terça-feira, abril 17, 2012

Agronegócios - Área para plantio de milho deverá crescer 20%

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou hoje (10) que a área destinada ao plantio da segunda safra de milho deste ano será 20,1% maior do que a safra 2010/2011, que foi 5,89 milhões de hectares. Isso corresponde a um aumento de 1,18 milhão de hectares, devendo totalizar 7,07 milhões de hectares destinados à produção do grão.

A Conab estima que a produção total de milho na segunda safra 2011/2012 será de 29,02 milhões de toneladas. Na safra anterior, foram colhidos 21,48 milhões de toneladas – o que representa aumento 35,1% na produção.

De acordo com o diretor de Informações da Conab, Sílvio Porto, o aumento da área plantada foi motivado pela alta de preço do milho à época do plantio.

Os estados que tiveram mais aumento de área destinada à plantação foram Minas Gerais (53,8% a mais do que na safra 2010/2011) e Tocantins (44,5%, no mesmo período). Com o maior volume de produção, a tendência é que os preços caiam, o que, segundo Porto, deverá acontecer já no segundo semestre de 2012.

“Era esperado aumento muito significativo [da área plantada] em função dos preços que estão em alta há alguns meses e ao fato de termos mantido essa relação de preço durante todo o processo de colheita da primeira safra”, disse o diretor da Conab, em anúncio sobre as expectativas de safra para o período 2011/2012.

Ainda hoje, a Conab anunciou que a produção nacional de grãos da safra 2011/2012 deverá atingir 159,2 milhões de toneladas – colheita 2,2% menor (ou 3,63 milhões de toneladas a menos) do que na safra 2010/2011, quando foram colhidos 162,84 milhões de toneladas.

Em relação à safra de cana-de-açúcar, a Conab estimou que deverá haver aumento de 5,4% – chegando a 602,18 milhões de toneladas de produção na temporada 2012/2013. Na safra anterior, foram colhidas 571,44 milhões de toneladas.

FONTE: http://noticias.portalbraganca.com.br

Produtor já está atento à escolha de cultivar de soja para safra 2012/2013


O ciclo agrícola da soja, principal cultura de verão de Mato Grosso do Sul, está quase finalizado para a safra 2011/2012, e os produtores rurais já participam de eventos sobre cultivares de soja para a safra de soja 2012/2013.

Como explica o analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Euclides Maranho, eventos, como Dias de Campo e Encontros Tecnológicos, são uma ótima oportunidade para o produtor observar e analisar o comportamento das cultivares de acordo com algumas condições, como a área de indicação, a resistência a doenças, o ciclo, as épocas de semeadura e as condições do solo.

Para contribuir e transferir tecnologias para os produtores, a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realiza e participa de eventos tecnológicos. A primeira participação, em 2012, foi no 14º Encontro Tecnológico Semen Barra, evento na Linha do Barreirão em Dourados. Ainda em janeiro, de 25 a 27, a Embrapa participará do Showtec 2012 em Maracaju/MS.

No 14º Encontro Tecnológico Semen Barra, na sexta-feira, 13 de janeiro, uma equipe da Embrapa Agropecuária Oeste disponibilizou informações sobre cultivares de soja da Embrapa, convencionais e transgênicas, recomendadas para cultivo em Mato Grosso do Sul. As cultivares apresentadas no estande da Embrapa foram as BRS 283, BRS 284, BRS 246RR, BRS 292RR, BRS 318RR e BRS 319RR.

O chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas, falou durante a apresentação do evento sobre a importância dos agricultores terem à sua disposição diferentes tecnologias. “Para isso, é extremamente relevante que o produtor busque conhecimento e informação para tomar a decisão mais adequada à sua realidade”, enfatizou.


Cultivares da Embrapa

O produtor rural Imberto Ritter e os filhos Humberto e José Roberto Ritter têm propriedades em Itaporã e Maracaju, totalizando cerca de 550 hectares, e estão na segunda safra da cultivar BRS 246RR e na primeira safra da BRS 292RR. “A 292RR a gente conheceu nesse mesmo evento no ano passado e ela aguentou bem a estiagem dessa safra, se destacando na lavoura”, contou Imberto, dizendo que a tolerância à seca contribuiu para que a perda com a estiagem não fosse maior.

Já os irmãos Milton Misao Hirata e Claudio Hirata, por exemplo, utilizam somente variedades convencionais na propriedade de 500 hectares, localizada na região de Indápolis, distrito de Dourados/MS. As da Embrapa são seis: BRS 239, BRS 267, BRS 282, BRS 283, BRS 284, BRS 285. “No mercado, praticamente a única empresa que tem pesquisa com cultivares convencionais é a Embrapa. Tem muitos vizinhos que vêm nossa lavoura e se surpreendem com a beleza, porque acreditam que só as transgênicas dão bons resultados”, comentou Milton.

