segunda-feira, novembro 14, 2011

Produção de tomate integrada com o milho e a soja ganha força em Minas Gerais

Para quem cultiva é tempo de avaliar o mercado

Os produtores de tomate de Minas Gerais produziram 441,8 mil toneladas do fruto em 2011, volume 8,7% superior ao do ano passado, informa a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Boa parte deles faz uma rotação da cultura com o milho e a soja, que estão em fase inicial de plantio. Para quem cultiva tomate, é tempo de avaliar o mercado, sobretudo o comportamento da demanda, para programar o reinício do plantio em janeiro ou fevereiro.

Um novo aumento da produção de tomate poderá ocorrer em 2012, principalmente nas propriedades onde seu cultivo segue alternado com a produção de grãos, o que pode resultar em equilíbrio na administração das contas. Além de ser destinado ao atacado e varejo de diversas regiões de Minas Gerais, o tomate também reforça a participação de Lagoa Formosa no entreposto da CeasaMinas, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Uma parte do produto é enviada para outros estados, como Goiás, São Paulo e Distrito Federal”, finaliza Nascimento.

FONTE: MEGAMINAS

PIB do Agronegócio de Minas Gerais cresce 2,35% em dois meses

Em fevereiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), cresceu expressivo 1,25%, acumulando nos dois primeiros meses de 2008 variação de 2,35%.

O ritmo acelerado de expansão do agronegócio no início desse ano, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, deve-se especialmente ao bom momento para as atividades dentro da porteira e no segmento de insumos.
Tanto para o agronegócio da pecuária quanto para o da agricultura, o crescimento nos dois primeiros meses de 2008 são superiores aos observados no mesmo período de 2007.

Com o crescimento acumulado de 2,35% do PIB do agronegócio nos dois primeiros meses do ano, o valor estimado passou de R$ 75,4 bilhões para R$ 76,3 bilhões (a preços de 2008). Desse valor, o agronegócio da agricultura responde por 51,6% ou R$ 39,4 bilhões e o agronegócio da pecuária por 48,4% ou R$ 36,9 bilhões.

DESTAQUE PARA INSUMOS E “DENTRO DA PORTEIRA”: O crescimento de 1,29% do agronegócio da agricultura deve-se especialmente ao desempenho do segmento de insumos e das atividades dentro da porteira (segmento básico), que acumularam nos dois primeiros meses do ano crescimento de 9,43% e 4,93%, respectivamente. O segmento de distribuição agrícola também registra expansão de 0,73% no acumulado do ano, enquanto o conjunto das indústrias de base agrícola não apresenta bons resultados (-0,77%).

No agronegócio da pecuária, o crescimento de 1,21% no mês de fevereiro e 3,05% no acumulado do ano é resultado da expansão de todos os segmentos do agronegócio em relação ao mesmo período de 2007, partindo dos insumos até a distribuição. Essa expansão é menor que a apresentada no mês anterior, em janeiro (1,82%), mas maior que a apresentada em fevereiro de 2007. Tomando a dianteira, o segmento de insumos apresentou expansão de 2,04% em fevereiro. O segmento dentro da porteira cresceu 1,22%, seguido pelo segmento distribuição (1,10%) e pelo industrial (0,85%).

BOI E GRÃOS: Apesar da suspensão das compras da carne brasileira por parte da União Européia (para todo o Brasil), anunciada em 30 de janeiro, e da Rússia, em fevereiro, para o Mato Grosso, os preços do boi gordo registraram altas no balanço de fevereiro. Minas Gerais foi um dos estados que mais sentiu oscilação em seus preços, uma vez que mantém fluxos de exportações para os países que suspenderam as compras de outras áreas. Entretanto, passada a primeira reação dos frigoríficos de desconsiderar financeiramente a rastreabilidade dos animais, a baixa oferta de animais (rastreados ou não) fez com que os preços voltassem a subir.

Quanto ao segmento de grãos, estimar o limite de alta de preços, principalmente para soja e derivados, tem sido o principal desafio de agentes do mercado. Desde o último trimestre de 2007, os preços da soja em grão, óleo e farelo continuam batendo seguidos recordes. Entre os fatores de suporte estão a forte demanda mundial pela oleaginosa, principalmente da China, os estoques mundiais apertados e as sucessivas altas do petróleo.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES: No seu conjunto, a pecuária continua apresentando taxas de crescimento maiores que as da agricultura, porém, o agronegócio da agricultura dá indicações de melhoras. Atividades agrícolas dentro da porteira e industriais apresentam crescimento superior em fevereiro, comparado com janeiro. Crescimento acentuado dos preços para cultura como milho, soja, feijão continuam sendo a sustentação da expansão observada. Por outro lado, o crescimento de atividades como o café ocorreu em função de crescimento da quantidade, já que preços continuam abaixo dos observados no início de 2007.

Na atividade de produção de cana-de-açúcar, embora com quantidades crescentes, os baixo nível de preços continua a reduzir o faturamento do setor.
Com a recuperação das atividades agrícolas, espera-se para 2008 uma menor disparidade de crescimento entre os setores agrícola e pecuário.

No agronegócio da pecuária, observa-se que aumentos de custos, em função do aumento acentuado de preços do setor de insumos, têm sido transmitidos para os segmentos a frente da cadeia. Dessa forma, custos mais elevados ao produtor são acompanhados por preços recebidos também mais elevados. A indústria tem conseguido, de certa forma, repassar tais aumentos ao consumidor.

Já no agronegócio da agricultura, tal dinâmica não se observa em diversas cadeias. Enquanto o produtor enfrenta elevação dos custos e recebe preços mais elevados, as indústrias não conseguem repassar tais elevações de custos ao consumidor final.

FONTE: CEPEA

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