segunda-feira, outubro 10, 2011

Estimativa para a safra de grãos contém incertezas

G1 - A Conab divulgou na quinta-feira (6) a primeira estimativa para a safra brasileira de grãos relativa ao ano agrícola 2011/2012. É uma previsão que vem com muitas incertezas. Os números apontam ao mesmo tempo para um aumento da área de plantio e uma queda de produção.

O que chama mais a atenção nessa primeira estimativa é o crescimento na área do milho primeira safra. Para a Conab, os agricultores vão aumentar em até 7,2% o cultivo. A soja cresce 3,5%. O algodão, 6,1%. No total de todas as culturas, a área deverá ter um incremento de até 2,9%.

Apesar dos agricultores estarem plantando mais, o levantamento da Conab indica redução no volume. A produção brasileira de grãos deve ficar entre 157 e 160 milhões de toneladas: 1,5% de queda em relação à colheita anterior. Isso não acontece desde 2009. Nas últimas duas safras, o Brasil vinha aumentando a quantidade produzida e batendo recordes.

Das principais culturas, duas vão ter redução de área: feijão primeira safra, queda de 8%, e arroz, menos 2,7%. No caso do Rio Grande do Sul, que é o maior produtor, a previsão da Conab é de uma redução de até 3% no cultivo.

“A questão mais significativa é a falta de água na região da Campanha, no Rio Grande do Sul. Tem uma perspectiva de reduzir em mais de 50% a área por conta da falta de água nas barragens”, explica Cláudio Pereira, presidente do IRGA, Instituto Rio Grandense do Arroz. É o que está acontecendo com o produtor Antonio Fontes, de Uruguaiana. Nesta safra, ele diz que vai reduzir em 10% por cento a extensão da lavoura.

Essa primeira estimativa fala em queda na produção no total da safra com base nas previsões de que pode faltar chuva no sul do país também para a soja e para o milho. O diretor de Política Pública Agrícola e Informações da Conab Silvio Porto acha, no entanto, que os números são preliminares e que os próximos levantamentos podem mudar a situação.

“A tendência de chuva, com regularidade para os próximos três meses, principalmente no Centro-Oeste está numa sinalização muito positiva e mesmo essa preocupação que se tem de uma estiagem no Sul poderá não se concretizar e, portanto, os dados e os números poderão ser surpreendentes em relação a este ano”, argumenta Silvio Porto.

FONTE: CORREIO DO ESTADO

O presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso Rui Prado acha que os dados da colheita do ano que vem podem ser melhores que os da previsão da Conab. “Ela deve estar sendo muito conservadora, mas de qualquer forma percebemos uma tendência muita clara dos produtores em plantar mais a segunda safra e em investir em tecnologia, ou seja, colocar mais insumos para a produção dessa segunda safra, que é principalmente a de milho. Isso fatalmente vai trazer uma safra maior. Estamos estimando em torno de 27% a mais de milho já no ano que vem”, diz.

Soja: Produtividade histórica

Região de Sorriso, no Mato Grosso, que destina maior porção de área agricultável à sojicultura quer também o recorde de rendimento

O município de Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá/MT), que há anos vem mantendo o título de líder mundial em área plantada de soja, está pronto para iniciar mais uma safra. Os produtores estão no ‘grid de largada', prontos para começar a semear a oleaginosa. Eles só estão esperando o sinal verde do tempo, ou seja, o início das chuvas, para iniciar o plantio e contabilizar mais uma temporada de recordes de produtividade.

O presidente do Sindicato Rural, Elso Pozzobon, lembrou que na safra passada, quando o setor plantou a soja no período certo, sem muita antecipação ou atrasos, a produtividade teve o melhor registro da história e chegou a 62 sacas por hectare, em média.

"Nunca tivemos uma produtividade como a do ano passado, foi muito boa", salientou. "Foi um conjunto de fatores. As chuvas começaram em outubro, os índices de doenças, como a ferrugem asiática, por exemplo, foram bem pequenos e o clima ajudou muito", relacionou os fatores que contribuíram para o sucesso da colheita que não teve muita relação com os investimentos em altas tecnologias, ou seja, uso intensivo de fertilizantes. "Tivemos a felicidade de plantar num calendário ideal", completa. Historicamente, conforme o presidente, a média de colheita por safra é de 57 a 59 sacas por hectare na região.

