terça-feira, agosto 21, 2012

Preço do milho no país cai na semana; colheita pressiona, informou Céleres

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços do milho no Brasil cederam na última semana pressionados pelo avanço de uma colheita recorde da segunda safra e também com produtores realizando vendas pela necessidade de fazer caixa para a próxima temporada, informou nessa segunda-feira (20) a consultoria Céleres.

A semana encerrada na sexta-feira acumulou perda de 2,1 por cento nas cotações, na comparação com a semana anterior, na média das principais praças pesquisadas.

"Os preços do milho estão apresentando desvalorização frente à necessidade do produtor de fazer caixa para comprar os insumos da nova safra", disse a Céleres em relatório semanal.

"A entrada dos produtos da safra de inverno também tem oferecido pressão aos preços do milho no mercado brasileiro", completou a consultoria.

No entanto, a cotação média do milho nas praças pesquisadas pela Céleres ainda acumula alta importante em 30 dias, com o mercado doméstico refletindo a disparada nos preços internacionais, pela seca nos Estados Unidos.

Em Rondonópolis (MT), a saca de milho foi negociada a 24,70 reais na sexta-feira, com queda de 3,1 por cento em relação à semana anterior. Na comparação com 30 dias atrás, a Céleres registrou alta de 18 por cento.

A queda semanal também foi registrada no indicador Esalq/BM&FBovespa para o milho, com base em Campinas, que entre os dias 13 e 17 de agosto teve perdas de 1,52 por cento.

Já na comparação com a cotação 30 dias antes, houve alta acumulada de 9,17 por cento, segundo indicador da Esalq.

As cotações no Brasil vêm seguindo a tendência dos mercados internacionais. O milho na bolsa de Chicago acumula alta de quase 50 por cento desde o início de junho, em função de uma forte seca nos Estados Unidos, que está diminuindo drasticamente as perspectivas de colheita no principal exportador mundial do cereal.

A alta no produto, o principal para a ração de frangos, está levando a indústria a cortar a produção, conforme afirmou à Reuters na sexta-feira o presidente da União Brasileira de Avicultura.

COLHEITA

A colheita da safra de inverno de milho atingiu, até sexta-feira, 78 por cento da área cultivada, com evolução de 7,6 pontos percentuais ante a semana anterior, disse a Céleres.

Na mesma semana da safra anterior o ritmo era menor, com a colheita tendo sido realizada 71,7 por cento da área plantada.

Os trabalhos de campo foram ajudados pelo "clima favorável", disse a consultoria.

O Estado de Mato Grosso, que encerra uma "safrinha" recorde de milho , já teve 99 por cento da área colhida, disse a Céleres.

Em Goiás, os trabalhos foram concluídos em 85 por cento da área.

Os produtores do Paraná já colheram 65,5 por cento da área.

(Por Gustavo Bonato)

FONTE: REUTERS

Brasil lidera fornecimento de soja para China no ano

Os desembarques de soja brasileira na China em julho somaram 3,8 milhões de toneladas, alta de 10,5%


Soja: e, dessa forma, o Brasil superou momentaneamente os Estados Unidos como o maior fornecedor da oleaginosa ao país asiático

São Paulo - A China importou 17,08 milhões de toneladas de soja do Brasil entre janeiro e julho, e o país sul-americano passou a liderar a lista de fornecedores da oleaginosa para o maior importador global do produto, de acordo com dados da alfândega chinesa divulgados nesta terça-feira.

Os desembarques de soja brasileira na China em julho somaram 3,8 milhões de toneladas, alta de 10,5 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.

E, dessa forma, o Brasil superou momentaneamente os Estados Unidos como o maior fornecedor da oleaginosa ao país asiático.

No acumulado do ano até julho, as importações chinesas de soja do Brasil acumulam alta de 57,8 por cento. Já os desembarques do grão dos EUA na China até o mês passado somaram 14,99 milhões de toneladas, queda de 1,77 por cento ante o mesmo período de 2011.

Neste ano, os chineses aceleraram as compras de soja do Brasil visando garantir a oferta após uma seca em lavouras do Sul brasileiro e também na Argentina.

Dependendo do período do ano, brasileiros e norte-americanos alternam a liderança no fornecimento de soja para a China. O Brasil terminou de colher a oleaginosa há alguns meses, enquanto os EUA estão na entressafra, próximos de iniciar a colheita.

Em 2012, entretanto, o Brasil ocupou espaço dos norte-americanos, com estoques baixos nos EUA, segundo especialistas.

Além disso, os EUA vêm sofrendo recentemente uma das piores secas em mais de meio século.

Brasil e EUA disputam a liderança nas exportações mundiais. Na nova safra (2012/13), se os brasileiros tiverem uma boa colheita, o país poderá superar os norte-americanos, cuja produção foi quebrada pela seca que atinge o Meio-Oeste.

Ao todo, a China comprou no acumulado do ano até julho 34,9 milhões de toneladas, alta de 20 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.


FONTE: EXAME.COM

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