quarta-feira, agosto 29, 2012

Rentabilidade da soja será recorde na safra 2012/13

Perspectiva é de renda média de R$ 1.463 por hectare para agricultores do Mato Grosso

O produtor brasileiro de soja deve registrar uma das melhores rentabilidades obtidas no país na safra 2012/13, quando a perspectiva é de uma renda média de R$ 1.463,00 por hectare no caso dos produtores de Mato Grosso. O cálculo foi apresentado pelo consultor André Pessoa, da Agroconsult Consultoria durante palestra no 2º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, realizado segunda-feira (27/8), em São Paulo. Nos próximos cinco anos, no entanto, amargem de lucro da atividade pode reduzida pela metade. Projeções da Agroconsult apontam para uma renda média de R$ 622 por hectare na safra 2015/16, que poderá cair para R$ 580 em 2016/17.

“Em 2017 teremos registrado uma década de lucros e neste cenário entendo que a oferta de crédito será uma ferramenta a mais para o produtor e não a oxigenação da atividade”, disse. Para Pessoa, nesse ritmo, o produtor de soja do Brasil vai andar de turbante (analogia com os produtores depetróleo árabes). Os bons preços da soja – registrados a partir da safra de 2007 -- refletem a demanda em alta e os estoques apertados, já pelo sexto ano consecutivo. A expectativa de recuperação do nível de produção e darecomposição dos estoques mundiais nos próximos cinco anos deve achatar um pouco a margem da atividade.

Segundo o especialista, com margens melhores desde 2007, os agricultores brasileiros estão conseguindo elevações expressivas em sua renda e necessitam cada vez menos de crédito. Pelas contas de Pessoa, a rentabilidade da atividade foi de R$ 627 em 2007, caiu para R$ 465 em 2009 e voltou a subir para R$ R$ 1006 em 2011. “Em 2007, para cada R$ 1,00 que o agricultor colocava no financiamento do plantio da soja, pegava outros R$ 19,00 de crédito. Isso veio caindo e, em 2011, para cada R$ 1,00 próprio, ele só pegava R$ 3,00. Para a safra 2012/13, para cada R$ 1,00 próprio, ele só tomará mais R$ 1,00 de crédito”, completa Pessoa.

O quadro, de acordo com o consultor, pode ficar ainda mais favorável ao produtor brasileiro em função da quebra desafra americana, prejudicada pela seca. Os levantamentos recentes indicam um declínio de 17 milhões de toneladas na produção americana de soja, na comparação com a safra do ano passado, fato que tende a elevar ainda mais os preços da commodity. “Se somarmos as perdas em todas as lavouras americanas neste ano, os Estados Unidos estão deixando de produzir o volume que o Brasil produz ao ano”, diz.

Também os sinais vindos da China são favoráveis ao produtor brasileiro de soja, assim como das demais culturas de grãos. Segundo Pessoa, a desaceleração econômica na China é acompanhada de uma mudança no perfil econômico do gigante asiático. “O rearranjo chinês é na direção de uma diminuição dos investimentos em infraestrutura com prioridade para as aplicações em consumo. Daí que não se prevê redução nas importações de commodities agrícolas, mas talvez até um crescimento”, finaliza ele, lembrando que este ano as importações de milho da China já somaram 10 milhões de toneladas e que para 2015 devem estar na casa de 18 milhões de toneladas. “O ingresso da China na importação de milho é o grande destaque da safra atual e as compras chinesas no mercado externo serão crescentes nos próximos anos”, diz.

FONTE: GLOBO RURAL

segunda-feira, agosto 27, 2012

Exportação de café da América Central e Colômbia sobe 49% no mês



As exportações durante os primeiros 10 meses da temporada de colheitas de 2011/12 ficaram em 23,4 milhões de sacas, um aumento de 1,13 por cento em comparação com o mesmo período na temporada de 2010/11


As exportações de café da América Central, México, Colômbia, Peru e República Dominicana aumentaram 49,6 por cento em julho, em comparação com o mesmo período no ano anterior, atingindo o volume de 2,9 milhões de sacas de 60 kg no mês, segundo informações da Anacafe, a associação de café da Guatemala, divulgadas nesta terça-feira.

As exportações durante os primeiros 10 meses da temporada de colheitas de 2011/12 ficaram em 23,4 milhões de sacas, um aumento de 1,13 por cento em comparação com o mesmo período na temporada de 2010/11, disse a Anacafe, que reúne números da região, que produz principalmente arábica.