Até o momento nenhum produtor começou o cultivo da safra 11/12, já que no campo as chuvas ainda não apareceram. "Só houve uma chuva, mas foi na cidade, no campo ainda não caiu nenhuma gota d'água e, enquanto não chover, não tem como começar". Como observa, alguns produtores até queriam adiantar, pensando numa segunda safra de algodão ou milho de sucesso, mas também não plantaram, "pois não choveu nada e não quiseram arriscar". De acordo com o sindicalista, as previsões indicavam que as primeiras precipitações começariam a partir do início desta semana, mas as novas verificações mostram que as chances estão mudando e só mesmo nos próximos dias é que as primeiras chuvas deverão ser registradas.

Apesar do atraso do período chuvoso, o presidente do sindicato não fala em atraso no plantio na região de Sorriso. Segundo Pozzobon, o período ideal para o início do cultivo é a partir de hoje, 1° de outubro. "Quando a gente planta no período certo, no caso da soja, e o clima ajuda, as chuvas vêm na quantidade certa e há uma boa produtividade. Não adianta querer adiantar muito ou tardar muito, pois a soja precisa do plantio certo para ter uma produtividade boa", explicou, o que é chamado de ‘janela ideal' da cultura. "Claro que não podemos condenar àqueles que antecipam o plantio, pois eles estão pensando numa segunda safra que também precisa de um pouco mais de chuva", ressalta.

Retorno - Os bons ventos na lavoura proporcionaram dias melhores para os produtores que, com uma colheita mais gorda e com os preços da oleaginosa em alta, fizeram com que muitos produtores colocassem suas dívidas em dia.

"Não vamos dizer que estamos nadando em dinheiro, pois temos um passivo de dívida de anos para pagar, mas muitos puderam pagar um pouco de suas dívidas, sem capitalizar, comprar os insumos sem dever para essa safra, enfim, puderam tirar o pé da lama, como se diz", comemorou. "Esperamos que esse ano seja como no ano passado e possamos ter uma boa safra", aposta.

Este ano, o município deve plantar 600 mil hectares com soja, mesma área cultiva na safra 2010/2011. O plantio em época certa rendeu uma safra de mais de 2 milhões de toneladas de grãos.

Sorriso: área plantada de milho deve ter aumento, prevê presidente

A cultura do milho depende da soja. Se a semeadura da primeira ocorrer dentro da janela de plantio, que deve ir até o começo de novembro, a área do milho safrinha em Sorriso deve passar de 230 mil para 250 mil hectares

No ano passado, devido ao atraso no plantio da soja e, consequentemente, na colheita, a área destinada ao milho safrinha reduziu em 20 mil hectares, e a produtividade passou de 1,3 milhão (2010) para 1,2 milhão (2011).

Neste ano, com as boas expectativas para a safra de soja, o vice-presidente do Sindicato Rural, Elso Pozzobon, destacou que o milho safrinha 2012 deve ser plantado em 250 a 260 mil hectares. “Quero crer que vamos aumentar a área. Mas o que vai determinar este acréscimo é justamente o que estamos presenciando agora. Se as chuvas continuarem, e o plantio for concluído cedo, os sojicultores que plantam milho vão repetir resultados de produtividade recordes registradas em anos anteriores”, destaca.

Atualmente, cerca de 90% dos sojicultores de Sorriso produzem milho de fevereiro até junho. Porém, o milho é cultivado em apenas 40% da área destinada à soja. Assim como a oleaginosa, o mercado do milho também está aquecido. Até agora, cerca de 40% da safrinha de 2012 já foi comercializada, com preços entre R$ 15 a R$ 17. Quanto à produção, a expectativa do Sindicato é colher entre 90 e sem sacas de milho por hectare.

Apesar dos números já estarem definidos em Sorriso, a produção no país deve ser divulgada hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O primeiro levantamento da safra de Grãos 2011/2012 vai ser anunciado diretor de Política Agrícola e Informações, Silvio Porto, e pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz.

FONTE: SÓ NOTICIAS

Cultivares da Embrapa indicadas para safra 2011-2012 de feijão-caupi

Quatorze cultivares de feijão-caupi desenvolvidas pela Embrapa Meio-Norte em parceria com outras Unidades da instituição, estão sendo indicadas para a safra 2011/2012, no Piauí e Maranhão

A indicação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através do zoneamento agrícola, que aponta a lista dos municípios aptos para o plantio nos estados.

