segunda-feira, outubro 24, 2011

Milho: aumenta número de plantas daninhas resistentes a herbicidas

Aumento dos custos de produção, impactos ambientais e maior resistência de plantas daninhas a herbicidas. Esses são os principais fatores provocados por práticas culturais ineficientes e pela utilização inadequada de herbicidas na cultura do milho.

Segundo o pesquisador Décio Karam, da área de Fitossanidade da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), a resistência de determinadas plantas daninhas a herbicidas foi primeiramente notificada no Brasil na década de 1980 com o surgimento da enzima ALS (acetolactato sintase), conforme relatado no site internacional de monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas (http://www.weedscience.org/in.asp).

A partir dessa data, outras espécies foram sendo descritas como resistentes, sendo que herbicidas inibidores dessa enzima – ALS – são os produtos que mais selecionaram plantas daninhas resistentes no Brasil e no mundo, de acordo com o pesquisador. “Com a introdução das culturas transgênicas resistentes ao herbicida glyphosate, a pressão de seleção imposta pelas glicinas tende a aumentar e veremos, consequentemente, o surgimento de mais populações resistentes a esse grupo herbicida”, explica Karam.

Em 2008 houve o primeiro relato de uma planta daninha resistente à atrazina, herbicida usado em plantações de milho, cana-de-açúcar e sorgo para o controle de ervas daninhas. O fato foi evidenciado no Paraná. Segundo Décio Karam, outro exemplo de resistência múltipla é a tolerância da losna-branca aos herbicidas chlorimuron-ethyl, imazethapyr, foransulfuron + iodosulfuron-methyl e chloransulan-methyl, utilizados em diferentes culturas em sucessão. “Com isso, o manejo de populações que apresentam resistência múltipla torna-se de extrema dificuldade, já que esses mecanismos de ação são os mais utilizados nessas culturas em sucessão”, interpreta o pesquisador.

Entre as ocorrências mais recentes, Décio Karam alerta para o surgimento do azevém, gramínea agressiva resistente aos herbicidas da classe das glicinas, o “que poderá ocasionar alguma dificuldade de controle em cultivares de milho resistentes ao glifosato”. Situações semelhantes têm sido verificadas em relação às seguintes plantas daninhas: buva, leiteiro, comum em áreas de pastagens, e capim amargoso, já relatadas no Brasil como resistentes ao glifosato. “O surgimento de plantas daninhas resistentes a herbicidas sempre estará associado a mudanças genéticas na população em função da seleção ocasionada pela aplicação repetida de um mesmo herbicida ou herbicidas com um mesmo mecanismo de ação”, alerta o pesquisador.

Décio Karam reforça que o manejo de plantas daninhas resistentes ou não aos herbicidas não deve tomar as proporções alcançadas na cultura da soja, “visto que o uso de produtos do grupo das triazinas tem sido a base para o controle”. “Por essa razão, os sistemas que incluem o milho em sucessão ou rotação tornam-se importante no manejo das plantas daninhas”, afirma. Ainda segundo ele, cuidados devem ser tomados pelos agricultores na utilização de cultivares de milho resistentes a herbicidas quando o cereal está inserido em sistemas de sucessão ou rotação com outras culturas que apresentem resistência ao mesmo grupo herbicida. Um exemplo é o cultivo do milho safrinha, que vem geralmente após o cultivo da soja, e quando ambas as culturas apresentam resistência ao glifosato.

“Com isso, se o manejo de plantas daninhas por meio do controle químico não for bem planejado, poderá haver aumento da pressão de seleção, contribuindo para o surgimento muito mais rápido de mais espécies resistentes aos herbicidas”, pondera Karam. “Ressalta-se, portanto, que o uso da rotação e/ou sucessão de culturas é um método de controle complementar para plantas daninhas resistentes aos herbicidas, fazendo com que o sistema produtivo seja eficiente na redução do tempo necessário para a seleção dessa resistência”, conclui.

E o milho transgênico?

Na cultura do milho, a liberação de cultivares resistentes a herbicidas ocorreu em maio de 2007 com a comercialização do evento T-25, que confere a resistência ao herbicida glufosinato de amônio. A partir dessa, outras liberações foram realizadas, como em setembro de 2008 com os eventos NK603 e GA21, que conferem resistência ao glifosato. Após setembro de 2009, a liberação para a comercialização de cultivares geneticamente modificadas com resistência a herbicidas já estava sendo associada à resistência a insetos. Em novembro do mesmo ano, houve a liberação para comercialização de cultivares que apresentavam a associação de três genes de resistência, o que conferia resistência ao glifosato, ao glufosinato de amônia e a resistência a insetos, começando uma nova era de inserção de vários genes com diferentes características agronômicas.

Uso indiscriminado é prática comum no país

Estima-se que o uso de herbicidas na cultura do milho tenha alcançado 70% das áreas cultivadas no Brasil. Na safra de verão, segundo o pesquisador Décio Karam, essa porcentagem sobe para 90%, sendo que na safrinha o uso da atrazina tem ocorrido na maioria das aplicações. Além desse último herbicida, o glifosato e o 2,4D correspondem a aproximadamente 76% do volume comercializado no Brasil. Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná lideram a comercialização do glifosato, enquanto a atrazina é o herbicida mais comercializado, com exceção do estado de Mato Grosso.

De acordo com Karam, os herbicidas têm sido o agrotóxico mais utilizado na agricultura brasileira. Em relatório apresentado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a comercialização de herbicidas superou 127 mil toneladas em 2009 distribuídos em 90 ingredientes ativos e em mais de 440 marcas comerciais. Entre em contato com a Embrapa Milho e Sorgo e saiba os principais métodos usados para o controle de plantas daninhas na cultura do milho, como operações que devem ser realizadas na fase pós-colheita, tecnologias disponíveis de aplicação e as práticas da dessecação e do manejo da resistência.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Milho protegido contra as doenças

Cadeado é o símbolo da nova campanha
Veiculação das peças publicitárias tem início em outubro


Eficiente no controle de importantes doenças foliares, a BASF acaba de lançar a campanha publicitária para o novo fungicida do seu portfólio destinado a cultura do milho, o Abacus® HC. O cadeado, peça-chave da campanha, faz alusão à eficácia do fungicida que barra a entrada das principais doenças nas folhas, contribuindo para assegurar a formação das espigas.

“Auxiliar o produtor de milho a ter maior rendimento, qualidade e a combater com eficiência as doenças que atacam sua lavoura, como a ferrugem e a mancha foliar, é o principal objetivo do produto Abacus® HC”, comenta o gerente de Marketing e Relacionamento da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para o Brasil, Oswaldo Marques.

A campanha para o milho foi desenvolvida pela agência e21 do Grupo MTCom. A veiculação das peças tem início neste mês de outubro em todo Brasil com inserções em veículos do trade de agronegócios, incluíndo TV, Impressos, Internet. Peças para outdoor com foco nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso também serão usadas.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

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