O aumento nas exportações se deveu aos preços mais altos do café em julho, que encorajaram produtores a vender mais, disse um dirigente da Anacafe. Os preços mais altos foram resultado da seca severa seguida por chuvas fortes no Brasil, o maior produtor mundial.

Para uma tabela completa das comparação entre as exportações mensais de café de cinco países produtores da América Central e México desta temporada e da anterior.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIOS

terça-feira, agosto 21, 2012

Preço do milho no país cai na semana; colheita pressiona, informou Céleres

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços do milho no Brasil cederam na última semana pressionados pelo avanço de uma colheita recorde da segunda safra e também com produtores realizando vendas pela necessidade de fazer caixa para a próxima temporada, informou nessa segunda-feira (20) a consultoria Céleres.

A semana encerrada na sexta-feira acumulou perda de 2,1 por cento nas cotações, na comparação com a semana anterior, na média das principais praças pesquisadas.

"Os preços do milho estão apresentando desvalorização frente à necessidade do produtor de fazer caixa para comprar os insumos da nova safra", disse a Céleres em relatório semanal.

"A entrada dos produtos da safra de inverno também tem oferecido pressão aos preços do milho no mercado brasileiro", completou a consultoria.

No entanto, a cotação média do milho nas praças pesquisadas pela Céleres ainda acumula alta importante em 30 dias, com o mercado doméstico refletindo a disparada nos preços internacionais, pela seca nos Estados Unidos.

Em Rondonópolis (MT), a saca de milho foi negociada a 24,70 reais na sexta-feira, com queda de 3,1 por cento em relação à semana anterior. Na comparação com 30 dias atrás, a Céleres registrou alta de 18 por cento.

A queda semanal também foi registrada no indicador Esalq/BM&FBovespa para o milho, com base em Campinas, que entre os dias 13 e 17 de agosto teve perdas de 1,52 por cento.

Já na comparação com a cotação 30 dias antes, houve alta acumulada de 9,17 por cento, segundo indicador da Esalq.

As cotações no Brasil vêm seguindo a tendência dos mercados internacionais. O milho na bolsa de Chicago acumula alta de quase 50 por cento desde o início de junho, em função de uma forte seca nos Estados Unidos, que está diminuindo drasticamente as perspectivas de colheita no principal exportador mundial do cereal.

A alta no produto, o principal para a ração de frangos, está levando a indústria a cortar a produção, conforme afirmou à Reuters na sexta-feira o presidente da União Brasileira de Avicultura.

COLHEITA

A colheita da safra de inverno de milho atingiu, até sexta-feira, 78 por cento da área cultivada, com evolução de 7,6 pontos percentuais ante a semana anterior, disse a Céleres.

Na mesma semana da safra anterior o ritmo era menor, com a colheita tendo sido realizada 71,7 por cento da área plantada.

Os trabalhos de campo foram ajudados pelo "clima favorável", disse a consultoria.

O Estado de Mato Grosso, que encerra uma "safrinha" recorde de milho , já teve 99 por cento da área colhida, disse a Céleres.

Em Goiás, os trabalhos foram concluídos em 85 por cento da área.

Os produtores do Paraná já colheram 65,5 por cento da área.

(Por Gustavo Bonato)

FONTE: REUTERS

Brasil lidera fornecimento de soja para China no ano

Os desembarques de soja brasileira na China em julho somaram 3,8 milhões de toneladas, alta de 10,5%


Soja: e, dessa forma, o Brasil superou momentaneamente os Estados Unidos como o maior fornecedor da oleaginosa ao país asiático

São Paulo - A China importou 17,08 milhões de toneladas de soja do Brasil entre janeiro e julho, e o país sul-americano passou a liderar a lista de fornecedores da oleaginosa para o maior importador global do produto, de acordo com dados da alfândega chinesa divulgados nesta terça-feira.

Os desembarques de soja brasileira na China em julho somaram 3,8 milhões de toneladas, alta de 10,5 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.

E, dessa forma, o Brasil superou momentaneamente os Estados Unidos como o maior fornecedor da oleaginosa ao país asiático.

No acumulado do ano até julho, as importações chinesas de soja do Brasil acumulam alta de 57,8 por cento. Já os desembarques do grão dos EUA na China até o mês passado somaram 14,99 milhões de toneladas, queda de 1,77 por cento ante o mesmo período de 2011.

