sexta-feira, setembro 16, 2011

Alta produtividade em sistema plantio direto

Técnica aumenta teor de matéria orgânica do solo e deve estar aliada a insumos de qualidade na cultura do milho

Para produzir 15 toneladas de milho por hectare, não basta simplesmente aumentar a quantidade de insumos. É preciso que os produtores utilizem os insumos de forma racional e balanceada, explorando ao máximo as diferentes tecnologias hoje disponíveis no mercado. Entre todas as tecnologias, medidas de manejo como o Sistema Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária crescem cada vez mais. No entanto, o uso de milhos Bt e o tratamento de sementes ganham força até mesmo quando o assunto é a sustentabilidade.

Medidas para alcançar uma produção de 15 toneladas por hectare de milho em Sistema de Plantio Direto no Cerrado, ainda com baixo custo e de modo sustentável, foram apresentadas no 11º Encontro de Plantio Direto no Cerrado, que aconteceu entre os dias 23 e 25 de agosto, em Uberlândia, Minas Gerais.

Segundo José Carlos Cruz, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, a alta produtividade não tem sido conseguida de um ano para o outro, mas sim de forma gradual. Ele diz que esse é um processo através do qual o produtor vai aumentando seu conhecimento e o potencial produtivo do solo, obtendo assim ganhos sucessivos. Ele conta também que as áreas de alta produtividade têm em comum um manejo que prioriza a matéria orgânica do solo. Então, é importante que o produtor trabalhe com sistemas como o plantio direto e integração lavoura pecuária, aumentando o teor de matéria orgânica e a qualidade do solo.

O produtor deve ainda gerenciar sua lavoura conduzindo as operações de campo em um tempo oportuno, através de máquinas e equipamentos adequados que existem atualmente no mercado, aumentando a precisão da agricultura e utilizando insumos de alta qualidade de forma racional e balanceada — afirma o pesquisador.

Cruz explica que, com relação à cultura do milho, algumas tecnologias evoluíram rapidamente e que talvez a principal delas seja a semente. De acordo com ele, existem atualmente aproximadamente 500 cultivares diferentes disponíveis no mercado, sendo mais de 170 delas cultivares transgênicas, basicamente com tolerância às lagartas. Esse ano, já estão chegando ao mercado as cultivares transgênicas com resistência ao glifosato aplicado na pós-emergência. Além disso, a qualidade das sementes também melhorou bastante, como conta ele.

Hoje, associado à melhor qualidade de semente, melhor qualidade de plantio e melhor controle de pragas e doenças, deve estar a utilização adequada de fertilizantes. No caso de altas produtividades, a absorção e exportação de nutrientes aumentam. Além disso, fazendo uma adubação nitrogenada adequada, não se descuidando de aspectos como os micronutrientes e época correta de plantio, o produtor de milho alcança altas produtividades com alta rentabilidade — garante.

Aliando sustentabilidade

Para o pesquisador, é praticamente impossível obter alta produtividade sem ser sustentável. Isso porque, segundo ele, para um produtor obter alta produtividade, ele precisa melhorar a qualidade da produção através do sistema de plantio direto com a quantidade de cobertura do solo adequada. Com isso, trabalha-se a sustentabilidade do meio. Quando o assunto é a utilização de insumos, Cruz afirma que ela deve ser a mais eficiente possível, o que está dentro dos princípios de sustentabilidade para ele.

Já em relação ao controle de pragas, a utilização de milhos Bt tem ajudado muito em termos de sustentabilidade porque, antes da utilização de cultivares transgênicas, temos referências de regiões onde se aplicavam até 10 vezes inseticidas para controlar lagartas. Hoje, com os principais milhos Bt, não é preciso realizar nenhuma aplicação de inseticida para controle de lagartas, por exemplo. No entanto, é fundamental que se faça o controle de outras pragas — orienta.

O pesquisador fala também sobre o tratamento de sementes, que para ele, também é uma prática sustentável, já que é dividida e localizada. No entanto, Cruz ressalta que os produtores devem tomar cuidado com o controle de doenças, muitas vezes é feito em regiões onde não é necessário.

Feijão, tomate e batata pressionam preço da cesta

Quem for às compras nesta semana deverá notar que a maioria dos 64 produtos que compõem a cesta básica ficão mais caros. Em relação à pesquisa anterior da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, houve aumento de R$ 9,36. Os itens são encontrados nos supermercados por R$ 363,81.

Os preços dos alimentos, principalmente o do feijão-carioca, da batata e do tomate, estão média 18% mais caros. Segundo o diretor-presidente do instituto de pesquisa Fractal, Celso Grisi, o valor baixo pago ao produtor de feijão nas safras anteriores desestimulou o cultivo do grão. "A temporada de chuvas também retardou a colheita. Assim, há menos produtos no mercado." O quilo do feijão aumentou, em média, R$ 0,40, chegando a R$ 2,60.

