo Maggi
O produtor Blairo Maggi, do grupo Amaggi, de Mato Grosso, se prepara para voltar aos negócios da família, um dos maiores produtores e exportadores de grãos do País. Maggi, que já foi governador e  atualmente é senador pelo PR, definiu uma data para sair de cena: 2017. Na Amaggi, ele quer acompanhar a internacionalização do grupo, que já aportou na Argentina e Europa, está indo para a China e pretende se instalar nos EUA. A holding Amaggi fatura US$ 5 bilhões por ano. 
José Carlos Grubisich
À frente da Eldorado Celulose, controlada pela J&F, holding dos irmãos Wesley e Joesley Batista, o engenheiro químico e pecuarista José Carlos Grubisich é um dos maiores plantadores de eucalipto da região Centro-Oeste. Localizada em Três Lagoas (MS), a Eldorado está investindo R$ 7,5 bilhões, para processar quatro milhões de toneladas de celulose, em 2017. “O mercado global cresce um bilhão de toneladas por ano e queremos uma fatia”, diz.
José Luís Cutrale
Maior exportador de suco de laranja do mundo, José Luís Cutrale está no comando da Cutrale, dona de uma receita anual de US$ 3,4 bilhões, baseada em Araraquara (SP). Atualmente, a companhia é a segunda maior processadora da fruta no Brasil e responde por cerca de 60% das exportações do suco. Diante das perspectivas de baixo crescimento do setor, Cutrale decidiu diversificar seus negócios. Ele se juntou ao Grupo Safra para comprar a americana Chiquita Brands, a maior produtora de bananas do mundo, com uma oferta inicial de US$ 610 milhões. 
Raul Padilla
Ex-CEO do Bunge em sua terra natal Argentina e presidente global da divisão de agronegócio do grupo argentino-americano, o executivo Raul Padilla assumiu em maio o comando da subsidiária brasileira, substituindo o expresidente Pedro Parente. Uma de suas missões é driblar os entraves logísticos do País, mediante uma nova rota de escoamento dos grãos do Centro-Oeste. “Precisamos diversificar a matriz logística do  Brasil, ainda muito dependente de caminhões e trens”, diz Padilla. Num projeto em parceria com a Amaggi, foram investidos R$ 700 milhões. 
Walter Lídio Nunes
Walter Lídio Nunes comanda a Celulose Riograndense, fabricante de celulose, que está mudando a paisagem do Rio Grande do Sul. A empresa é controlada pela CMPC, um dos maiores grupos empresariais do Chile. Uma das missões de Nunes é executar um projeto de expansão que vai quadruplicar a capacidade instalada da empresa gaúcha, hoje na casa das 450 mil toneladas anuais. O custo do investimento é de R$ 4,9 bilhões e entrará em operação em 2015. 
Pecuária
A produção de proteína animal das mais variadas fontes, de boi a aves, suínos, ovinos, caprinos e peixes, sem contar as carnes exóticas e de caça, sempre foi uma vocação brasileira. As três principais – bovinos, suínos e aves – elevaram o País aos primeiros lugares entre os maiores exportadores mundiais de proteína. Em 2014, o valor bruto da produção pecuária foi de R$ 151 bilhões, segundo o Mapa. A previsão para 2014 é de crescimento, empurrado pela demanda de Rússia e China, mas não se pode descartar o mercado interno mais comprador. O mercado Externo, que sempre foi mais exigente em termos de qualidade de produtos, e a grande transformação pela qual passa o consumidor brasileiro estão empurrando o setor para uma profissionalização sem precedentes. Para aves e suínos, o bemestar está na ordem do dia. Para bovinos, a questão é a maciez da carne. 
Adir do Carmo Leonel 
Adir do Carmo Leonel começou na pecuária com o gir leiteiro, mas foi com o nelore, a partir de 1960, que se tornou um nome respeitado no setor. Adir é um defensor incansável da pureza racial do nelore Hoje, além do melhoramento genético de seu próprio gado, ele assessora a inseminação artificial na fazenda Nova Piratininga, em Goiás, que tem entre seus sócios o CEO de grupo Hipermarcas, João Alves Queiroz Filho. A operação envolve 90 mil nascimentos por inseminação nas próximas safras e é o maior negócio já fechado, no País, diretamente entre duas fazendas. 
Marcos Jank
Filho do empresário rural Roberto Hugo Jank, dono da Agrindus, de produção leiteira, com sede em Descalvado (SP), Marcos Jank deixou a fazenda e seguiu a carreira corporativa. Com 20 anos de experiência, Jank, que é formado em agronomia e mestre em economia, ocupa o cargo de diretor executivo global e de assuntos governamentais da BRFoods, depois de ter presidido por quatro anos a União da Indústria da Canade- Açúcar. 
Fernando Queiroz
No final dos anos 1980, Fernando Galletti de Queiroz, administrador de empresas, foi se dedicar a um negócio recém-adquirido pelo pai, Edvar Queiroz, a massa falida do frigorífico Minerva, em Barretos (SP). Desde então, sob a  sua batuta, emergiu o que hoje é a Minerva Foods, uma empresa que faturou R$ 5,45 bilhões no ano passado.  
Jovelino Carvalho Mineiro Filho
Aos 63 anos, o empresário Jovelino Carvalho Mineiro Filho pode se dar ao luxo de contar a história de sua vida sob vários ângulos. Entre eles o de economista, sociólogo, vice-presidente de várias entidades ou sócio em empresas como a Recepta, de pesquisa contra o câncer. Mas é como criador de gado que Mineiro Filho gosta de se identificar. Neste ano, a criação de nelore da fazenda Sant’Anna completa 40 anos.
Alexandre Grendene
Com uma fortuna avaliada em US$ 1,4 bilhão, o empresário Alexandre Grendene foi listado pela revista americana Forbes como o mais novo bilionário do Brasil, no início do ano. Faz parte de seu patrimônio o controle ou a participação em empresas como as fabricantes de calçados Grendene e Vulcabrás, e a Agropecuária Jacarezinho, fundada em 1993. Nas fazendas, partir de um rebanho de 11 mil fêmeas nelore, Grendene comercializa 1,5 mil touros por ano, destinados ao mercado de reprodutores.  
Sérgio Rial
Em 2012, o executivo Sérgio Rial foi escolhido a dedo pelo empresário Marcos Molina, controlador do grupo Marfrig, para dirigir a Seara Foods. Com a  venda da empresa ao JBS, Molina não teve dúvida: neste ano, alçou Rial ao posto de presidente do Marfrig, com a missão de gerir uma dívida de cerca de R$ 6,7 bilhões e recolocar o grupo no caminho do crescimento. Advogado e conomista, Rial já passou pela Cargill e por bancos de investimentos.
