quarta-feira, dezembro 28, 2011

Milho: Inoculantes são mais eficientes e econômicos

Procedimento aumenta produtividade do milho safrinha em até 50% e reduz o custo de produção em 20%


A fertilização é extremamente importante para o desenvolvimento da cultura. É dela que vêm os nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas e que, eventualmente, se encontram com índices baixos no solo. São vários os tipos de fertilização, mas um deles tem chamado a atenção pelo baixo custo e ótima eficiência. A inoculação de sementes pode aumentar a produtividade do milho safrinha em até 50%, além de reduzir o custo de produção em 20%. Isso porque uma dose do material inoculante custa apenas R$8 por hectare em média.

O principal benefício do uso de inoculantes em gramíneas é a possibilidade de economia de nitrogênio que o inoculante pode oferecer às culturas. Sendo uma gramínea, o milho exige grande quantidade de nitrogênio e, com isso, eleva o custo de produção. O uso de inoculantes poderia suprir parte dessa necessidade de nitrogênio, levando com isso, além de uma possibilidade de economia, uma possibilidade também de incremento de produtividade — afirma Itacir Eloi Sandini, professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Estudos mostram que o uso de inoculantes em milho safrinha pode gerar um incremento de até 50% na produtividade, dependendo da estirpe e do material genético utilizado. Segundo Sandini, pode ocorrer ainda uma redução de custo em torno de 20%.

A principal forma de utilização do inoculante é através da semente. Por outro lado, especificamente na cultura do milho, tem sido observado que o tratamento industrial da semente acaba beneficiando o produtor na questão de não precisar fazer o procedimento na propriedade, mas dificulta o uso do inoculante devido à baixa sobrevivência da bactéria — explica ele.

Dessa forma, o professor conta que novas pesquisas têm sido feitas sobre alternativas ao uso do inoculante na semente, que poderia ser feito também no sulco de semeadura. No caso da inoculação de sementes, é preciso que o tratamento seja feito em, no máximo, 24 horas antes da operação de plantio. Já a inoculação através do sulco de semeadura, deve ser feita com equipamentos especiais.

É preciso ainda utilizar alguns produtos que venham a proteger as bactérias, evitando assim a necessidade de fazer uma reaplicação dos inoculantes após o período de plantio. Além disso, é importante ressaltar ainda que a inoculação realizada em um período superior a 24 horas, não surte efeito — diz.

Sandini explica que na cultura do milho, uma das tecnologias mais baratas é a inoculação. Ele afirma que hoje, o custo de uma dose de inoculante gira em torno de R$8 por hectare. Portanto, esse investimento é extremamente baixo frente à possibilidade de redução do uso do nitrogênio aplicado em cobertura.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

Algodão em produção integrada

Visando a garantia de qualidade dos produtos agropecuários, os mercados nacional e internacional têm exigido cada vez mais a demanda por alimentos seguros, aumentando a necessidade da implementação da chamada Produção Integrada (PI), sistema baseado em boas práticas agropecuárias

A PI pressupõe o monitoramento de todas as etapas de uma cadeia produtiva, desde a aquisição de insumos até a oferta do produto ao consumidor.

No Brasil, o sistema começou com a Produção Integrada de Frutas, em 2001, por exigência do mercado internacional. Na época, foi uma condição da Comunidade Europeia para a continuidade das importações de frutas, principalmente de maçãs brasileiras. Atualmente, as certificações de produção integrada no país começam a obter resultados promissores também na pecuária e na produção de grãos, oleaginosas, flores e plantas medicinais. Sendo que para cada cadeia produtiva, há orientações e normas técnicas específicas que devem ser seguidas pelos produtores que aderirem à PI. Para o milho, essas normas estão em fase de elaboração por uma equipe multidisciplinar da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG).

Mato Grosso participa de um projeto iniciado no ano passado pela Embrapa Algodão, denominado “Produção Integrada de Algodão”, que é uma demanda do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) junto à Embrapa. Um dos objetivos é a elaboração das normas técnicas da Produção Integrada de Algodão (FIALGO), a partir dos conhecimentos e tecnologias disponíveis nas diferentes áreas de conhecimento agronômico, visando disponibilizar para essa cultura um padrão de produção sustentável e de qualidade que possa atender a um mercado mundial cada dia mais exigente.

Nas reuniões de trabalho realizadas na Embrapa Transferência de Tecnologia (Escritório de Negócios de Goiânia), foram dados os primeiros passos na implantação do projeto, aprovado junto ao Mapa, com o apoio do CNPq. O projeto conta com a participação de pessoas de diferentes instituições de pesquisa, extensão e defesa sanitária vegetal dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de representantes de produtores, associações, entre outros.

Participaram da reunião, profissionais das seguintes instituições: Embrapa Algodão, Embrapa Agropecuária Oeste, Secretaria de Agricultura do Estado de Goiás, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Fundação Goiás, Better Cotton Initiative (BCI/Abrapa), Ceres Consultoria, Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA), Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agocopa), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Embrapa Escritório de Negócios SNT Goiânia, Embrapa Arroz e Feijão, Fundação Chapadão, Fundação MT e Ministério da Agricultura Superintendência Federal de Goiânia.

Em Cuiabá, durante a Feira do Empreendedor, pequenos produtores de assentamentos e comunidades rurais de Poconé se encantaram ao ver implantado um modelo da tecnologia social Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais). Desenvolvida pelo Sebrae, a Fundação Banco do Brasil e o Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria de Programas Regionais, a tecnologia social PAIS é inspirada na atuação de pequenos produtores que optaram por fazer uma agricultura sustentável, sem uso de produtos tóxicos e com a preocupação de preservar o meio ambiente.

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