quarta-feira, dezembro 21, 2011

Combinação de tecnologias deverá liderar mercado de cultivares transgênicas

Com o aumento cada vez mais expressivo da adoção de híbridos transgênicos – com projeção de área semeada superior a 9,9 milhões de hectares para a safra 2012/13 ou mais de 67% da área total – a tendência é que as tecnologias de genes combinados (ou stack genes, que agrupam as características de resistência a insetos e tolerância a herbicidas) assumam a liderança como a principal estratégia usada para aumento da produção e da produtividade entre os produtores de milho no Brasil. Somente para a safra de inverno, que iniciará em março, a projeção é de que mais de 82% da área seja plantada com cultivares transgênicas.

Outra vertente que vem sendo anunciada por empresas multinacionais é o crescimento cada vez mais significativo da adoção de híbridos com a tecnologia que permite a ação contra pragas de solo combinada com a proteção de pragas aéreas e com a tolerância a herbicidas. Em 2011, além dessa tecnologia, agricultores dos Estados Unidos já usaram híbridos com a combinação de oito genes capazes de oferecer o mais completo controle de pragas aéreas e do solo, além da resistência a herbicidas.

E desde setembro deste ano, agricultores norte-americanos ainda vêm experimentando um material que possibilita a característica de tolerância a herbicidas com refúgio na sacaria. Dessa forma, o milho a ser semeado já possui uma porcentagem de sementes com a tolerância a herbicidas. O principal benefício é que o agricultor não precisa reservar parte da sua lavoura para o plantio de milho convencional. No Brasil, segundo pesquisadores, essas últimas tendências deverão se concretizar principalmente em lavouras da região Sul, em decorrência da estação de inverno ser bem definida.

Futuro

Nesse cenário de buscas por aumentos de produção, produtividade e rentabilidade, multinacionais vêm anunciando para um futuro próximo o milho com tolerância à seca e com resistência a percevejos. A notícia foi divulgada durante o XI Seminário Nacional de Milho Safrinha, realizado em Lucas do Rio Verde-MT no final de novembro. Segundo a consultoria Céleres, especializada em agronegócio, a adoção da biotecnologia representa acréscimos de 32% em comparação com os 7,5 milhões de hectares semeados na última safra. Em relação às intenções de uso de transgênicos, “cerca de 60% dos agricultores pretendem plantar o milho RR (com resistência a herbicidas) na safrinha de 2012”, antecipa João Alberto Oliveira, gerente de tecnologia de uma multinacional participante do evento.

Segundo ele, os ganhos em produtividade proporcionados pela adoção da tecnologia RR chegam a 3%. “A maior vantagem é o controle das plantas daninhas. Comprovamos que a dessecação antecipada tem grande influência na produtividade”, defende. Diante de tantas projeções, o que já vem ocorrendo é uma intensa adoção dessas tecnologias, com 4,9 milhões de hectares que deverão receber cultivares com resistência a insetos na safra 2011/12, sendo que as cultivares com genes combinados já se aproximam da liderança, com 4,4 milhões de hectares. A previsão é de que os stack genes serão a principal tecnologia transgênica entre os produtores de milho no Brasil.

FONTE: EMBRAPA

Hora de fazer análise foliar

As plantas necessitam de um grupo de nutrientes classificados como "essenciais", ou seja, de forma geral, na falta de um deles a planta pode não completar o seu ciclo ou não produzir satisfatoriamente. Esses nutrientes são classificados como macronutrientes (nitrogênio - N, fósforo - P, potássio - K, cálcio - Ca, magnésio - Mg e enxofre - S e micronutrientes (boro - B, cloro - Cl, ferro - Fe, magnésio - Mg, zinco - Zn, cobre - Cu, molibdênio - Mo, manganês - Mn e níquel - Ni).

A análise foliar tem por objetivo: confirmar se há sintomas de deficiência; verificar a fome escondida, definida como o estágio da deficiência em que os sintomas ainda não são visíveis; confirmar sintomas de toxidez de nutrientes observados no campo e recomendar fertilizantes.

Quando fazer a análise

A análise foliar tem um momento ideal para ser realizada, segundo a cultura que se deseja analisar. Em plantas anuais, Pedro Roberto Almeida Viégas, professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), recomenda que a análise foliar seja feita no início do crescimento e antes do florescimento, pois, se houver alguma inconsistência, a programação de adubação mineral poderá ser revista, visando à solução do problema para a safra seguinte.