Neste ano, os chineses aceleraram as compras de soja do Brasil visando garantir a oferta após uma seca em lavouras do Sul brasileiro e também na Argentina.

Dependendo do período do ano, brasileiros e norte-americanos alternam a liderança no fornecimento de soja para a China. O Brasil terminou de colher a oleaginosa há alguns meses, enquanto os EUA estão na entressafra, próximos de iniciar a colheita.

Em 2012, entretanto, o Brasil ocupou espaço dos norte-americanos, com estoques baixos nos EUA, segundo especialistas.

Além disso, os EUA vêm sofrendo recentemente uma das piores secas em mais de meio século.

Brasil e EUA disputam a liderança nas exportações mundiais. Na nova safra (2012/13), se os brasileiros tiverem uma boa colheita, o país poderá superar os norte-americanos, cuja produção foi quebrada pela seca que atinge o Meio-Oeste.

Ao todo, a China comprou no acumulado do ano até julho 34,9 milhões de toneladas, alta de 20 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.


FONTE: EXAME.COM

segunda-feira, agosto 20, 2012

Brasil importa quase totalidade da pera consumida


A comercialização de pera no Brasil é fortemente dependente de importação, podendo atingir até 90% da fruta fresca consumida. O plantio de cultivares de baixa qualidade tem favorecido a importação de peras finas, principalmente da Argentina e do Chile.

Da Argentina é importada mais de 85% da pera europeia consumida no Brasil. O total de importação, em 2009, foi de 161.875 t, e em 2010 de 189.840 t, representando uma perda de divisas de 134,8 e 161,9 milhões de dólares, respectivamente.

As importações se caracterizam, essencialmente, por peras do tipo europeia, sendo que as do tipo asiático têm sido importadas em pequenas quantidades do Chile.

Oferta x demanda

A pera apresenta algumas contradições no Brasil, tanto em relação à produção quanto ao consumo. "Trata-se de uma das principais culturas de clima temperado, sendo a terceira mais consumida e a mais importada, justamente porque não existe uma produção nacional expressiva. Hoje ela se mantém em pouco mais do que 10% das necessidades de consumo, e por isso quase toda a pera disponível nos mercados brasileiros é de fora", lamenta José Francisco Martins Pereira, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Clima Temperado.

Segundo ele, o consumo atual no Brasil supera as 150 mil t/ano, e a maior parte das frutas vem da Argentina, EUA, Portugal, Uruguai e Chile, com pequenas variações na oferta de ano para ano, em função das regras de mercado. A expectativa de consumo interno são ainda mais promissoras, podendo chegar facilmente a 300 mil t/ano. Há, portanto, um grande espaço para se produzir pera no Brasil.

Ao longo dos anos, foram realizadas introduções de cultivares, principalmente do tipo europeia, de grande valor comercial, porém os resultados não foram bons, devido a problemas de baixa taxa de transformação floral, elevado índice de abortamento de gemas florais em cultivares de média necessidade de frio e indefinição de porta-enxerto.

Mesmo quando ocorre bom índice de formação de flores, a frutificação efetiva é baixa, devido a problemas de polinização. "Contudo, algumas iniciativas de produtores vêm demonstrando que é viável a produção de pera no Brasil, inclusive alcançando rentabilidades superiores à obtida com macieira, visto que a maçã nacional já atingiu o limite da demanda do país. Produtores que investiram na cultura têm tido bom retorno econômico, mesmo com baixa produtividade, até mesmo por meio da utilização de cultivares de baixa qualidade, como Kieffer, Le Conte, Garber etc. Isso se deve a pouca oferta de pera no mercado consumidor", avalia José Francisco.

Uma pereira pode produzir, em média, 45 kg de frutos por ano, podendo chegar, em alguns casos, a 140 kg/ano. A produção torna-se comercialmente atrativa após o quinto ano. Após a colheita, os frutos devem ser armazenados sob refrigeração, para uma melhor conservação, apesar de se manterem bem, sem refrigeração, por até 20 dias.

