terça-feira, outubro 11, 2011

Safra de grãos de Minas Gerais baterá recorde no período 2011/12

Produção de milho poderá ficar entre 6,7 milhões e 6,8 milhões de toneladas, com alta de entre 2,8% e 4,7% frente à safra anterior

Ao contrário da previsão de queda da produção nacional de grãos para a safra 2011/2012, a produção mineira na safra atual poderá atingir o recorde histórico e ficar entre 10,7 milhões e 10,9 milhões de toneladas, aumento entre 0,6% e 2,4% em relação à safra anterior. As informações constam do primeiro levantamento de intenção de plantio da safra divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produção mineira de milho poderá ficar entre 6,7 milhões e 6,8 milhões de toneladas, com aumento variando entre 2,8% e 4,7% em relação à safra anterior. O milho é o principal grão cultivado no Estado. O aumento da cotação do milho é a principal explicação para o crescimento.

"A cotação média do milho aumentou 55,7%, na comparação entre os primeiros noves meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado", diz a assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Márcia Aparecida de Paiva Silva. Além do milho, a Seapa informou que outras culturas devem registrar crescimento em Minas.

O algodão deverá crescer entre 0,5% e 4,4%, arroz até 2,2%, trigo até 2,3% e sorgo entre 0,4% e 0,5%. As culturas de soja e feijão sinalizam queda de produção no Estado. A soja deve ficar em 2,8 milhões de toneladas, queda entre 1,5% e 3,5% em relação ao volume produzido na safra passada.

De acordo com Márcia Silva, uma das hipóteses para a redução é a substituição das lavouras do grão pelo milho, que apresenta mercado e preços aquecidos. No caso do feijão, a produção deve variar entre 579 mil a 583 mil toneladas, com redução entre 3,8% e 3,1%.

Governo deve liberar R$ 2 bilhões para etanol, diz fonte

O governo está finalizando uma Medida Provisória (MP) que deverá liberar cerca de R$ 2 bilhões em financiamentos à estocagem de etanol, disse à Reuters uma fonte do governo que está tratando diretamente do assunto.

O estímulo à formação de estoques do biocombustível tem o objetivo de garantir o fornecimento do produto para o mercado no período da entressafra de cana, entre dezembro e março, e vitar picos de preço do etanol.

Segundo a fonte, a MP deve ser publicada essa semana mas, para entrar em vigor, a medida ainda dependerá de decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) para definir as taxas de juros das linhas. "Deve ser algo em torno de R$ 2 bilhões para o financiamento, ainda vão definir as fontes, mas BNDES e Banco do Brasil devem participar", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.

O governo também trabalha em outra MP que tratará da desoneração da cadeia do etanol, de modo a estimular o aumento da produção, mas esta ainda está sendo discutida internamente. No início de outubro entrou em vigor a redução de 25% para 20% da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina, outra medida destinada a aliviar o aperto na oferta do produto.

Pela legislação em vigor, o governo poderia reduzir a mistura ainda mais, para um mínimo de 18%. Mas, segundo a fonte que falou com a Reuters, isso não deve acontecer. Quando anunciou a redução da mistura para 20%, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo já trabalha com a perspectiva de que a safra 2012/13 não seja muito maior do que a atual e, por isso, reduziria a mistura para aumentar a oferta de etanol no mercado.

A safra 2011/12 de cana-de-açúcar do Brasil foi prejudicada por um padrão climático desfavorável, que levou à redução do rendimento agrícola e a consequente queda na produção de etanol, assim como de açúcar. O envelhecimento do canavial brasileiro, pela falta de investimento em novas plantas nas últimas safras, também prejudicou a safra.

Um representante do setor produtor, que pediu anonimato, disse que a medida do governo não deverá afetar o volume de produção, que já está definido. Mas poderá ter eficácia em reservar volumes do produto para o período até o início da próxima safra, em meados de abril de 2012.

Segundo ele, o fato de o financiamento de estocagem neste ano vir na forma de uma MP vai ajudar na definição da fonte dos recursos, diferentemente de anos anteriores.

FONTE: WWW.TERRA.COM.BR

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