segunda-feira, setembro 19, 2011

Pulverização aérea em eucalipto

A pulverização aérea é interessante na área da silvicultura devido à extensão da área plantada, cultivada principalmente por eucalipto. As aplicações terrestres de defensivos, quando necessárias, têm dois complicadores - altura das árvores e baixo rendimento.

Vantagens

A vantagem da aplicação aérea, segundo Carlos Frederico Wilcken, professor da UNESP/Botucatu, é que se consegue fazer uma boa cobertura, com alto rendimento operacional. "Dependendo da calibração do avião, o rendimento é de até mil hectares por dia", calcula.

Para a maioria das pragas e doenças da silvicultura a pulverização aérea pode ser utilizada, principalmente naquelas áreas com mais de 100 hectares e com mais de seis meses de idade, quando as copas começam a se tocar, complicando a aplicação terrestre.

A frequência de aplicação depende da ocorrência da praga e da doença, que pode ser controlada em uma única aplicação, conforme a ação residual do produto químico utilizado.

Ação

O produtor deve ficar atento à presença de insetos e agir na hora certa. A pulverização aérea, normalmente, tem sido usada para o combate de lagartas desfolhadoras, e Carlos Frederico avisa que o sintoma da presença dessa lagarta é a desfolha. "Além de verificar os sintomas o produtor precisa observar também se a praga ainda está na área", recomenda.

A principal doença para qual a pulverização aérea tem sido utilizada é contra a ferrugem no eucalipto. Nesse caso é preciso fazer também a amostragem no ponteiro para constatar a presença das pústulas de ferrugem, observar o estágio que ela se encontra e então fazer a recomendação ideal de pulverização.

Viabilidade

A viabilidade da aplicação aérea depende da época do ano, mas os problemas de pragas ocorrem normalmente do outono ao inverno, ou seja, a partir de abril, principalmente com lagartas, e se estende até outubro/novembro, com a incidência de percevejos. Já no caso das doenças, principalmente a ferrugem, acontece no período chuvoso, geralmente entre o verão e o outono, de janeiro a abril.

Junto da aplicação aérea pode vir o georreferenciamento, que atribuirá maior segurança e confiabilidade aos dados. Desta forma, explica o professor da UNESP, o produtor pode desviar das áreas de preservação ambiental e das reservas legais, sem correr riscos de deriva.

Outra vantagem é que atualmente a maioria das empresas utiliza um sistema semelhante ao dos Estados Unidos e Canadá, chamado UBV (Ultra Baixo Volume), que utiliza qualquer volume abaixo de 10 litros por hectare. "Até cinco anos atrás a recomendação de aplicação era de 20 litros por hectare, o que, comparado com a aplicação terrestre, é muito menor, a qual chega a 200 litros, frente aos atuais quatro a cinco litros, com boa qualidade de aplicação do UBV", expõe Carlos Frederico.

A mistura acontece com óleo vegetal, que reduz os problemas de evapotranspiração e deriva, resultando em um bom controle. "Quanto mais rápido ele fizer essa aplicação, mais efetivo será o controle. Ainda não chegamos ao mesmo nível do Canadá, que aplica dois litros por hectare de uma mistura bem concentrada de produto, mas estamos a caminho", continua o especialista.

Preparo

O preparo para a pulverização aérea depende do produto que será aplicado e da recomendação do fabricante, que orientam exatamente como deve acontecer. As indicações de Carlos Frederico é que, quando do UBV, deve-se usar uma porcentagem de óleo vegetal normalmente mais alta, de 30 a 50% com óleo vegetal.

Nesse caso, o óleo vegetal tem duas funções: agir como anti-evaporante, pois gotas muito pequenas agindo nessa época do ano (agosto, setembro), quando é muito seco, correm o risco de secar antes mesmo de atingir a planta, deixando o produto suspenso no ar. Outra função do óleo é agir como espalhante adesivo, uma vez que essa gota cai na folha e se espalha, recobrindo melhor a folha e melhorando o controle.

Mudas de tomate enxertadas são a solução para ralstonia

A presença da bactéria Ralstonia solanacearum resulta na redução do transporte de água com consequente murcha das folhas, sem alteração na coloração da planta, semelhantemente ao que ocorre na deficiência hídrica, progredindo para a morte da planta. Após corte transversal do caule, observa-se o escurecimento do sistema vascular e quando o teste do copo é realizado, revela a exsudação do pus bacteriano.
Entre os dados está a perda quase total da produção.

Condições propícias

De acordo com a literatura, a bactéria é tolerante a sais e cresce em temperatura entre 25 a 35°C, variando em função dos isolados, bem como áreas de clima úmido, com altitudes baixa a média como em regiões tropicais e subtropicais, condições estas que favorecem a doença.