Luiz, Lair Antônio de Souza e Carlos
Lair Antônio de Souza (centro, na foto) construiu um império leiteiro, ao colocar no mercado sua marca Xandô, na década de 1980. Até hoje, a Xandô é um dos poucos exemplos de fazenda que verticalizou a produção para vender leite fresco integral. A produção é de 60 mil litros por dia. Hoje, aos 84 anos, está transferindo os negócios para os filhos Carlos e Luiz Antonio. Em 2013, a Xandô produziu em Araras (SP) 17 milhões de litros de leite. 
Jônadan Min Ma
Desde o início de 2013, o paulista, descendente de chineses, Jônadan Hsuan Min Ma é o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Jônadan Ma, como é chamado, foi escolhido para o posto devido ao seu tino empresarial. Desde 2010, ele é o diretor executivo do Grupo Boa Fé – Ma Shou Tao, empresa mineira que produz com alta tecnologia, além de leite, soja cana e milho. 
Carlos Viacava
Em julho, o criador Carlos Viacava promoveu em Paulínia (SP), onde está localizada uma de suas fazendas, o 53° leilão Nelore Mocho Marca CV. Na pecuária, é grande o prestígio do economista que já ocupou diversos cargos no governo federal e foi por duas gestões o presidente da ACNB. Atualmente, Viacava  tem duas metas: produzir mil touros por ano e mostrar que a criação, na integração lavoura- pecuária, pode ser realizada com sucesso em terras fracas.
Francisco de Araújo Carneiro  
Hoje com 78 anos, o empresário Francisco de Araújo Carneiro, da Companhia de Alimentos do Nordeste (Cialne), em Fortaleza, transformou uma teimosia da juventude em um negócio de gente grande. Filho de agricultores, Carneiro começou a vida criando galinhas e fez de sua empresa a maior potência do Nordeste nos setores avícola e leiteiro. A fatura atual é de R$ 380 milhões. 
Felipe Picciani
O zootecnista Felipe Carneiro Monteiro Picciani é a prova de que competência não é sinônimo de cabelos brancos. Aos 33 anos, ele é sócio-presidente do Grupo Monte Verde, que opera sete propriedades, distribuídas no Rio de  Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Na pecuária de corte, o grupo destaca- se na criação de gado nelore PO e comercial. Na pecuária de leite, investe no gir leiteiro PO. Em 2010 Picciani entrou para a história da pecuária, após ser eleito o presidente mais jovem da ACNB.
Paulo Horto
Com cerca de 30 anos de experiência nos mundos dos leilões, Paulo Horto transformou a Programa Leilões na maior leiloeira do Brasil. O pisteiro, que se tornou um dos mais respeitados empresários do setor de remates, fez das batidas do martelo um grande espetáculo. Com sua equipe, Horto se desdobra para dar conta da sua concorrida agenda de eventos. Em 2013, a empresa realizou cerca de 700 remates.
Proteção de cultivos/ animais, Fertilizantes e Insumos
Uma das principais alavancas por trás dos bons projetos de agricultura ou pecuária está nas mãos de um setor que atua do lado de dentro da porteira. Proteger animais e culturas, fertilizar a terra e contar com insumos é papel de um batalhão de técnicos, engenheiros agrônomos, zootecnistas e médicos veterinários que se deslocam de fazenda em fazenda com uma nova missão proposta por eles mesmos: a de serem agentes de mudança através da informação. A essa legião de profissionais, uma venda bem-sucedida não se restringe à compra de um determinado produto, mas a um pacote tecnológico proposto. Esses pacotes, cada vez mais sofisticados, podem ajudar o produtor a elevar a produtividade de uma cultura, a mudar o padrão zootécnico de uma fazenda de criação de animais ou mesmo ajudar na gestão de ideias. Esses pacotes vêm se tornando indispensáveis. 
João Cesar Rando
No Brasil, 94% das embalagens vazias de defensivos agrícolas são recolhidas do campo, uma estatística positiva do ponto de vista ambiental. O descarte correto desses resíduos é mérito do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que gerencia o Sistema Campo  Limpo,responsável pelo processo. À frente de todo esse trabalho está o agrônomo João Cesar Rando, presidente do inpEV desde sua fundação, em 2002. 
Norival Bonamichi
Norival Bonamichi é um mineiro de modos simples que traçou uma trajetória singular. Juntamente com o amigo de infância Jardel Massari, ele fundou uma empresa, que batizou de Ourofino, em 1987. Da atividade em um galpão de 300 metros quadrados, a Ourofino se transformou na maior empresa de capital nacional de saúde animal e defensivos para a agricultura, com receita superior a R$ 600 milhões. Atualmente, a Ourofino está se preparando para abrir o capital na Bolsa de Valores de São Paulo. 
Jorge Espanha
Não é para qualquer um ter no currículo profissional passagens por diversos países como Espanha, Portugal, Bélgica, Estados Unidos e Brasil. Esse sólido histórico do executivo Jorge Espanha trouxe a inovação necessária para o campo da sanidade na pecuária. Hoje à frente da presidência da Merial Saúde Animal, do grupo farmacêutico francês Sanofi, Espanha traça planos de  pesquiinvestimentos de R$ 175 milhões para a construção e ampliação de fábricas em Paulínea (SP). “A principal delas absorverá R$ 120 milhões para a produção de vacina contra a febre aftosa”, diz. 
Eduardo Leduc
O engenheiro agrônomo paulista Eduardo Leduc construiu uma carreira de sucesso na Basf, gigante alemã do setor químico. Tudo começou em 1984, como representante técnico de vendas no Rio Grande do Sul. De lá para cá, entre as várias funções que exerceu na companhia, Leduc ocupou a diretoria de marketing para a América Latina, com atuação na Alemanha e nos Estados Unidos. Desde 2010, na vice-presidência sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para a América Latina, Leduc responde pela divisão agrícola da multinacional no País. 
Welles Pascoal
O agrônomo Welles Pascoal assumiu a presidência da Dow AgroSciences no Brasil, em maio deste ano. Antes disso, desempenhou várias funções de liderança na empresa americana, onde, desde 2007, ocupava a diretoria comercial, responsável pela equipe de vendas de Crop Protection da Dow AgroSciences e Customer Services, além de cargos líderes na Colômbia e no México. 
Gerhard Bohne
O agrônomo Gerhard Bohne trabalha no braço do agronegócio da alemã Bayer desde 1986. O paulista ocupou várias posições nas áreas de marketing, pesquiinvestimentos sa e desenvolvimento, além de atuar na matriz, na Alemanha, durante seis anos, como gerente global de herbicidas para milho e soja. Há sete anos, Bohne dirige as operações da Bayer CropScience no País. Com a missão de conduzir essa divisão, as estratégias de Bohne estão dando certo.
