quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Investimento na lavoura faz produção de café crescer

Cooperativa estima que a região da Alta Mogiana colha 1,5 milhão de sacas em 2012

Na fazenda de Ismar de Oliveira, em Cristais Paulista, o cultivo de café é tradição há mais de um século. A lavoura se estende por 112 hectares e continua crescendo. O produtor insistiu no café arábica, mesmo quando o preço da saca estava baixo. “Eu investi primeira em qualidade de muda, depois em mecanização. A tecnologia máxima foi a irrigação, para a produção sair dos problemas de seca”, conta.

A aposta deu resultado. Em 2011, a lavoura rendeu 5,6 mil sacas e o lucro já foi investido novamente. “Na safra boa você vai às entidades financeiras e consegue um bom financiamento. No ano passado, financiei um trator e uma colheitadeira”, diz Oliveira.

Nos últimos dez anos, a área plantada de café arábica na Alta Mogiana aumentou 5 mil hectares, cerca de 10%. Mas a produtividade dobrou. Atualmente são colhidas entre 25 e 30 sacas por hectare, consequência do investimento no trato da lavoura. Em 2002, a saca do arábica era vendida por cerca de R$ 100. Hoje, o produto está valorizado e cada saca sai por até R$ 550.

“Ao longo destes dez anos, mesmo com o preço defasado, o produtor fez a lição de casa. Ele renovou o parque cafeeiro, colocou variedades mais produtivas e a mudança estrutural mais significativa foi na questão da mecanização, seja na condução das lavouras, como a questão da colheita, seja na colheita do café da árvore, como também do café que fica no chão, que a gente chama de café de varreção”, afirma Anselmo Magno de Paula, gerente da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas).

A cooperativa estima que os produtores da Alta Mogiana colham 1,5 mil sacas em 2012. “A gente continua investindo na lavoura para poder ofertar ao mundo esse café. Para que com todo o crescimento que as cafeterias, formas de preparo diferenciadas que o café vem passando nesses últimos anos, os países produtores consigam suprir esta demanda no mercado nacional e internacional”, diz Magno de Paula.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

Café: indicador de arábica recua fortes 5%

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 427,51/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 15, com forte queda de 5,2% em relação ao dia anterior

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 427,51/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 15, com forte queda de 5,2% em relação ao dia anterior. Este é o menor valor, em termos nominais, desde o dia 11 de janeiro do ano passado, quando o Indicador fechou a R$ 425,42/saca.

Segundo pesquisadores do Cepea, a expressiva baixa interna está atrelada às recentes quedas nas cotações internacionais do arábica. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o contrato de arábica com vencimento em março fechou a 200,40 centavos de dólar por libra peso nessa quarta-feira, expressivo recuo de 380 pontos em relação ao dia anterior – ontem, esse contrato chegou a ser negociado abaixo dos 200 centavos de dólar por libra peso, menor valor desde novembro de 2010.

FONTE: CEPEA/ ESALQ

Institucional Cia da Terra - Conheça o que move essa empresa!

Cia da Terra- Patrocinadora do Programa MG Rural Uberlandia e Região - TV Globo