Variedades

São três os tipos de pereiras cultivadas comercialmente no Brasil. A Pyrus communis, conhecida como europeia ou manteigosa, é a mais cultivada no mundo, sendo considerada a mais deliciosa das frutas, combinando textura sucosa e manteigosa com a insuperável fineza de sabor e aroma. A Pyrus pyrifolia, também conhecida como pera asiática, oriental ou arenosa, surgiu independentemente no Japão e na China. Produz frutas de forma redonda oblata de textura crocante, sucosa, doce, com bom sabor e pouco aroma. E finalmente a híbrida, em geral resultante de cruzamento entre a europeia e a asiática, que é a mais plantada no Brasil, e produz frutas de forma piriforme a oblonga, de textura entre manteigosa e crocante, com qualidade aceitável.

Exigências climáticas

O pesquisador José Francisco informa que as cultivares de pereiras europeias são mais exigentes em frio e recomendadas para os altiplanos dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Devem ser colhidas ainda meio verdes e completar a maturação em câmaras frias.

As cultivares de pereiras asiáticas são menos exigentes em frio hibernal e também recomendadas para os altiplanos dos três estados sulinos e algumas regiões, como da fronteira gaúcha, região de Curitiba etc. Devem ser colhidas maduras, exigindo cuidados especiais no manuseio.

As cultivares de pereira híbrida são de menor exigência em frio, variando de menos de 200h a 400h, sendo cultivadas do Rio Grande do Sul até São Paulo e Minas Gerais. Em geral são bastante rústicas, de fácil manuseio e com boa tolerância a doenças.

Desenvolvem melhor sabor quando completam a maturação em câmaras frias, à semelhança das europeias. As frutas têm sabor e textura peculiares entre as europeias e asiáticas, sendo bem aceitas pelo consumidor brasileiro. Elas devem ser preferidas pelos agricultores de base familiar, uma vez que não exigem grandes investimentos.

Implantação

A implantação de um pomar de pereiras requer um cuidadoso exame da infraestrutura existente e das condições ambientais. "É importante que o produtor atente para algumas regras básicas, tais como: escolha do terreno, espaçamento, marcação do pomar e conservação do solo, formação de quebra-vento, prevenção ao ataque de lebres, plantio, distribuição de polinizadoras, manejo do solo, esladroamento e desfranqueamento", recomenda José Francisco.

O clima, o solo e sua topografia são fatores igualmente determinantes. A cultivar é um importante componente do sistema de produção e um dos poucos que pode ser modificado sem que se altere o custo de implantação do pomar.

A adoção de determinado sistema de plantio e das práticas de cultivo do solo durante a fase vegetativa da planta será sempre dependente da topografia, do tipo de solo e do regime pluvial. Práticas culturais, como poda, por exemplo, requerem conhecimentos relativos à própria planta, à cultivar e aos objetivos a serem alcançados.

Em geral, os solos dos estados sulinos do Brasil são ácidos e de baixa fertilidade natural, por isso, antes da implantação do pomar, o pesquisador da Embrapa Clima Temperado indica fazer uma análise do solo, com coleta a profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm. Além disso, José Francisco recomenda aplicar calcário dolomítico pelo menos três meses antes do plantio para corrigir o pH para cerca de 6,0, corrigindo também as deficiências de magnésio (Mg), fósforo (P2O5) e potássio (K2O).

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIOS

sexta-feira, agosto 17, 2012

Consumo de café no Brasil deve ser de 20,4 milhões de sacas



O consumo anual de café no Brasil se aproxima de 20 milhões de sacas de 60 kg, conforme levantamento preliminar que considera o período de 12 meses entre maio/2011 e abril/2012. Os dados são da Área de Pesquisas e Informações da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic)


Os números mostram que no período analisado o consumo alcançou 19,975 milhões de sacas, representando um acréscimo de 3,05% em relação ao período anterior (19,383 milhões de sacas). A expectativa inicial da ABIC era um crescimento de 3,5% em volume. Mesmo tendo ficado um pouco abaixo, a entidade espera fechar o ano com uma demanda total de 20,41 milhões de sacas. Com isso, a meta de se ter um consumo interno de 21 milhões de sacas, proposta em 2004, poderá ser atingida em 2013.

O presidente da Abic, Américo Sato, informa em comunicado que as razões do crescimento de 3,05%, menor do que o esperado pela Abic em suas previsões iniciais, deverão ser mais pesquisadas, mas podem estar relacionadas ao crescimento do consumo de produtos concorrentes no café da manhã no lar, como suco pronto e bebidas à base de soja.