Segundo ele, a BRS 282 e a BRS 284 estão no segundo ano de plantio. Já a BRS 285 e a BRS 283 estão no primeiro ano. “A 282 eu encontrei as informações na internet e chamou a atenção por ter genética da Embrapa 48. Na estiagem, está bem tolerante à seca. A BRS 283 a BRS 284 eu conheci no estande da Embrapa no Showtec, que também toleram à seca”.

Entre os motivos para a escolha da BRS 239 é que esta cultivar, em 2009, obteve grande produtividade, sem contar à tolerância à seca. Já a opção pela BRS 267 foi por ser um grão próprio para consumo e “possuir um sabor mais agradável, já que a comunidade japonesa usa muito a soja na culinária”, explicou.

Milton ainda comentou o motivo de terem muitas variedades de soja na lavoura. “Tem produtor que acha que temos variedades demais. Mas analisamos as características da propriedade, como fertilidade, aparecimento de nematoide, incidência de geada e outros detalhes, e depois escolhemos as que vão se adaptar ao local. A gente tira o melhor de cada área e corre menos riscos de perda do quem que usa somente uma variedade”, disse.

FONTE: EMBRAPA

Lagarta falsa-medideira traz preocupação para soja


A lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia includens), sempre caracterizada como praga secundária na cultura da soja, passou a ser considerada praga principal nas últimas safras. Na safra 2011/2012, ocorreram veranicos e altas temperaturas, principalmente a partir do início de fevereiro, o que segundo os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) são favoráveis para a ocorrência da explosão populacional dessa praga.

“Além disso, é possível afirmar que a aplicação exagerada de inseticidas sem critério técnico, no início do desenvolvimento da soja, não obedecendo aos níveis de dano indicados no manejo integrado de pragas afetaram negativamente as populações dos inimigos naturais”, explica a pesquisadora Clara Beatriz Hoffmann, da Embrapa Soja. Para a pesquisadora, as populações da lagarta falsa-medideira eram controladas naturalmente por seus inimigos naturais (principalmente por parasitoides, como as vespinhas (Copidosoma sp).

Outro problema apontado pela pesquisadora é o uso de fungicidas não seletivos para o controle da ferrugem asiática da soja, que também favoreceram o aumento dos problemas com a lagarta falsa-medideira por reduzir a incidência das doenças fúngicas como a doença branca e a doença marrom, que controlam naturalmente a lagarta falsa-medideira.

Na avaliação do pesquisador Adeney de Freitas Buenos, da Embrapa Soja, existem alguns pontos importantes para auxiliar no manejo da lagarta falsa-medideira no período reprodutivo da soja. “É importante realizar o monitoramente das pragas com o auxílio do pano-de-batida e aplicar o inseticida apenas quando for necessário (30% de desfolha no vegetativo ou 15% de desfolha no reprodutivo). Além da aplicação no momento certo, é importante escolher um produto registrado para a lagarta falsa-medideira”, diz Bueno.

Os pesquisadores da Embrapa explicam que esta lagarta tem hábito diferente da lagarta-da-soja, que sempre foi considerada uma praga principal para a soja. “A lagarta falsa-medideira é mais tolerante a inseticidas e para o seu controle necessita de doses de duas a quatro vezes maiores. Ela se alimenta de folhas da parte mediana da planta e ocorre no período reprodutivo da soja. Dessa forma, fica “protegida” pela parte superior (dossel) da planta que nessa fase da cultura está fechado. Isso dificulta o contato do inseticida com a praga e ainda é agravado, quando se utiliza um baixo volume do produto recomendado por hectare”, dizem os pesquisadores.

Outro ponto destacado pela Embrapa no manejo da lagarta falsa- medideira são as temperaturas elevadas, acima de 30 oC, e a umidade abaixo de 60%, que aumentam a evaporação do produtos químicos, dificultando o controle. “Nessas condições climáticas extremas, sugere-se controlar as lagartas durante a madrugada, quando as temperaturas são relativamente mais baixas e a umidade mais alta além da ausência de ventos que proporcionarão melhores condições para aplicação”, destacam.

Os pesquisadores Embrapa consideram a lagarta falsa-medideira uma praga importante na soja, mas que pode ser controlada com a adoção do manejo integrado de pragas. “É preciso realizar monitoramento constante, respeitar os níveis de ação e usar uma boa tecnologia de aplicação dos inseticidas” destacam.


FONTE: EMBRAPA

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