segunda-feira, dezembro 19, 2011

COTAÇÕES:

As cotações do milho em Chicago se estabilizaram durante a semana, sofrendo pouco efeito do relatório do USDA anunciado no dia 09/12. Na prática, o referido relatório não trouxe grandes novidades para o milho, sendo que os números anunciados estavam praticamente precificados na Bolsa. Assim, o fechamento desta quinta-feira (15) ficou em US$ 5,79/bushel, contra US$ 5,90 uma semana antes.

O relatório do USDA apontou, para os EUA, uma safra de 312,8 milhões de toneladas, sem modificações em relação a novembro. Já os estoques finais estadunidenses subiram levemente, ficando em 21,5 milhões de toneladas. Mesmo assim, o patamar de preços médios agora indicado passou a valores entre US$ 5,90 e US$ 6,90/bushel para 2011/12, perdendo 30 centavos de dólar em relação ao mês anterior. A média obtida pelo produtor dos EUA, no ano 2010/11 é de US$ 5,18, enquanto a de 2009/10 ficou em US$ 3,55/bushel.

Em termos mundiais, o relatório indicou um aumento no volume produzido, com o mesmo passando agora para 867,5 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais saltaram para 127,2 milhões, com ganho de quase 6 milhões de toneladas em relação a novembro. A futura produção brasileira foi mantida em 61 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina seria de 29 milhões.

Dito isso, além do fator da especulação financeira, ligada à evolução da crise mundial, o mercado olha agora dois elementos centrais pelo lado da oferta e demanda: 1) o produtor dos EUA continua vendendo pouco, apostando numa demanda de inverno mais significativa, fato que segura um pouco os preços em Chicago; 2) o clima seco no sul do Brasil e na Argentina começa a preocupar, não havendo projeções de chuvas interessantes até o dia 28/12 no vizinho país. Isso poderá elevar as cotações logo adiante caso as perdas nas lavouras começam a se cristalizar, caso do Rio Grande do Sul por exemplo.

Em termos de preços, na Argentina e no Paraguai, a semana terminou com a tonelada FOB ficando em US$ 243,00 e US$ 185,00 respectivamente.

No Brasil, os preços aos produtores rurais subiram um pouco, com exceção dos mercados paulista, goiano e mineiro. Assim, o balcão gaúcho se manteve ao redor de R$ 25,39/saco, em média, enquanto os lotes, no norte do Estado, subiram para R$ 27,50/saco. Nas demais praças, a semana fechou entre R$ 15,50/saco em Sorriso (MT) e R$ 27,25/saco em Videira e Concórdia (SC).

Dois elementos passam, agora, a serem potenciais elementos de reversão de uma tendência de baixa de preços, já detectada semanas atrás. Em primeiro lugar, o mercado está atento às perdas que se confirmam no Rio Grande do Sul, devido a falta de chuvas. Em segundo lugar, as exportações continuam aumentando. Nesse sentido, as nomeações de navios para dezembro indicam um potencial de 800.000 toneladas, o que levaria o acumulado do ano a 8,4 milhões de toneladas (cf. Safras & Mercado), indicando um volume final, em 31/01/2012 (ano comercial 2011/12) acima de 9 milhões de toneladas. Isso seria entre 2 a 3 milhões de toneladas acima do inicialmente previsto.

Enfim, a semana terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 39,22 e R$ 35,25/saco, respectivamente para o produto oriundo dos EUA e da Argentina, em dezembro. Para janeiro, o produto argentino ficou também em R$ 35,25/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá registrou, para dezembro, R$ 25,59/saco; para janeiro, R$ 25,66; para fevereiro, R$ 25,50; para março, R$ 25,58; para maio, R$ 25,51; para junho, R$ 25,40; para julho, R$ 24,96; e para setembro, R$ 25,19/saco. Houve elevação dos preços na importação e até fevereiro para a exportação, acompanhada de recuo a partir de março na exportação.

FONTE: Cepea/Esalq

Agricultores familiares podem renegociar dívidas do Crédito Fundiário

O mutuário tem até 30 de setembro de 2012 para manifestar formalmente o interesse em firmar o acordo e apresentar a documentação necessária

O MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário divulgou, no final deste ano, resolução que autoriza a renegociação de operações do Crédito Fundiário. A informação foi confirmada pela Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, por meio da UTE – Unidade Técnica Estadual. O documento expedido pelo Banco Central do Brasil disponibiliza aos agricultores familiares novo parcelamento das dívidas oriundas dos contratos ao amparo do ‘Fundo da Terra e da Reforma Agrária’.

Segundo informações da Coordenadoria de Crédito Fundiário da Subsecretaria de Assentamentos e Pequenas Propriedades, os débitos são de até seis parcelas para cada mutuário-associação. Para conseguir o benefício, as associações precisam aderir alguns requisitos como: regularizar o quadro societário; pagar 20% (vinte por cento) do valor da última parcela vencida; entre outras recomendações.