No ano passado, a receita foi de R$ 4,4 bilhões no País.
Rodrigo Santos
O agrônomo Rodrigo Santos, 39 anos, é o mais jovem executivo na presidência da Monsanto Brasil. Desde 1999 na multinacional americana, Santos atuou em marketing, vendas e estratégia, além de liderar, entre 2007 e 2009, a área comercial da companhia no Leste Europeu. Desde 2011, ele ocupava a vice-presidência e direção comercial da subsidiária brasileira, quando foi alçado à presidência da gigante de defensivos e sementes em janeiro de 2013. 
Laércio Giampani
Produtor de café em Minas Gerais, Laércio Giampani divide sua rotina entre a fazenda e a cidade. O agrônomo Giampani é o presidente da suíça Syngenta no Brasil, umas das maiores fabricantes de defensivos agrícolas do mundo. Atualmente, com pesados investimentos em cana-de-açúcar, ele tem como desafio levar a empresa ao faturamento de US$ 1 bilhão até 2018. Sem tempo para descansar, o executivo ocupa, ainda, a posição de presidente do conselho diretivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). 
Antonio Carlos Zem
Antonio Carlos Zem, biólogo por formação, está há 36 anos na subsidiária da americana FMC Agricultural Products, uma das principais empresas de defensivos agrícolas do mundo. Inquieto, já passou por inúmeros cargos. Pelo carisma, sua marca registrada, Zem é chamado no meio rural de showman do agrobusiness. Desde 2011, ele, que já era o executivo número um no Brasil e na América Latina no setor agrícola, assumiu as demais unidades dos setores industrial e de consumo da FMC Corporation. O faturamento global da FMC foi de US$ 3,9 bilhões em 2013. 
Tobias Grasso Júnior
O administrador Tobias Grasso Júnior é o atual presidente do braço brasileiro da gigante americana Mosaic, referência na produção de fertilizantes. A empresa, sediada em São Paulo, possui unidades fabris, portuárias e de armazenagem em diversos pontos do País. Em abril deste ano, a Mosaic comprou as operações de fertilizantes da empresa ADM no Brasil e Paraguai, por US$ 350 milhões. 
Lair Hanzen
Filho de agricultores, Lair Hanzen sempre teve a vida ligada ao campo. Seu relacionamento com a Yara, maior produtora de fertilizantes do mundo, começou em 1996, quando a empresa norueguesa adquiriu a Adubos Trevo, na qual Hanzen trabalhava. Dezoito anos depois, o executivo é o presidente da subsidiária brasileira da Yara. No País, a liderança de mercado, com uma fatia de 25%, aconteceu no ano passado, após a compra de ativos da Bunge. 
Edival Santos
À frente da presidência da MSD Saúde Animal, braço veterinário da multinacional americana Merck, desde o ano passado, Edival Santos sempre se dedicou ao campo. Formado em veterinária, faz parte do time da MSD desde 2000. Entre as suas principais ações está a Universidade Corporativa, projeto que tem como objetivo investir no conhecimento técnico  de saúde eprodutividade animal, levando ao setor técnicas de manejo, gestão e marketing.
Cooperativas
Trabalhar em conjunto, em benefício de todos. A fórmula resumida do cooperativismo cai muito bem ao agronegócio brasileiro. No País, segundo dados da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), cerca de dez milhões de pessoas estão ligadas a esse sistema de governança. No agronegócio, considerado um segmento importante desse setor, a profissionalização está colocando muitas cooperativas em pé de igualdade com grandes empresas privadas.
Atualmente, a ideia de que cooperativas são sociedades de pessoas com objetivos comuns, com a divisão igualitária dos benefícios e obrigações, vem ganhando um complemento: a excelência. Para disputar uma fatia de qualquer mercado, é preciso ser melhor que o concorrente. Isso vale para as pequenas e para as grandes cooperativas.  
Márcio Lopes de Freitas
O administrador Márcio Lopes de Freitas está à frente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a principal entidade de defesa do associativismo no campo. “A cooperativa nasce com a função de servir o produtor, cria mecanismos de alavancagem econômica para o grupo e agrega valor ao produto”, afirma. 
José Aroldo Gallassini
A paranaense Coamo, do município de Campo Mourão, é uma das maiores cooperativas do agronegócio da América Latina, com mais de 26 mil associados e base de atuação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Dona de uma receita de R$ 8 bilhões anuais, a Coamo é dirigida pelo engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, o grande responsável por sua história de sucesso  desde 1975, quando assumiu o cargo. 
Carlos Alberto Paulino da Costa
Desde 2003, o agrônomo Carlos Alberto Paulino da Costa comanda a maior cooperativa de cafeicultores do mundo, a Cooxupé, de Minas Gerais. Com 11,8 mil cooperados, a Cooxupé recebeu 4,4 milhões de
sacas de café no ano passado e registrou uma exportação recorde, com um total de 2,9 milhões de sacas embarcadas ao exterior, faturando R$ 2 bilhões.  
Itacir Pozza
Em abril deste ano, Itacir Pozza, 48 anos, assumiu a presidência da Cooperativa Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, a maior cooperativa vinícola do Brasil, com 1,1 mil produtores associados. Pozza é um especialista nesse negócio. A Aurora produz 55 milhões de quilos de uvas por ano e cerca de 42 milhões de litros de vinhos, sucos e derivados. Em 2013, a cooperativa faturou cerca de R$ 300 milhões. 
Mário Lanznaster
O agrônomo Mário Lanznaster assumiu a presidência da Cooperativa Central Aurora Alimentos, de chapecó (SC), em meio à pior crise de sua história, provocada pela desaceleração econômica de 2007, e conseguiu recolocá-la no caminho do crescimento. A empresa, que processa lácteos, suínos e aves, e que faturou R$ 5,7 bilhões em 2013, foi a grande vencedora na categoria Gestão de Cadeia Produtiva do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL, no ano passado. 
Antonio Chavaglia
Há quase três década, o agricultor Antonio Chavaglia comanda a cooperativa Comigo, de Rio Verde (GO), dona de um faturamento de R$ 2,5 bilhões no ano passado. A cooperativa goiana que processa milho e soja, além de produzir rações e fertilizantes, possui mais de seis mil cooperados. No ano passado, a Comigo foi eleita campeã do setor de cooperativas do ranking AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL. 
Nei César Mânica
Ao assumir a presidência da Cotrijal, em 1995, Nei César Mânica iniciou um processo de reestruturação e expansão da cooperativa. Modernizada, a Cotrijal, baseada em Não-Me-Toque (RS), fechou 2013 com uma receita de R$ 992 milhões. A cooperativa atua em 15 municípios do Estado gaúcho e conta com 5,4 mil produtores de soja, milho, cevada, trigo e canola e pecuaristas cooperados. 
