segunda-feira, outubro 17, 2011

Valor da produção agrícola mineira deve crescer 17,8% em 2011

Evolução de Minas Gerais é superior à média nacional

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agricultura mineira, em 2011, deve registrar crescimento de 17,8% em relação ao ano passado. De acordo com projeção do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tendo como referência dados de setembro, a renda no Estado deve alcançar R$ 21,5 bilhões. O valor é o maior já registrado desde que o estudo começou a ser feito, em 2005. Para o Brasil a previsão é de um aumento de 12% e uma renda de aproximadamente R$ 205 bilhões.

O algodão foi o produto que apresentou projeção mais significativa de crescimento do VBP. O valor pode registrar acréscimo em torno de 168% alcançando R$ 156 milhões. Segundo a assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais (Seapa), Márcia Aparecida de Paiva Silva, o significativo crescimento da produção, aliado ao aquecimento dos preços neste ano, contribuíram para o aumento da receita do produto. A projeção de aumento para o milho registrou aumento de 46,9%, alcançando R$ 2,7 bilhões. “O aumento da demanda pelo grão tem pressionado os estoques internacionais, com a consequente valorização dos preços”, explica Márcia Silva.

Seguindo o ranking dos produtos com maior crescimento da renda agrícola vem o café, com projeção de aumento de 30% em relação a 2010, alcançando R$ 11 bilhões. O aumento da receita vem sendo motivado pelo aquecimento das cotações internas. “O café responde sozinho por mais da metade do VBP mineiro e o crescimento contribui de maneira significativa na receita agrícola gerada pelo Estado”, explica a assessora técnica da Seapa. Já a cana-de-açúcar tem estimativa de crescimento de 21,2% alcançando R$ 3,4 bilhões.

O Valor Bruto da Produção é calculado com base no volume de produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do país. Para realizar o estudo são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano.

Valor Bruto da Produção 2011 – Minas Gerais
Valor total: R$ 21,5 bilhões (+17,8%)
VBP do café: R$ 11 bilhões (+30%)
VBP da cana-de-açúcar: R$ 3,4 bilhões (+21,2%)
VBP do milho: R$ 2,7 bilhões (+46,9%)
VBP do algodão: R$ 156 milhões (+168%)

FONTE: MEGAMINAS

Mercado de produtos orgânicos cresce no Brasil

Com isso, Emater em Arcos começa a incentivar a produção de tomates orgânicos

O crescimento do mercado de produtos orgânicos tem mudado as perspectivas de muitos produtores rurais da agricultura familiar no país. Segundo a Associação Brasileira de Orgânicos, de 2009 para 2010 houve um crescimento de 40% no setor. Pensando nisso, em Arcos, no Centro-Oeste de minas, a Emater começou este ano a incentivar a produção de tomates orgânicos.

O agricultor Desedino José Soares planta tomates há 15 anos e trabalha na agricultura convencional. Mas este ano decidiu investir no cultivo do produto orgânico. Na propriedade dele a nova lavoura é de responsabilidade do filho. Para ele, a principal vantagem da produção é não ter que trabalhar com produtos tóxicos.

Para evitar o ataque de pragas como a traça, o grilo ou a mosca branca na lavoura de tomate orgânico são utilizados predadores naturais como a joaninha, as vespas e caldas feitas de plantas. Depois da colheita a diferença é que o alimento natural é mais rico em vitaminas e sais minerais. Vantagens que deixam a esposa do agricultor, Sirlene Soares, orgulhosa. Na primeira colheita já é possível perceber que a produção aumentou. Desdino ganhou novos clientes.

Outra diferença entre o tomate convencional e o orgânico está no preço. A caixa com 20 quilos de convencionais de primeira linha custa, em média, R$20. Já a mesma quantidade do natural sai em torno de R$40 para a venda. Em Arcos, são 156 produtores que produzem mais de três mil toneladas de tradicionais por ano, mas para contribuir para a saúde de quem consome e aumentar o lucro de quem vende a Emater incentiva a mudança em toda a produção. Mas muitas vezes a iniciativa esbarra na resistência de quem ainda não conhece a técnica.