Para culturas perenes, a análise foliar deverá ser realizada após o término da colheita. Tal procedimento tem como finalidade verificar se houve inconsistência nas doses de fertilizantes aplicadas durante a fase vegetativa (fase anterior ao florescimento) e rever a programação para a nova fase vegetativa.

Antecipação das deficiências nutricionais

Na análise foliar podem ser verificadas tanto a deficiência nutricional quanto os níveis ótimos dos nutrientes, bem como se há toxidez. Todavia, esclarece Pedro Roberto, se o objetivo for verificar possíveis deficiências, a análise foliar pode ser feita para identificar sintomas de deficiência mineral, tanto para os macro quanto para os micronutrientes.

O professor destaca ainda a importância de ficar atento aos erros, como aplicação na época inapropriada; coleta da folha padrão errada, logo após pulverizações de fungicidas, inseticidas; plantas com idades diferentes e talhões que ocupam diferentes manchas de solo.

A coleta da folha

A coleta das folhas deve ser tão criteriosa quanto a amostragem do solo. Para que não haja erros e, com isso, o insucesso da análise, Pedro Roberto alerta para os seguintes critérios:

▪ As plantas devem ser da mesma espécie ou enxerto/porta-enxerto e ter a mesma idade;
▪ Devem estar no mesmo tipo de solo. Talhões em diferentes tipos de solos, mas com a mesma espécie cultivada, terão as suas amostras foliares separadas;
▪ Evitar plantas que receberam pulverizações para controle de pragas e doenças. As amostras devem ser retiradas, pelo menos, quinze dias após a aplicação dos defensivos agrícolas;
▪ Utilização de herbicidas: danos provocados por herbicidas de pré-emergência podem ser similares aos de deficiência mineral;
▪ Evitar folhas com sintomas de ataque de pragas ou lesões de doenças;
▪ Condições climáticas: falta de chuva em cultivos de sequeiro pode influenciar os resultados da análise foliar. Em cultivo irrigado, verificar o tipo de irrigação e o turno de rega;
▪ No campo, não confundir a senescência natural das folhas da espécie cultivada com os sintomas de deficiência mineral. A ocorrência natural da senescência das folhas provoca a modificação da coloração das mesmas. Entretanto, deficiências nutricionais poderão antecipar a senescência, como é caso do N.

Além desses critérios, para cada cultura o professor da UFS indica identificar qual a folha padrão a ser amostrada. "Essa folha tem como característica ser "madura" (nem velha, nem nova), ou seja, apresentar máxima atividade fotossintética", ele orienta, acrescentando ainda que para cada espécie existe uma quantidade específica de folhas/ha.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGÓCIOS

Centro de Tecnologia Canavieira lança duas variedades de cana resistentes ao clima seco e a doenças

Expectativa é de que a partir de 2013 os produtores comecem a ser beneficiados pelos produtos

Depois de dez anos de pesquisa o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) lança duas variedades de cana-de-açúcar resistentes ao clima seco e a uma série de doenças que afetam os canaviais brasileiros. A expectativa do setor é de que a partir de 2013 os produtores já comecem a ser beneficiados pelos novos produtos.

As duas novas variedades devem começar a ser plantadas só a partir do ano que vem. Mas já chegam com a missão de mudar o cenário que o setor canavieiro enfrenta desde 2008. Isso porque em termos de produtividade a safra atual é considerada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a pior dos últimos 20 anos. A quebra na comparação com a temporada anterior chega a 12%.

Segundo o diretor da entidade, Sérgio Prado, o envelhecimento dos canaviais e as condições climáticas prejudicaram a produtividade. As perdas devem chegar a R$ 10 bilhões no faturamento.

Se os pesquisadores do CTC de Piracicaba, interior paulista, estiverem certos, a safra de 2013 pode ficar marcada na história do setor. As duas variedades, apresentadas no evento Cana Show, são resistentes ao clima seco e tem alta produtividade.

De acordo com o diretor de pesquisa e desenvolvimento do CTC, Tadeu Andrade, a variedade é resistente ao clima muito seco então se adapta melhor ao solo. Ele conta ainda que a cana contém alto teor de sacarose.

As variedades são chamadas de CTC 23 e CTC 24. Além de resistir ao clima adverso, são resistentes a ferrugem marrom, ferrugem alaranjada, escalcadura e ao amarelamento.

Para chegar as duas novas variedades foram 10 anos de pesquisas e mais de 80 testes. A expectativa do setor é de que São Paulo, considerado o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil, aumente sua participação no mercado.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

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