Instituições Financeiras
Nada no mundo é mais sensível do que o bolso, e o agronegócio não foge à regra. Encontrar a melhor solução de crédito rural é uma tarefa que demanda tempo e conhecimento do mercado. O crédito pode ser um importante agente de desenvolvimento econômico e social, à medida que os produtores encontram recursos para atender às necessidades. Na safra 2014/2015, os grandes produtores estão contando com R$ 156 bilhões à disposição nos bancos. Na agricultura familiar, o valor disponível é de R$ 24,1 bilhões. Ambos são recordes na história da atividade. 
O crescimento do agronegócio vem fazendo com que as instituições financeiras fiquem de olho nos clientes do campo. Hoje, não é apenas o Banco do Brasil que atende o produtor, como ocorria até alguns anos atrás. Instituições de primeira linha, como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Caixa, disputam cada vez mais aqueles que tiram sua riqueza do campo. 
Luiz Carlos Trabuco
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, ingressou no banco da Cidade de Deus aos 18 anos, em 1969, e passou por todos os escalões até chegar ao comando, em 2009. Formado em sociologia pela USP, ele incrementou em sua gestão a atuação do Bradesco no agronegócio. Entre março de 2013 e março de 2014, os financiamentos ao agronegócio avançaram a um ritmo de 24,6% ao ano, acima de outros setores no banco.
Jorge Hereda
O arquiteto baiano Jorge Hereda comanda a Caixa Econômica Federal desde 2011. Foi ele que promoveu a entrada do banco estatal no financiamento do agronegócio, em 2012. Ainda novata no segmento, a Caixa emprestou R$ 4,2 bilhões ao setor na safra passada. Para a safra 2014/2015, o banco espera ampliar a sua carteira agrícola para R$ 6 bilhões. A meta é se tornar a segunda maior instituição financeira para o agronegócio até 2022, ficando atrás apenas do BBl. “O agronegócio  vem crescendo e vamos juntos”, diz ele.
Pedro Coutinho
O administrador mineiro Pedro Coutinho é vicepresidente de novos negócios do banco espanhol Santander, no Brasil. Nessa condição, ele tem participado ativamente dos eventos do agronegócio, de olho em oportunidades de investimento. Com mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro, ele já atuou no Unibanco e no extinto Banco Nacional.
Erik Peek
Em julho, o presidente do Rabobank Brasil, Erik Peek, comemorou dez anos de atuação da divisão rural do banco no País. O banco holandês vem construindo parcerias de longo prazo com produtores e se tornou um dos maiores 
nomes do financiamento  do agronegócio brasileiro. Criado em 1989, na Holanda, como uma cooperativa bancária de produtores, o Rabobank, atualmente, é o maior banco rural do mundo, atuando em 47 países, com mais de dez milhões de clientes. 
Alexandre Figliolino
O agrônomo Alexandre Figliopedro lino é diretor do Itaú BBA, um dos maiores bancos de investimento da América Latina, controlado pelo banco Itaú Unibanco. Antes disso, ele respondeu pela área comercial de açúcar e etanol do BBA. Figliolino conhece a fundo o setor sucroalcooleiro e, nos eventos de que participa, tem alertado sobre a crise e o endividamento do setor. 
Ademar Schardong
Ademar Schardong é presidente da Sicredi, cooperativa de crédito com mais de 2,5 milhões de associados, R$ 38,4 bilhões de ativos e 1,2 mil pontos de atendimento espalhados por 11 Estados. cooperativa se fortaleceu como umdos maiores agentes  de crédito rural do Brasil. No período 2013/2014, a Sicredi liberou R$ 8,5 bilhões, em 185 mil operações. Para o Plano Safra 2014/2015, a instituição projeta liberar R$ 9,5 bilhões em crédito, em 195 mil financiamentos.
Osmar Dias
Engenheiro agrônomo e ex-senador pelo PDT no Paraná, Osmar Dias é uma referência no meio financeiro. Desde 2011, ele é o vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil. Isso significa que está sob sua responsabilidade a área de crédito rural do BB, líder desse segmento, com 65% de participação de mercado. Para a safra 2014/15, que começou no dia 1º de julho e seguirá até 31 de junho de 2015, o BB vai emprestar R$ 81,5 bilhões à agricultura. 
Rúben Osta
O economista argentino Rúben Osta é o diretorgeral da subsidiária brasileira da Visa, líder do mercado mundial de pagamentos eletrônicos. Mas o banqueiro também é muito conhecido por seus investimentos na ovinocultura. Por trás da porteira, ele é criador de animais de elite da raça dorper, à frente de sua empresa RHO Agropec, de Sarapuí, no interior de São Paulo. Osta também já esteve envolvido com projetos de produção de carne de cordeiro no município de Xique- Xique, na Bahia.  
Universidade e Pesquisa
O dia 24 de abril deste ano, para comemorar os 41 anos da Embrapa, seu presidente, Maurício Lopes, apresentou o trabalho “Visão 2014 – 2034, o Futuro do Desenvolvimento Tecnológico da Agricultura Brasileira”, desenvolvido por pesquisadores da entidade. De uma infinidade de análises, salta aos olhos um trecho que diz: “A expansão da renda per capita da classe média mundial e a manutenção da migração ruralurbana, nos próximos 20 anos, indicam grande potencial de crescimento da demanda por alimento.” Está aí o desafio para o futuro: no campo, a palavra de ordem é fazer uma agropecuária de alto desempenho, com uso e gestão de recursos para aumentar a produtividade de lavouras e pastos. Boa parte das respostas à demanda por alimentos será dada pela pesquisa e pelo conhecimento. 
Maurício Antônio Lopes
Há dois anos, o agrônomo Maurício Antônio Lopes comanda a maior instituição de pesquisa agropecuária do Brasil. O presidente da Embrapa é um especialista em genética, que faz parte do quadro da empresa desde 1989. Com um orçamento de R$ 2,3 bilhões, em 2013, e 2,4 mil pesquisadores, a Embrapa é um dos pilares do desenvolvimento do agronegócio e segue avançando. 
Wagner Furtado Veloso
O administrador mineiro Wagner Furtado Veloso é o presidente executivo da Fundação Dom Cabral (FDC), de Belo Horizonte. A instituição é considerada como uma das melhores escolas de negócios e de formação continuada do mundo ereferência no desenvolvimento de quadros para o agronegócio.
Roberto Rodrigues
Nomeado embaixador da FAO para o cooperativismo, em 2012, o agrônomo paulista Roberto Rodrigues coordena atualmente o Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas, de São Paulo. Ele é uma das vozes mais solicitadas para falar ao agronegócio. Rodrigues, que presidiu entidades importantes, como a OCB e SRB, também já ocupou cargos na administração pública ligados ao setor, como a Secretaria da Agricultura de São Paulo e o Ministério da Agricultura, no primeiro mandato do presidente Lula. 