Apesar de a participação ainda ser pequena no mercado agropecuário brasileiro o setor de orgânicos cresce a cada ano. Segundo a Associação Brasileira, a estimativa é que até o fim deste ano haja um crescimento de 40%. E os vegetais orgânicos mudaram o cardápio na Santa Casa de Arcos. Na horta suspensa, alface, couve e cebolinha. A colheita é feita semanalmente. Nos pratos dos funcionários e pacientes de um hospital da cidade os produtos sem agrotóxicos são os preferidos.

FONTE: MEGAMINAS

Lucratividade aliada à sustentabilidade

Princípios de conservação da natureza viabilizam economicamente a produção em médio e longo prazo

No contexto atual, a ideia de sustentabilidade une-se ao conceito lucratividade. Isso porque, ao administrar bem os recursos naturais, o produtor viabiliza economicamente sua produção, seja em médio ou longo prazo. Segundo Robson Laprovitera, gerente de planejamento florestal da International Paper, hoje, é praticamente impossível pensar em lucratividade sem necessariamente vinculá-la a princípios de conservação da natureza e respeito a aspectos sociais. As palavras do gerente refletem a preocupação de uma das maiores principais empresas do planeta na produção de papel e celulose. Uma realidade cada vez mais presente em um novo modelo econômico, pautado na Economia Verde. A sustentabilidade do próprio agronegócio passa por aí.

Laprovitera é um dos palestrantes do Fórum Produção, Conservação e Lucratividade – A Economia Verde como via de equilíbrio, que o Portal Dia de Campo promove no dia 26 de outubro, no IAC, em Campinas (SP). Entre os assuntos abordados por ele, estão a “Implementação do sistema florestal na realidade da fazenda”, a “Manutenção e gerenciamento” e o “Retorno econômico, produtivo e ambiental do sistema”.

O gerente explica ainda que, de um modo geral, o produtor rural, obtém sua renda administrando os recursos naturais, como o solo e a água, em sua propriedade e se ele não cuidar bem desses recursos, automaticamente estará inviabilizando a sustentabilidade da produção no médio e longo prazo.

Hoje em dia, com a tecnologia e conhecimentos técnico-científicos que temos na produção rural, não é viável um produtor iniciar um processo produtivo florestal, por exemplo, sem pensar no manejo adequado do solo, na preservação dos recursos hídricos, no manejo correto dos resíduos e no lançamento de efluentes. De fato, ele estará inviabilizando economicamente o seu negócio — ressalta.

Um dos destaques da palestra será mesmo a questão da implementação de um sistema produtivo florestal em uma fazenda. Para isso, o primeiro passo é o planejamento. Ele afirma que o produtor precisa determinar qual a área disponível para a atividade dentro da propriedade e, em seguida, identificar quais serão as áreas para o plantio e quais as áreas necessárias à conservação da natureza, em especial as áreas de preservação permanente, ou seja, as beiras de rios e nascentes e as áreas de reserva legal. Feito isso, e definida a área de efetivo plantio, ele fará então uma avaliação da capacidade produtiva daquele solo, através de uma análise.

É preciso entender o aspecto nutricional do cultivo da floresta que está colocando ali e refletir também nas possibilidades que o manejo pode ter sobre os impactos na perda de solo. Por exemplo, ele pode planejar estruturas de modo a evitar a erosão, fazer uma boa fertilização das plantas, adquirir mudas sabidamente adaptadas às peculiaridades de clima e solo de sua região — orienta Laprovitera.

Para ele, esses cuidados associados ao controle das pragas florestais e das ervas daninhas, podem desembocar em uma boa produtividade e um bom retorno econômico ao negócio, contemplando ao mesmo tempo produção e conservação ambiental.

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