O levantamento mostra, ainda, que o consumo per capita no período foi de 6,18 kg de café em grão cru ou 4,94 kg de café torrado, quase 83 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 1,23% em relação ao período anterior. Segundo o diretor da área de Pesquisas e Informações da ABIC, Márcio Reis Maia, os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado consumido nos lares, também os cafés expressos, cappuccinos e outras combinações com leite.

O consumo per capita brasileiro continua sendo um dos mais elevados mesmo quando comparado com o de países europeus. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - com um volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Preço do milho no exterior subirá 30% até fim do ano, prevê analista de banco



A seca que afeta a produção de grãos nos Estados Unidos ainda não foi toda incorporada pelos preços praticados pelo mercado


Ainda há dúvidas sobre o volume final da safra e a perda pode ser maior do que a anunciada até agora. No caso do milho, são 102 milhões de toneladas perdidas em relação à estimativa inicial.

Com isso, "os preços continuarão subindo, pelo menos enquanto persistirem as dúvidas sobre o real tamanho da produção norte-americana de grãos".

A avaliação é de Giovanna Siniscalchi, economista e analista de commodities do banco Itaú.

Na avaliação dela, o preço de milho -produto mais afetado pela seca- poderá ter alta adicional de 30% até o final do ano. Nesse mesmo período, a soja subiria cerca de 10%.

A oleaginosa foi menos afetada pela seca e ainda há tempo para a recuperação da produtividade, desde que o clima favoreça. No caso do milho, a quebra da safra é irrecuperável.

O mercado internacional está de olho, agora, na América do Sul, cujo plantio começa em breve. O problema é que, se setembro continuar seco, poderá haver atraso no plantio, afirma Giovanna.

Além do fator climático, o mercado vai ser afetado pela demanda, que, apesar de dois meses de preços altos, ainda não deu sinais de queda, diz a analista do Itaú.

O mercado só ficará estabilizado com a safra elevada na América do Sul, uma vez que a demanda continua alta e os estoques são baixos.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

quinta-feira, agosto 16, 2012

Produtores de tomate de Tocantins comemoram alta do preço


Município deve produzir cerca de 6 toneladas este ano

Os produtores de tomate de Tocantins comemoram a alta do fruto. Neste ano, o município deve produzir cerca de seis toneladas.

O produtor Amarildo Porfírio se apressa em colher os tomates. Os 6 mil pés ficam no município de Tocantins. Ele investiu mais de R$12 mil com adubo, mão de obra e defensivos que protegem o fruto de pragas, já que a planta é frágil e precisa de cuidados. Em 2011, o dinheiro que vinha da venda do tomate não pagava os gastos. Por isso, durante a colheita desse semestre, o medo era ter outro prejuízo.

Mesmo com os altos custos, os produtores ainda optam pelo cultivo do tomate na região. Tanto é que no começo de agosto, o preço do produto é três vezes maior que o cobrado no mesmo período do ano passado.

Os valores chegam a R$83 a caixa com 23 quilos. Em todo o ano, a produção de Tocantins deve chegar a 6 mil toneladas de tomate – o que representa menos do que os anos anteriores. O produtor Marino Abranches reduziu a área plantada de tomate de 12 para oito hectares. Mesmo assim, conseguiu lucrar mais que nos anos anteriores. Com a menor oferta do produto no mercado, aumenta o preço repassado ao consumidor.

FONTE: MEGAMINAS.COM

Agência de Informação Embrapa apresenta sua nova Árvore do Conhecimento: Pimenta (01/08/2012)

A expressão “ardida feito pimenta” se encaixa perfeitamente quando falamos de pimentas do gênero Capsicum, que são mais ardidas que as pimentas-do-reino. Usadas na culinária, na medicina alopática ou natural, na religião e até mesmo como arma de defesa pessoal, essas pimentas são um dos principais condimentos utilizados no mundo.


Para oferecer informações aos extensionistas, produtores rurais, estudantes e outros interessados sobre as fases de pré-produção, produção e pós-produção dessa cultura cultivada por pequenos agricultores de diversas regiões brasileiras, a Embrapa Informação Tecnológica em parceria com a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP) lançou, na Agência de Informação Embrapa (AIE), a nova Árvore do Conhecimento (AC) Pimenta.


Os principais estados produtores de pimenta são Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Sergipe e, além da demanda crescente do mercado interno, parte da produção brasileira de pimentas é exportada em diferentes formas, como páprica, pasta, desidratada e conservas ornamentais.