José Gustavo Teixeira Leite
O engenheiro mecânico José Gustavo Teixeira Leite é o presidente do Centro de Tecnologia Canavieira, uma das mais importantes entidades de pesquisa para a indústria sucroenergética. Fundado em 1969 em Piracicaba, por usineiros,desde 2011 o CTC  atua como uma empresa independente. 
Pedro de Felício
Pedro de Felício, doutor em zootecnia pela Kansas State University, dos Estados Unidos, é professor da Universidade Estadual de Campinas, há mais de três décadas. Com formação em veterinária, ele desenvolve pesquisas relacionadasà produção de carne e à indústria frigorífica. Uma de suas bandeiras é a minimização do estresse bovino para garantir uma carne de qualidade. 
José Américo da Silva
O economista e mestre em sociologia José Américo da Silva é presidente do Instituto Universal de Marketing em Agribusiness (I-Uma). Fundado por ele em Porto Alegre, em 2002, o instituto gaúcho é referência em capacitação e pesquisa para marketing e gestão do agronegócio. Em setembro, a entidade abriu inscrições para a primeira especialização em direito agrário e ambiental do Brasil. Atualmente, o I-Uma oferece mais de 20 cursos de especialização e de extensão focados no campo, além de cursos a distância e programas para empresas.
Fernando Cardoso Penteado
O mineiro Fernando Cardoso Penteado, um dos mais renomados agrônomos do Brasil, É o criador da Fundação Agrisus, que apoia financeiramente pesquisas com o objetivo de promover a agricultura sustentável, e também fundador de uma das principais fabricantes de fertilizantes do País, a Manah, que presidiu por mais de 50 anos. Penteado, que também cria gado Nelore em Minas Gerais completou 100 anos de vida no mês passado. 
Máquinas e tecnologias
Olhedoras, tratores, pulverizadores, currais, bretes, caminhões especializados, sistemas de softwares e tantas outras ferramentas à disposição dos produtores vêm passando por grandes transformações. Os fabricantes estão gastando montanhas de dinheiro na modernização dessas ferramentas, dotando-as com tecnologias cada vez mais sofisticadas, para que a produção no campo ganhe velocidade e precisão na execução de tarefas, das mais simples, como fazer um roçado, às mais sofisticadas, a exemplo do monitoramento de uma colheita em tempo real.
Nos últimos anos, a Câmara Setorial de Máquina e Implementos Agrícolas, da Abimaq, tem mostrado que as oportunidades do agronegócio para o setor são um campo aberto. Nas fazendas, o uso de equipamentos adequados contribuiu para melhorar a produtividade no campo e assegurar mais renda ao produtor.
Paulo Herrmann
Desde 2012, Paulo Herrmann é presidente para operações no Brasil da subsidiária brasileira da John Deere, dona de receitas mundiais de US$ 37,8 bilhões em 2013. Herrmann iniciou sua trajetória na companhia americana de máquinas agrícolas em 1999, onde ocupou vários cargos, principalmente na área de marketing e vendas. Entre os planos atuais, o executivo está conduzindo o investimento de US$ 40 milhões para ampliar a fábrica de colhedoras e pulverizadores na cidade de Catalão (GO) e de US$ 13 milhões na expansão do centro de distribuição de peças em Campinas (SP). 
Valentino Rizzioli
O engenheiro italiano Valentino Rizzioli é o presidente da CNH Industrial no Brasil, braço do Grupo Fiat na área de equipamentos agrícolas (Case e New Holand). Há mais de meio século no grupo de Turim, Rizzioli acumula suas funções com as de vice-presidente  executivo da Fiat Brasil e diretor de Relações Institucionais da CNH América Latina. No ano passado, a CNH Industrial faturou US$ 33,8 bilhões 
Leonardo de Sá 
O veterinário Leonardo de Sá preside a mineira Prodap, desenvolvedora de sistemas e soluções em TI para a gestão das propriedades rurais. A empresa, baseada em Belo Horizonte, tornou-se referência no mercado com várias soluções de softwares para o setor nas áreas de corte e leite. 
Cristina Palmaka
Desde o ano passado, Cristina Palmaka comanda a SAP no Brasil. Em 2013, a companhia alemã, uma das maiores desenvolvedora de softwares de gestão, lançou um sistema inovador para gerir contratos agrícolas, voltandose cada vez mais ao agronegócio. Graduada  em ciências contábeis, Cristina tem mais de 25 anos de experiência no setor de TI. 
Jorge Nishimura
O engenheiro mecânico Jorge Nishimura mura é o caçula de seis filhos do imigrante japonês Shunji Nishimura, que fundou a fabricante de equipamentos agrícolas Jacto, em Pompeia (SP), em 1948. Conhecido por seu temperamento conciliador, ele é o responsável pela continuidade dos negócios da família. Atualmente, Nishimura preside o conselho de administração da Jacto S.A., na qual estão Unipac, JactoClean e Mizumo. Em 2013, o grupo faturou R$ 1,4 bilhão.
André Muller Carioba
O economista e administrador André muller Carioba é vice-presidente sênior e diretorgeral da fabricante americana de máquinas agrícolas AGC O América do Sul, responsável pela estratégia das marcas Massey Ferguson, Challenger e Valtra. Um de seus objetivos, nos últimos tempos, é o fortalecimento da AGC O no setor canavieiro. No mês passado, Carioba concluiu a aquisição da paulista Santal, que produz máquinas para a colheita de cana. 
Biocombustíveis
A energia se tornou uma temática global prioritária a partir da década de 1970, quando os preços mundiais do petróleo dispararam. A resposta do Brasil foi o etanol de cana-deaçúcar, uma das primeiras fontes a serem exploradas. A partir da primeira experiência do Pro-Álcool, o País construiu um império baseado na energia verde, com previsão de produzir na safra 2014/2015 quase 28 bilhões de litros de etanol. No pacote das energias renováveis também vieram o etanol de segunda geração e o biodiesel de outras fontes renováveis, principalmente a soja e resíduos do abate de bovinos e suínos. Atualmente, dos cerca de 50 milhões de veículos que rodam no País, 20 milhões são bicombustível. No entanto, nos últimos anos, faltam políticas públicas, principalmente de preços, que deem sustentação a esse setor. É esse o grande desafio para as próximas safras de cana-de-açúcar para o governo e lideranças do setor. 
Jacyr Costa Filho
O engenheiro e administrador Jacyr da Silva Costa Filho já dedicou mais de 20 anos ao setor sucroalcooleiro. Desde 2012, ele é o diretor geral da Tereos Internacional, a subsidiária brasileira do grupo cooperativo francês que produz açúcar, amido, etanol e  álcool. O grupo possui 12 mil associados e uma receita de R$ 8 bilhões. Costa Filho também integra o comitê executivo do grupo Tereos, responsável pela divisão de cana-de-açúcar. 