Para o especialista em grãos da Bolsa de Cereais Rui Roberto Russomano, o aumento no preço final do feijão é atípico, haja vista que o valor pago ao produtor não aumentou. "A tendência é que o preço fique estável. Nas próximas semanas os consumidores terão à disposição grãos novos, mais fáceis para cozinhar", destaca.

No caso do tomate, a temperatura baixa registrada nas últimas semanas nas regiões produtoras do Norte paulista prejudicaram a produção. Isso porque o fruto necessita de calor acima de 20ºC para amadurecer. O preço médio do quilo foi de R$ 2,91 para R$ 3,42 (diferença de R$ 0,51). A boa notícia é que nos próximos 15 dias virá nova safra e os preços tendem a recuar.

Com a batata mais cara nesta semana, a opção para o consumidor é substituí-la pela mandioca. Em vez do tomate, o consumidor pode comprar pepino, beterraba ou abobrinha, que estão com valores mais atrativos ao bolso, sugere Grisi.

O executivo da Fractal pondera que algumas variedades de banana também encareceram devido às chuvas excessivas no Vale do Ribeira, em São Paulo. Entretanto, a pesquisa da Craisa aponta preços 3,61% menores. O quilo da fruta é vendido por R$ 1,87 ante R$ 1,94 na semana anterior (R$ 0,07 a menos).

ALTAS E BAIXAS - Entre os destaques da pesquisa feita pela equipe da Craisa está o frango resfriado. O quilo da mistura caiu 10,09%, com preço médio de R$ 4,01. Entre os cortes bovinos, o acém também ficou 1,40% mais em conta nos supermercados, custando R$ 9,84. Outros itens como bolacha maisena e farinha de mandioca torrada formam o grupo das principais quedas.

O economista da Fractal alerta que os consumidores deverão preparar o bolso, pois nos próximos meses alimentos como o arroz e o amendoim terão os preços reajustados. O motivo é que a área de produção dessas culturas foi diminuída por causa do preço ruim pago nas safras anteriores.



Hortifrúti da época ajudam a economizar 30%

Comprar frutas, legumes e verduras da época pode garantir economia média de 30%. A razão é que durante o período de safra, os alimentos têm melhor qualidade e maior oferta no mercado, o que reduz o custo. "Os hortifrúti têm muitas oscilações de preços. Quando tem oferta em abundância, fica mais barato comprar", diz o diretor-presidente do instituto de pesquisa Fractal, Celso Grisi.

O consumidor que durante o mês de setembro colocar no carrinho frutas como laranja, caju e banana-nanica gastará menos. No caso da banana, as fortes chuvas no interior de São Paulo elevaram o preço momentaneamente.

Para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a expectativa de clima mais ameno e incidência menor de chuvas nas regiões produtoras, os legumes e verduras deverão apresentar elevação do volume ofertado e recuo dos preços.

Na pesquisa da Craisa, no entanto, apenas a banana teve redução no valor nesta semana. Os demais itens de hortifrúti tiveram altas entre 4,75% e 18,18%.

FONTE: Do Diário do Grande ABC

Grãos em queda

Sinais de que as quedas das temperaturas na porção nordeste do Meio-Oeste dos Estados Unidos não causarão problemas sérios às lavouras americanas determinaram a queda das cotações de soja, milho e trigo na quinta-feira na bolsa de Chicago. Como os contratos futuros de segunda posição de entrega - normalmente os de maior liquidez - que estavam em vigor expiraram, o dia também foi de ajustes de posições por parte dos investidores.

No mercado de soja, os papéis para janeiro, que assumiram a segunda posição, encerraram o pregão negociados a US$ 13,7025 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos), em baixa de 23,50 centavos de dólar em relação ao seu fechamento na véspera - e não ao fechamento da segunda posição que estava em vigor até quarta (novembro).

No caso do milho, março, que assumiu a segunda posição, fechou a US$ 7,1475 por bushel (25,2 quilos), queda de 23,25 centavos de dólar conforme a mesma lógica aplicada no raciocínio da baixa da soja. No trigo, finalmente, a nova segunda posição (março) fechou a US$ 7,3125 por bushel (27,2 quilos), desvalorização de 6,75 centavos de dólar em relação à véspera.

No gráfico acima, o trigo aparece em alta porque os contratos de segunda posição que expiraram na quarta (dezembro) vinham sendo negociados em um patamar bem mais baixo do que os papéis para março. Para soja e milho, as diferenças eram menores. Na soja e no milho, as variações acumuladas da segunda posição em 12 meses são positivas - 30,2% e 40,6%, respectivamente, segundo o Valor Data. No trigo, é negativa (3,34%).

FONTE:www.suinoculturaindustrial.com.bR

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