A AC Pimenta aborda aspectos importantes para quem produz ou comercializa a pimenta, tais como: mercado, importância econômica, recomendações de plantio, de adubação e controle de pragas e doenças, além de receitas e formas de processamento de pimentas como em flocos desidratados tipo calabresa, em pó tipo páprica e na produção de pastas ou geleias, entre outras.


Com a Árvore do Conhecimento (AC) Pimenta, a Embrapa passa a oferecer, na Agência de Informação Embrapa, fontes de informações validadas pela pesquisa agropecuária sobre todas as fases das cadeias produtivas associadas a 23 cultivos, 3 criações e 8 temáticas, que podem ser acessadas em hipertexto ou formato hiperbólico, além de dispor de recursos de informações complementares, tais como vídeos, áudios e publicações em pdf.

FONTE: EMBRAPA

Brasil importa quase totalidade da pera consumida

A comercialização de pera no Brasil é fortemente dependente de importação, podendo atingir até 90% da fruta fresca consumida. O plantio de cultivares de baixa qualidade tem favorecido a importação de peras finas, principalmente da Argentina e do Chile.

Da Argentina é importada mais de 85% da pera europeia consumida no Brasil. O total de importação, em 2009, foi de 161.875 t, e em 2010 de 189.840 t, representando uma perda de divisas de 134,8 e 161,9 milhões de dólares, respectivamente.

As importações se caracterizam, essencialmente, por peras do tipo europeia, sendo que as do tipo asiático têm sido importadas em pequenas quantidades do Chile.

Oferta x demanda

A pera apresenta algumas contradições no Brasil, tanto em relação à produção quanto ao consumo. "Trata-se de uma das principais culturas de clima temperado, sendo a terceira mais consumida e a mais importada, justamente porque não existe uma produção nacional expressiva. Hoje ela se mantém em pouco mais do que 10% das necessidades de consumo, e por isso quase toda a pera disponível nos mercados brasileiros é de fora", lamenta José Francisco Martins Pereira, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Clima Temperado.

Segundo ele, o consumo atual no Brasil supera as 150 mil t/ano, e a maior parte das frutas vem da Argentina, EUA, Portugal, Uruguai e Chile, com pequenas variações na oferta de ano para ano, em função das regras de mercado. A expectativa de consumo interno são ainda mais promissoras, podendo chegar facilmente a 300 mil t/ano. Há, portanto, um grande espaço para se produzir pera no Brasil.

Ao longo dos anos, foram realizadas introduções de cultivares, principalmente do tipo europeia, de grande valor comercial, porém os resultados não foram bons, devido a problemas de baixa taxa de transformação floral, elevado índice de abortamento de gemas florais em cultivares de média necessidade de frio e indefinição de porta-enxerto.

Mesmo quando ocorre bom índice de formação de flores, a frutificação efetiva é baixa, devido a problemas de polinização. "Contudo, algumas iniciativas de produtores vêm demonstrando que é viável a produção de pera no Brasil, inclusive alcançando rentabilidades superiores à obtida com macieira, visto que a maçã nacional já atingiu o limite da demanda do país. Produtores que investiram na cultura têm tido bom retorno econômico, mesmo com baixa produtividade, até mesmo por meio da utilização de cultivares de baixa qualidade, como Kieffer, Le Conte, Garber etc. Isso se deve a pouca oferta de pera no mercado consumidor", avalia José Francisco.

Uma pereira pode produzir, em média, 45 kg de frutos por ano, podendo chegar, em alguns casos, a 140 kg/ano. A produção torna-se comercialmente atrativa após o quinto ano. Após a colheita, os frutos devem ser armazenados sob refrigeração, para uma melhor conservação, apesar de se manterem bem, sem refrigeração, por até 20 dias.

Variedades

São três os tipos de pereiras cultivadas comercialmente no Brasil. A Pyrus communis, conhecida como europeia ou manteigosa, é a mais cultivada no mundo, sendo considerada a mais deliciosa das frutas, combinando textura sucosa e manteigosa com a insuperável fineza de sabor e aroma. A Pyrus pyrifolia, também conhecida como pera asiática, oriental ou arenosa, surgiu independentemente no Japão e na China. Produz frutas de forma redonda oblata de textura crocante, sucosa, doce, com bom sabor e pouco aroma. E finalmente a híbrida, em geral resultante de cruzamento entre a europeia e a asiática, que é a mais plantada no Brasil, e produz frutas de forma piriforme a oblonga, de textura entre manteigosa e crocante, com qualidade aceitável.