O manejo correto envolve:

- Rotação de cultura com gramíneas;
- Plantio em áreas novas;
- Evitar receber água de outras áreas de cultivo;
- Erradicar focos e aplicar cal virgem;
- Solo seco e pouco resto de cultura favorece o controle da bactéria;
- Limpeza.

Resistência

Não há cultivares e/ou híbridos comerciais de tomateiro resistentes, porém, existem porta-enxertos bastante tolerantes. Isto faz com que se obtenha mudas enxertadas com alta tolerância a este patógeno.

Incidência do patógeno

Em áreas com incidência muito elevada, tem se observado passagem do patógeno pelo porta-enxerto, chegando ao enxerto, causando murcha e ocorrendo até morte de plantas. Em alguns destes casos afeta a produção. Já em áreas com baixa incidência da doença, as plantas enxertadas resistem e elevam a produção.

Enxertia

A enxertia em hortaliças, tanto em tomateiro quanto em pepineiro e pimenteiro, ajudam na resistência a doenças e na salinização do solo, principalmente em áreas de cultivo intensivo. Dessa forma, a enxertia aumenta a produtividade em consequência do aumento de ciclo e também melhora a qualidade dos frutos destas culturas.

Custo

O custo de uma muda enxertada não poderá ser analisado somente no valor da muda, mas é necessário entender os benefícios que esta poderá dar de retorno ao produtor, principalmente em áreas com presença de patógenos de solo e alta concentração salina.
O preço de uma muda enxertada varia de acordo com os viveiros e dos híbridos utilizados. Nos viveiros mais tecnificados, idôneos, o custo chega a ser três vezes mais que uma muda pé-franco (muda não enxertada).
Chamamos a atenção neste aspecto ao adquirir mudas enxertadas. Por ser uma muda mais cara e utilizar duas sementes de híbridos, o custo naturalmente já é maior, incorporando a tecnologia da enxertia, mais o ambiente que as mudas enxertadas são colocadas e o tempo que levam a mais no viveiro, em torno de 15 a 20 dias. Todos estes aspectos têm que ser levados em conta.

FONTE:REVISTA CAMPO & NEGÓCIOS

Nova tecnologia dá início à fase de testes nas lavouras

Etapa é necessária para produção de variedades adaptadas às regiões.


Na primeira semana de outubro, 500 produtores de norte a sul do Brasil estarão testando no campo a Intacta RR2 Pro, inclusive em Mato Grosso. Nesta etapa de experimentação em campo, a Intacta ocupará um hectare em fazendas de sojicultores convidados pela Monsanto. Após a colheita, a produção deverá destruída, já que a licença do governo brasileiro permite somente a experimentação em campo com o objetivo obter o melhor da semente em cada região brasileira, como forma de buscar variedades adaptadas que assegurem o maior desempenho da Intacta, seja em proteção como em produtividade.

A Intacta RR2 Pro é a primeira desenvolvida fora dos Estados Unidos e voltada 100% à sojicultura nacional. A previsão é de que a oferta comercial da nova semente possa ser feita para a safra 12/13.

O líder da Monsanto em Soja para América Latina, Ernie Sanders, não revelou onde os testes serão realizados, mas entre os experimentos, em Mato Grosso, o Diário localizou um produtor de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá), município conhecido por difundir o uso de variedades mais precoces – ciclos mais curtos – para que se faça uma segunda safra na região, após a colheita da soja entre janeiro e fevereiro. Mas por questões de contrato, o produtor não pôde dar detalhes do projeto, mas se disse extremamente motivado com os resultados que a nova tecnologia poderá trazer a sua produção.

A preocupação com Mato Grosso trouxe Sanders ao Estado no ano passado. Ele esteve avaliando o potencial das variedades da nova soja Intacta. As variedades aprovadas foram registradas pela Monsanto no Brasil e serão essas plantadas pelos agricultores selecionados. Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil e tem previsão de colher na safra (11/12), mais de 21 milhões de toneladas, o que registraria mais um recorde de produção.

Questionado sobre o custo da nova tecnologia ao produtor, Sanders afirmou que a Intacta será mais cara em relação ao que o mercado está acostumado, mas não precisou valores ou percentuais para comparações. “A Intacta é um gene da tecnologia da Monsanto que será licenciada para nove multiplicadores da semente. Temos de dar poder de escolha ao produtor”.

Sobre o Brasil, Sanders frisa que o País é o único com potencial real de expansão da sojicultura e talvez o único no mundo com este potencial. “A Intacta é só o começo de uma plataforma de tecnologias para a América Latina. A própria Intacta, no futuro, será reforçada, trará mais genes, como de controle às ervas daninhas, rendimento intrínseco, resistência aos nematóides e até controle da ferrugem asiática”. Esses dois últimos estariam disponíveis depois de 2017, nos Estados Unidos, e os outros podem estar disponíveis no Brasil neste mesmo prazo.

FONTE: AGROLINK

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