Bernardo Gradin
A primeira processadora de etanol de segunda geração, à base de palha da cana-de-açúcar em escala comercial no Hemisfério Sul é genuinamente brasileira. Quem encabeça o projeto é o empresário baiano Bernardo Gradin, presidente da Granbio. A unidade de São Miguel dos Campos (AL), inaugurada na segunda quinzena de setembro, deve produzir 82 milhões de litros de etanol anidro (que é misturado à gasolina) e provocar uma revolução na área de biocombustíveis. “O plano é investir R$ 4 bilhões para erguer outras dez usinas em parceria, até 2022”, diz Gradin. 
Rubens Ometto Silveira Mello
A joint venture entre o Grupo Cosan a anglo-holandesa Shell resultou, em 2011, na maior produtora individual de açúcar e etanol do País, a Raízen. Em 2013, foram 4,3 milhões de toneladas de açúcar e dois milhões de metros cúbicos de etanol. O feito rendeu o título de ‘rei do etanol’ a Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do conselho da Raízen. Em maio deste ano, ele recebeu em Nova York o prêmio Homem do Ano, da Câmara Brasil-EUA. 
Elizabeth Farina
Há tempos o setor sucroenergético brasileiro sofre com a falta de uma política consistente do Governo Federal para o setor. À frente da União da Indústria de Cana-deaçúcar (Unica) desde 2012, a economista Elizabeth Farina vem conduzindo um árduo trabalho de negociação que dê fôlego financeiro às usinas processadoras de cana-de-açúcar. “É necessário estabelecer condições institucionais para que o setor seja tratado como prioridade no planejamento energético brasileiro”, diz Elizabeth.
Luiz de Mendonça
A Odebrecht Agroindustrial, do grupo baiano Odebrecht, desponta como uma das empresas que mais investiram no setor sucroenergético nos últimos anos. Para chegar a nove unidades, já foram mais de R$ 9 bilhões. Hoje, ela está entre os maiores produtores de etanol do País. Luiz de Mendonça, presidente da companhia, lidera o grupo. “Saímos de 12,7 milhões para 18,9 milhões de toneladas de cana processada em 2013”, diz. 
Erasmo Battistella
A gaúcha BSBios, de Passo Fundo, do empresário Erasmo Carlos Battistella, marcou um gol de placa ao abrir, em junho do ano passado, o caminho das exportações brasileiras de biodiesel. Foram vendidas oito mil toneladas do produto ao mercado europeu. “Alguns fatores macroeconômicos colaboraram para que exportássemos naquele momento”, diz Battistella. “Naquele caso, um passo em falso da Argentina e da Indonésia abriu as portas ao produto brasileiro.” Atento, Battistela aproveitou a oportunidade. 
Fábio Venturelli
A gestão de Fábio Venturelli à frente do Grupo São Martinho, um dos maiores do setor sucroenergéticos do País, contabiliza entre seus feitos o fornecimento de 200 mil toneladas de cana para a Raízen, controlada por Cosan e Shell. O fato ocorrido em 11 setembro de 2013 fez as ações do grupo subir 3,15% no dia. Neste ano, Venturelli já comemora boasnovas sobre o desempenho do grupo, no primeiro trimestre da safra 2014/2015. “Nosso lucro líquido foi de R$ 60,7 milhões, um aumento de 74,9% em relação ao ano passado”, diz. 
Maurílio Biagi Filho
A tradição canavieira do País está presente na trajetória de Maurílio Biagi Filho, presidente do Grupo Maubisa, de Ribeirão Preto (SP). Seu avô, o imigrante Pedro Biagi, fundou, em 1931, a Usina da Pedra, no interior de São Paulo. Já o pai, Maurílio Biagi, foi o principal empreendedor da época de ouro do Pró-Álcool, em meados de 1986. O DNA empreendedor se manteve com Biagi Filho nas funções de presidente do conselho da Usina Moema, na direção do Comitê de Agroenergia e de Biocombustíveis da SRB e na presidência da Agrishow, a maior feira de tecnologia agrícola. 
Governo
Acada quatro anos, a corrida eleitoral pela Presidência da República, desata a discussão sobre os novos rumos a serem imprimidos ao País. É a oportunidade que os diferentes setores da economia encontram para promover um balanço do que foi feito pelo governo vigente e apresentar suas reivindicaçõe aos candidatos. A boa-nova é que nunca o agronegócio mereceu tanto a atenção dos postulantes – dadas as suas peculiaridades, em nenhum lugar do mundo a agricultura e a pecuária podem prescindir das políticas e da ação de governo, seja em termos de financiamento, seja em termos de seguro, infraestrutura logística e preços mínimo. A ocupação bem-sucedida do Centro-Oeste, hoje o principal celeiro brasileiro de grãos, é a prova mais eloquente disso. Graças às políticas e ao esforço de milhões de homens e mulheres, o Brasil se tornou um gigante produtor mundial, com 196 milhões de toneladas de grãos.  
Glauber Silveira
Além de produtor rural em Campos de Júlio (MT), o agrônomo Glauber Silveira preside a Câmara Setorial da Soja, área do Ministério da Agricultura para ações na cadeia produtiva e de políticas públicas para o setor. Atualmente, Silveira também é diretor da Abag e conselheiro da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja-BR), entidade que presidiu por quatro anos.  
Kátia Abreu
Desde 1987, a psicóloga Kátia Abreu é fazendeira no Tocantins. Mas foi como senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) que ela ficou conhecida no País. Embora tenha se afastado da presidência da CNA, em junho, para se dedicar à sua reeleição ao Senado, o agronegócio continua em seu radar. Seu nome costuma ser lembrado para o Ministério da Agricultura.
Roberto Azevêdo
O engenheiro baiano Roberto Azevêdo é um dos mais influentes diplomatas brasileiros, com larga experiência em negociações comerciais. Representante do País na OMC, desde 2008, Azevêdo já participou de litígios vencidos pelo País, como o contencioso  do algodão, contra os Estados Unidos, e o do açúcar, contra a União Europeia. Desde setembro de 2013, ele é o diretor-geral da OMC, sendo o primeiro latino-americano a ocupar o cargo.
Luis Carlos Heinze
O agrônomo e produtor gaúcho Luis Carlos Heinze, eleito por quatro vezes deputado federal PP/RS)pelo seu Estado, foi escolhido neste ano para presidir a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O grupo de mais de 200 integrantes, que defendem o agronegócio no Congresso Nacional, atualmente tem entre suas pautas a demarcação de terras indígenas, o registro de produtos agrícolas e veterinários e o trabalho escravo no campo. 