Exigências climáticas

O pesquisador José Francisco informa que as cultivares de pereiras europeias são mais exigentes em frio e recomendadas para os altiplanos dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Devem ser colhidas ainda meio verdes e completar a maturação em câmaras frias.

As cultivares de pereiras asiáticas são menos exigentes em frio hibernal e também recomendadas para os altiplanos dos três estados sulinos e algumas regiões, como da fronteira gaúcha, região de Curitiba etc. Devem ser colhidas maduras, exigindo cuidados especiais no manuseio.

As cultivares de pereira híbrida são de menor exigência em frio, variando de menos de 200h a 400h, sendo cultivadas do Rio Grande do Sul até São Paulo e Minas Gerais. Em geral são bastante rústicas, de fácil manuseio e com boa tolerância a doenças.

Desenvolvem melhor sabor quando completam a maturação em câmaras frias, à semelhança das europeias. As frutas têm sabor e textura peculiares entre as europeias e asiáticas, sendo bem aceitas pelo consumidor brasileiro. Elas devem ser preferidas pelos agricultores de base familiar, uma vez que não exigem grandes investimentos.

Implantação

A implantação de um pomar de pereiras requer um cuidadoso exame da infraestrutura existente e das condições ambientais. "É importante que o produtor atente para algumas regras básicas, tais como: escolha do terreno, espaçamento, marcação do pomar e conservação do solo, formação de quebra-vento, prevenção ao ataque de lebres, plantio, distribuição de polinizadoras, manejo do solo, esladroamento e desfranqueamento", recomenda José Francisco.

O clima, o solo e sua topografia são fatores igualmente determinantes. A cultivar é um importante componente do sistema de produção e um dos poucos que pode ser modificado sem que se altere o custo de implantação do pomar.

A adoção de determinado sistema de plantio e das práticas de cultivo do solo durante a fase vegetativa da planta será sempre dependente da topografia, do tipo de solo e do regime pluvial. Práticas culturais, como poda, por exemplo, requerem conhecimentos relativos à própria planta, à cultivar e aos objetivos a serem alcançados.

Em geral, os solos dos estados sulinos do Brasil são ácidos e de baixa fertilidade natural, por isso, antes da implantação do pomar, o pesquisador da Embrapa Clima Temperado indica fazer uma análise do solo, com coleta a profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm. Além disso, José Francisco recomenda aplicar calcário dolomítico pelo menos três meses antes do plantio para corrigir o pH para cerca de 6,0, corrigindo também as deficiências de magnésio (Mg), fósforo (P2O5) e potássio (K2O).

FONTE: REVISTA CAMPO & NEGOCIOS

terça-feira, agosto 14, 2012

Como alcançar 300 sacas de milho por hectare?


No ano agrícola de 2011/12 está previsto recorde tanto em área (15,12 milhões de hectares) quanto em produção (67,79 milhões de toneladas) de milho no Brasil, embora tenha ocorrido quebra na produtividade da primeira safra nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e nos Estados do Nordeste, causada pela forte estiagem.

A produção brasileira será maior devido a um conjunto de fatores, tais como o aumento da área plantada, maior uso de tecnologia e, no caso da safrinha, condições climáticas favoráveis na maioria dos estados produtores (CONAB, 2012).

Variação regional da produtividade

Embora a produtividade média brasileira de milho, considerando a safra e safrinha juntas, em 2011/12, seja de 4.483 kg/ha, há uma grande variação entre as produtividades médias das diferentes regiões produtoras, ou sistemas de produção. Desta forma, a produtividade média estimada das regiões Norte/Nordeste (primeira e segunda safra), onde se plantaram cerca de 3.050 mil hectares foi de 1.954 kg/ha. Esta média foi bastante prejudicada pelas condições adversas que ocorreram na maioria dos estados do Nordeste.

Na safrinha foram plantados cerca de 6.810 mil hectares, uma área cerca de 25,2% superior à área plantada na safra anterior, devido as boas perspectivas de preço e as condições favoráveis de clima, que proporcionou antecipação das chuvas para o plantio e a colheita da soja, associado a boas condições climáticas durante o desenvolvimento das lavouras resultou em uma produtividade média esperada de 4.714 kg/ha, cercade 23,1% superior à média obtida na safrinha de 2010. Na safra normal (primeira safra), na região Centro-Sul onde se plantou cerca de 5.260 mil hectares, a produtividade média foi de 5.649 kg/ha. Esta média foi inferior a verificada na safra passada, em função da estiagem ocorrida nos estados do Sul. Estes resultados demonstram a grande variação que a cultura apresenta no Brasil, e a necessidade de se entender o porquê dessas variações.