Para o coordenador de Crédito Fundiário, José das Crianças da Costa, a iniciativa é uma oportunidade para renegociar suas dívidas, com igualdade para todos. “É uma grande para pagarem suas contas e voltar a acessar o crédito, podendo voltar a produzir e consequentemente gerar renda no campo”, informou.

A coordenação do Crédito esclarece também que o Tocantins tem 80 associações, com aproximadamente três mil agricultores familiares, que podem se beneficiar com a renegociação do Crédito Fundiário. O mutuário tem até 30 de setembro de 2012 para manifestar formalmente o interesse em firmar o acordo e apresentar a documentação necessária.

Setor

A UTE – Unidade Técnica Estadual do Crédito Fundiário está à disposição dos mutuários e associações para prestar mais esclarecimentos. O setor está localizado na Secretaria da Agricultura e o telefone é 3218-7607.

(Com informações do MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário)

Próxima safra de café vai ser menor, mas de preços altos

São Paulo - Impactado por um mês de outubro de seca nas regiões produtoras, o próximo ciclo de alta do café, entre julho de 2012 e junho de 2013, pode ser menor do que o anterior, sendo produzido no Brasil algo entre 52 e 55 milhões de sacas. Mas o preço dessa commodity, que se mantém aquecido por diversos fatores, entre os quais está a forte demanda mundial, deve garantir o crescimento da rentabilidade do setor.

Estimativas de mercado indicavam neste ano que a próxima safra de café poderia ser excepcional, com até 60 milhões de sacas. A falta de chuva, porém, atrapalhou a produção no cerrado mineiro e na mogiana paulista e causou atrasos da florada do grão, contrariando as expectativas iniciais. "O potencial produtivo da lavoura ficou comprometido. A safra ainda vai ser grande, mas não será uma supersafra", afirmou o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado.

Quanto à safra atual (2011/2012), a consultoria prevê que fechará com 47 milhões de sacas. Antes de setembro, quando terminou a colheita, o preço da medida já estava acima de R$ 500, o que revela a firmeza do mercado. "Na metade de 2010, o preço da saca estava abaixo de R$ 300. Em 2011, houve alta e acomodação da produção, mas ainda assim os preços se mantiveram pelo menos R$ 100 acima dos do ano anterior", observou Barabach.

No primeiro semestre deste ano, durante a entressafra, a saca custava R$ 565. Depois do pico produtivo de maio, quando os preços costumam cair devido à oferta, essa queda não foi como se esperava. "O mercado indicava uma redução de preços", disse o analista, mas o menor nível do ano ficou entre R$ 430 e R$ 435 por saca. "A queda de preços foi atenuada."

No último ciclo de alta do café, entre 2010 e 2011, a produção ficou em 54 milhões de sacas. O volume representava uma safra recorde, que, segundo Barabach, se prolongou para o ano seguinte, "consolidando o quadro positivo". Na melhor das hipóteses, a próxima colheita superará esta marca; porém, devido às adversidades climáticas que atrasaram a formação do grão, há risco de a safra ser menor - embora os preços tendam a garantir a rentabilidade dos produtores rurais.

Exportações

A grande incerteza atual do setor se refere à crise internacional, ou à "incógnita financeira", como disse o especialista da Safras & Mercado. Uma ruptura na zona do euro pode provocar uma queda abrupta de consumo de café, como já vem acontecendo no leste da Europa, além da fuga de investidores dessa commodity. Contudo, as exportações vão de vento em popa, favorecidas por três anos de baixa produtiva na Colômbia, o maior concorrente externo do Brasil nessa área.

"Estamos aproveitando o espaço deixado pela Colômbia para nos consolidar no mercado de café com alto valor agregado", afirmou Barabach. Ou seja, na escassez do produto colombiano, que geralmente tem qualidade elevada, os produtores brasileiros têm-se ocupado em preencher a demanda por cafés especiais.

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), as exportações do grão do Brasil fecharam os onze meses de 2011 (janeiro a novembro) com uma receita cambial 59% maior do que a registrada no mesmo período de 2010 - US$ 7,8 bilhões, contra US$ 4,9 bilhões - e 30,4 milhões de sacas exportadas. Em novembro, a receita cambial (US$ 834,9 milhões) foi 34,6% superior à do mesmo mês no ano passado (US$ 620,4 milhões).

"A receita cambial esperada para 2011 é de US$ 8,4 bilhões, 48% maior que a de 2010, apesar de o volume esperado ser praticamente o mesmo do ano passado. A razão que contribuiu para este resultado foram os preços, que se mantiveram em patamares mais altos", disse o diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga.

FONTE: Diário do Comércio & Indústria

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