As cultivares indicadas, todas com produtividade média acima de uma tonelada por hectare e ciclos que vão de 65 a 75 dias, são as seguintes: BRS Tumucumaque, BRS Mazagão, BR14 Mulato, BRS Aracê, BRS Juruá, BRS Pajeu, BRS Paraguaçu, BRS Potengi, BRS Rouxinol, BRS Xiquexique, BRS Guariba, BR17 Gurguéia, BRS Maratoã e BRS Monteiro.

No Piauí, a formatação do sistema agrícola prevê o plantio de três safras. Segundo o pesquisador Francisco Brito, a primeira, denominada de sequeiro, que vai de outubro a novembro, na região sul do estado. Na região centro, a semeadura ocorre de janeiro e fevereiro. Já na região norte, o plantio vai de fevereiro a março.

A segunda safra, a de vazantes, é trabalhada apenas na região norte e vai de junho a julho. A terceira, irrigada, alcança as três regiões do estado. A semeadura começa a partir de julho, quando as chuvas praticamente desaparecem por completo no Piauí.

O zoneamento agrícola para a cultura do feijão-caupi na safra 2011/2012, com a lista dos municípios do Piauí e Maranhão, aptos à produção e os períodos adequados à semeadura, estão disponíveis nas portarias 364 e 365, do Diário Oficial da União, do dia 20 deste mês.

FONTE:EMBRAPA

Dilma Roussef assina MP que altera tributação do PIS/Cofins para o café

Foi publicado no DOU da última sexta-feira (30) a Medida Provisória 545, assinada na última quinta pela presidente Dilma Roussef, que altera a tributação do PIS/Cofins para as empresas sujeitas ao regime de lucro real.

A nova sistemática isenta de tributação toda a cadeia do café cru, concede crédito presumido de 80% do crédito de 9,25% para o café adquirido nas operações do mercado interno e na exportação do café industrializado, bem como estabelece crédito presumido de 10% dos 9,25%, do valor da saca de café cru exportada.

“Esta publicação representa uma vitória do entendimento conjunto dos setores do café que, juntamente com o Ministério da Fazenda e da Agricultura, tiveram a competência e o equilíbrio para discutir exaustivamente o assunto e chegar à melhor solução possível”, diz Américo Sato, presidente da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café. O pedido de mudança partiu do CeCafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, em maio de 2010, e ganhou a adesão da ABIC, da ABICS – Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel e da Cooxupé, maior cooperativa de produtores de café do país. A MP 545 corrige a sistemática anterior, que prejudicava os agricultores, estimulava fraudes e sonegações e gerava concorrência desleal entre grandes e pequenas torrefadoras.

O texto da MP assinado pela presidente Dilma coincide com o sugerido pela ABIC e pelos demais setores do agronegócio café. O varejo supermercadista não sofrerá nenhuma alteração na tributação, continuando com os mesmos procedimentos válidos atualmente. A MP 545 entrará em vigor a partir de 90 dias da data de hoje.

FONTE: TEMPO DE COMUNICAÇÃO

Produção do café arrecada US$ 5 bilhões em 2010

A produção do café, que arrecadou US$ 5 bilhões em 2010, segundo o Ministério da Agricultura, também deve continuar alta, especialmente devido ao mau momento do café colombiano.


"Até 2015 o café deve continuar no auge, mas a busca agora é por um café de melhor qualidade e a falta de mão de obra no setor pode ser um problema", diz Bestetti.

Segundo levantamento divulgado pela Conab neste mês, a produção brasileira de café para este ano é estimada em 43,15 milhões de sacas beneficiadas. Segundo a companhia, o número é 10,3% ou 4,94 milhões de sacas inferior ao volume de 48,09 milhões da safra anterior.

No entanto, a redução se deve, principalmente, a este ano ser um ano de baixa, uma vez que essa é uma cultura bianual (que produz mais no primeiro ano e menos no segundo) e o rendimento desse segundo ano foi superior ao da safra de 2009/2010. Segundo a companhia, o bom desempenho se deve às condições climáticas favoráveis na maioria das regiões produtoras e aos bons preços do café, que possibilitaram ao produtor investir em adubação e irrigação.

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