No Nordeste as maiores produtividades são verificadas na Bahia e em Sergipe e na região Norte os maiores rendimentos são obtidos em Tocantins. Na safra, as maiores produtividades obtidas em 2011/12 foram no Distrito Federal (8.259 kg/ha), em Goiás (8.000 kg/ha), no Mato Grosso do Sul (7.5699 kg/ha) e no Paraná (6.788 kg/ha).

Na safrinha, em 2012 os maiores rendimentos esperados são no Distrito Federal com 6.000 kg/ha e nos estados de Goiás, Mato Grosso e Paraná de 5.640 kg/ha, 4.820 kg/ha e 4.800 kg/ha, respectivamente.

Entretanto, em todas as regiões brasileiras existem produtores que já obtiveram rendimentos de milho superiores a 12,0 t/ha (200 sacos/ha), não sendo raros aqueles que produzem mais do que 14,0 t/ha. Portanto, as produtividades médias nessas regiões são bem inferiores, demonstrando uma grande diferença entre os sistemas de produção utilizados no que diz respeito ao potencial de produtividade. Em parcelas experimentais já há referências de produtividades atingindo 18 t/ha.

As mudanças que vêm ocorrendo nos sistemas de produção de milho no País comprovam a profissionalização dos produtores, associadas ao papel cada vez mais importante de técnicos, consultores e extensionistas da rede pública e especialmente da rede privada, por meio da assistência técnica e do maior fluxo de informações.

Além disso, várias tecnologias ligadas à cultura foram implementadas ou ainda estão sendo implementadas no agronegócio brasileiro.

Globalização

Em uma economia globalizada e de alta competitividade, a busca por maior eficiência na produção agrícola tem sido uma constante de toda a cadeia produtiva. Isto é particularmente importante para o agricultor que tem por objetivo obter a máxima produtividade com o menor custo de produção, para que a cadeia se torne competitiva e economicamente sustentável.

Embora seja constatada uma grande evolução no nível tecnológico na produção de milho no Brasil, a maximização da produtividade só tem sentido quando associada à otimização do uso de insumos, sustentabilidade e maior rentabilidade. Por outro lado, é comum verificar situações em que a quantidade de fertilizantes, especialmente o fósforo e o potássio, são aplicados acima da quantidade técnica recomendada.

Também é comum o uso excessivo de inseticidas e fungicidas, onerando o custo de produção e comprometendo a saúde do produtor e o meio ambiente Máximas produtividades devem ser obtidas com eficiência. Não basta simplesmente o aumento no uso de insumos, mas sim a sua utilização de forma racional e balanceada, explorando o sinergismo entre as diferentes tecnologias.

Otimização da produção

Um fator comum entre os agricultores detentores de recordes de produtividade no mundo é sua habilidade em identificar e manter um ambiente altamente produtivo no solo. Áreas de alta produtividade têm em comum o manejo que prioriza a produção de material orgânico, solos com maior teor de matéria orgânica e boa qualidade operacional de todas as atividades.

O produtor deverá procurar sempre aumentar o potencial produtivo de sua lavoura por meio de técnicas como o sistema de plantio direto, com adequado programa de rotação e sucessão de culturas, envolvendo inclusive o consórcio de milho com forrageiras (integração lavoura-pecuária), visando o manejo conservacionista do solo e da água e a preservação do meio ambiente.

Em sistemas envolvendo rotação e/ou sucessão de culturas, o produtor deverá conhecer as peculiaridades de cada cultura. Na adubação e na correção do solo deverá levar em consideração o sistema como um todo, e não apenas uma cultura isoladamente.

Confirmando tais afirmativas, em levantamento realizado pela Embrapa, verificou-se que, dentre as lavouras com rendimentos superiores a 8,0 t/ha, ocorre a predominância (91%) do uso do sistema de semeadura direta e da rotação de cultura do milho com a soja. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina esta percentagem sobe para 99%.

FONTE: REVISTA CAMPO & NEGOCIOS

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