Neri Geller
O ministro da Agricultura, Neri Geller, é gaúcho, de Selbach, mas foi em Mato Grosso, em Lucas do Rio Verde, que construiu sua biografia profissional e política. Produtor de soja e milho na região, Geller foi vereador do município e deputado federal em 2007 e 2011. Antes de assumir o ministério, Geller estava à frente da Secretaria de Política Agrícola do órgão. No mês passado, o ministro esteve em Sorriso (MT) para participar do lançamento da Safra de Grãos 2014/2015.
José Graziano da Silva
O agrônomo José Graziano da Silva tem mais de 30 anos de experiência na área de segurança alimentar. Em 2012 tornou-se diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Graziano é o primeirobrasileiro no comando  da principal entidade mundial de políticas para a alimentação.  
Mônika Bergamaschi
A agrônoma Mônika Bergamaschi é a primeira mulher a comandar a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, cargo que ocupa desde 2011. Com uma agenda cheia, para debater o agronegócio Mônika recebeu carta branca do governador do Estado, Geraldo Alckmin. 
Entidades do agronegócio
Numa economia cada vez mais competitiva e globalizada, a alternativa dos indivíduos e empresas de um determinado setor para defender seus interesses é o associativismo. Parafraseando o escritor americano Ernest Hemingway, – ninguém é uma ilha capaz de sobreviver isoladamente. No caso do agronegócio, no qual a intervenção dos governos  – o nosso e os de outros países – é uma constante, o agrupamento dos agentes econômicos em torno de entidades e cooperativas é, provavelmente, muito mais necessário do que em outros setores. No caso brasileiro, não bastasse a legislação comum a todos, como a trabalhista, por exemplo, há uma série de questões, como a preservação ambiental, os  subsídios e contingenciamentos que exigem uma ação coletiva para deter eventuais prejuízos, seja no front interno, seja no externo.
Almir Dalpasquale 
Almir Dalpasquale, que presidia a Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja MS), foi eleito presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil, em abril deste ano. Em muitos eventos de que participou, Dalpasquale defendeu temas como a sustentabilidade e a necessidade de solucionar os problemas de armazenagem, infraestrutura e logística. 
Carlos Lovatelli
Formado em física e pós-graduado em administração, Carlos Lovatelli é o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), entidade que reúne gigantes como ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus. No mês passado, a Abiove divulgou a estimativa de 91 milhões de toneladas de soja no Brasil, na safra 2014/2015, dos quais 38,3 milhões devem ser processados pela indústria, um recorde esperado para o próximo ano. 
Gilson Pinesso
O economista Gilson Pinesso é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, entidade que completou 15 anos em abril. Sob o comando dele, a entidade se tornou o centro do contencioso do algodão, uma luta travada na OMC contra subsídios concedidos aos agricultores dos EUA. Além de liderar o setor, ele é diretor do Grupo Pinesso, que cultiva grãos, fibra e investe na pecuária, no Centro-Oeste. 
Antônio Camardelli 
O veterinário Antônio Camardelli, que lidera a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne desde 2010, representa um setor que não tem do que reclamar. Entre os líderes mundiais, até agosto, o País faturou US$ 4,7 bilhões, 10% acima do volume do mesmo período de 2013. “As notícias vêm sendo positivas em 2014, como o fim do embargo chinês e a habilitação de novas unidades de exportação para a Rússia”, diz ele. 
Eduardo Riedel
Desde 2010, o biólogo e mestre em zootecnia Eduardo Riedel é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, uma das 27 entidades que integram a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Ele também é vice-presidente da CNA e presidente do conselho deliberativo do Sebrae MS. Além disso, em agosto, Riedel assumiu a Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais, do Ministério da Agricultura.
Gustavo Junqueira
Em março, o administrador e produtor Gustavo Diniz Junqueira assumiu a presidência da Sociedade Rural Brasileira, tornando- se um dos mais jovens líderes à frente da entidade, aos 41 anos. Junqueira vem de uma família que cultiva cana, soja, milho e cria gado nelore. À frente da SRB, ele tem defendido que o agronegócio precisa aumentar a sua participação política e desenvolver estratégias de longo prazo. 
Luiz Claudio Paranhos
Desde agosto de 2013, o pecuarista  Luiz Claudio Paranhos é o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a maior entidade mundial de raças zebuínas. Dos 200 milhões de bovinos do País, 80% têm sangue zebu. A ABCZ é conhecida por seu trabalho em prol da melhoria dos pastos e do gado, além da busca por tecnologias para alavancar a produtividade da pecuária. 
Francisco Turra
O advogado Francisco Turra tem uma longa trajetória política, incluindo o cargo de ministro da Agricultura. Nos últimos anos, ele esteve à frente da Ubabef, entidade do setor avícola, assumindo em março deste ano o desafio de estruturar a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A entidade foi criada com a fusão da Ubabef com a Abipecs, que representa o setor de suínos. Turra responde agora por um setor que movimentou R$ 80 bilhões em 2013. 
Luiz Carlos Corrêa Carvalho
O agrônomo Luiz Carlos Co rrêa Carvalho é presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Atualmente, ele lidera um movimento que reúne as reivindicações políticas e econômicas para o próximo governo, que tomaram a forma de um plano de ação para o agronegócio, apresentado durante o congresso da Abag, em agosto. Carvalho também é diretor da Canaplan, empresa de consultoria do setor sucroalcoo leiro, e diretor de relações com o mercado das usinas do grupo paulista Alto Alegre. 
José Lima Laitano
Neste mês, o veterinário e criador de cavalos José Luiz Lima Laitano assumiu a presidência de uma das maiores entidades de uma raça equina no País, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), com sede em Pelotas (RS). Antes disso, Laitano atuava como vice-presidente de comunicação e marketing da entidade. O rebanho do crioulo, atualmente na casa dos 300 mil animais, está em franca expansão. A ABCCC estima que, por ano, nascem no País cinco mil cavalos da raça. 
Paulo de Castro Marques
O pecuarista e empresário do setor farmacêutico Paulo de Castro Marques fez história ao se tornar o primeiro paulista a assumir a presidência da Associação Brasileira de Angus (ABA), em 2011. Antes dele, apenas gaúchos haviam ocupado o cargo. Sob o seu comando, a ABA vem se tornando uma entidade de peso na pecuária, com o fortalecimento de seu programa de carne certificada. Marques acredita que os abates possam chegar a dois milhões de animais por ano, ante os atuais 300 mil. 
Alysson Paulinelli
Desde 2011, o agrônomo mineiro Alysson Paulinelli é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). Com vasta experiência política, tendo sido inclusive ministro da Agricultura, Paulinelli é sempre consideradopara opinar sobre temas ligados ao campo. Paulinelli passará para a história do agronegócio por ter sido o responsável pela estruturação da Embrapa, na década de 1970, e pelo desenvolvimento do Proálcool. 
Iniciativa Sustentável
Mais do que mitigar impactos ambientais e minimizar os riscos à saúde humana, as iniciativas sustentáveis no agronegócio vêm promovendo efeitos econômicos e sociais positivos. Soluções verdes para os desafios da produção
não somente têm melhorado a imagem do setor perante os consumidores urbanos, como também estão ajudando os agricultores e pecuaristas na gestão mais eficiente de sua atividade. 
A despeito dos avanços, ainda há desafios gigantescos pela frente. Entre eles, o de promover uma nova revolução no campo, produzindo mais, com menos. Há vários exemplos de personalidades que estão arregaçando as mangas nessa nova missão e que podem inspirar os produtores de todo o País.
Mateus Paranhos
Desde a década de 1980, o manejo de bovinos nas fazendas brasileiras vem tomando um novo rumo, com a contribuição de estudos como os realizados pelo pesquisador da Unesp de Jaboticabal (SP) Mateus Paranhos. Com a criação doGrupo de Estudos em Etologia e Ecologia Animal (ETCO), as teorias sobre bemestar animal passaram a ser transferidas aos produtores. Paranhos já comprovou, por exemplo, que o estresse no pré-abate de bovinos provoca uma perda deUS$ 3 milhões por ano ao País.
João Campari
As bandeiras da integração ambiental e agrícola estão na base do trabalho da entidade americana The Nature Conservancy (TNC). No Brasil desde 1988, a TNC é dirigida pelo economista João Campari, encarregado de projetos que visam o desenvolvimento econômico e a conservação dos principais biomas brasileiros, entre eles o amazônico, o da caatinga e o do pantanal. Atualmente, a TNC atua em 36 países e tem cerca de um milhão de membros que ajudam a proteger 130 milhões de hectares. 
Heraldo Negri e Diogo Carvalho
As vespinhas criadas pelo agrônomo Diogo Carvalho e pelo biólogo Heraldo Negri, fundadores da Bug Agentes Biológicos, de Campinas (SP), vêm facilitando o controle de pragas na cana-de-açúcar e na soja, reduzindo o uso de químicos nas lavouras. Segundo Carvalho, desde 2011, a produção de insetos cresceu 456%, saindo de 27 bilhões de vespas para 150 bilhões, em 2014. A Bug já foi apontada como empresa inovadora pela revista americana Fast Company e pelo Fórum Econômico Mundial. 
John Carter, Aliança da Terra
Desde que se mudou para o Brasil em 1997, o texano John Carter, produtor rural e ambientalista, declarou guerra às queimadas, no entorno de sua fazenda em Mato Grosso. Em 2004, com um grupo de fazendeiros, Carter criou a Aliança da Terra, uma organização não governamental voltada à disseminação de práticas agrícolas sustentáveis. Atualmente, 712 propriedades que ocupam 1,4 milhão de hectares dedicados à pecuária e agricultura mantêm 1,5 milhão de hectares de florestas no Centro-Oeste do País. Desde 2007, já foram investidos R$ 22 milhões em melhorias ambientais. 
Consultorias
as grandes empresas do agronegócio, principalmente nas multinacionais, o papel das consultorias sempre foi bem definido: prover os clientes com análises e estudos especializados que lhes permitissem promover o crescimento sustentável e ordenado de seus negócios. Com o passar do tempo, essa atividade de aconselhamento realizado pelas consultorias nas mais variadas áreas, como direito, administração, comercial e informática, começou a ser uma necessidade também para os grandes e médios produtores, principalmente para os que estão se empenhando na profissionalização de sua atividade. Para esses grupos de empresários rurais, temas como gestão, processo de sucessão familiar, governança corporativa, contabilidade integrada e holding estão cada vez mais na ordem do dia. 
José Luiz Tejon
O consultor José Luiz Tejon Megido sempre dá uma aula de como superar obstáculos em suas concorridas palestras no Brasil e no Exterior. Como doutor em ciências da educação e coordenador do núcleo de estudos de agronegócio da ESPM, Tejon se tornou um consultor disputado no agronegócio. Nos últimos tempos ele tem perseguido um objetivo bastante ousado: fazer com que o conceito de agrossociedade saia do papel e ganhe as ruas. 
Marcelo Prado
Formado em agronomia, com mestraalfred do em gestão empresarial, Marcelo Prado se tornou um consultor especializado em parcerias e alianças, trabalho em equipe e liderança. Prado, fundador e sócio da M.Prado Consultoria, de Uberlândia (MG), já foi por dez anos vice-presidente da divisão agro do grupo mineiro Algar. A experiência o transformou em um dos maiores especialistas em governança corporativa, que, segundo ele, é a bola da vez do agronegócio.
José Vicente Ferraz
O agrônomo José Vicente Ferraz é diretor técnico da Informa Economics FNP desde a década de 1990, quando fundou a consultoria FNP, de São Paulo. Ao longo dos anos, Ferraz se tornou uma das fontes mais procuradas pelo mercado para opinar sobre mercado de terras e commodities agrícolas. Formado pela Esalq/USP, com pós-graduação em administração de empresas na Fundação Getulio Vargas, ele se tornou um especialista em economia e administração rural.
Alfredo José Assumpção
Músico, poeta e economista, com pósgraduação em desenvolvimento e gerência de recurso são as especializações de Alfredo José Assumpção, sóciofundador e CEO da Fesap Holding, empresa de recrutamento de executivos. No ano passado, com a chegada do especialista em agronegócio Jeffrey Abrahms para compor a equipe da Fesap, Assumpção vem fazendo com que a consultoria ganhe musculatura nesse segmento. 
Alcides Scot
É quase impossível falar do mercado do boi no País sem tocar no nome de Alcides de Moura Torres Júnior, presidente da Scot Consultoria, de Bebedouro (SP), criada por ele na década de 1990. Scot, como o agrônomo Torres Júnior é chamado no setor, formou-se na Esalq/USP. Ao longo do tempo, sua consultoria foi agregando outras especialidades,entre elas leite, agricultura, insumos agrícolas e mercado de terras, além de promover eventos, como o Encontro de Confinamento da Scot, que acontece todos os anos. 
Plínio Nastari
Pode-se dizer que o administrador de empresas e doutor em economia agrícola pela Iowa State University (ISU), Plínio Nastari tem açúcar correndo nas veias. Desde que fundou a Datagro, em 1994, Nastari vem comandando uma das mais renomadas consultorias mundiais especializadas na cadeia sucroalcooleira. Com quatro escritórios no Brasil e um em Nova York, ele coordena uma equipe de 62 colaboradores que acompanham o mercado de commodities em 122 países. 

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