quinta-feira, setembro 08, 2011

Preços do café devem continuar subindo, dizem especialistas

Grão teve o melhor desempenho entre os produtos agrícolas no mês de agosto

No mercado futuro brasileiro, o café teve o melhor desempenho entre os produtos agrícolas no mês de agosto. Segundo especialistas, a tendência é continuar assim. A situação econômica dos Estados Unidos e da Europa e a possível influência nas cotações ainda requerem atenção. Mas, por enquanto, o que dita o ritmo dos preços são baixa oferta, estoques reduzidos e consumo em alta.

O café mantém a tendência de alta no mercado futuro. O contrato para dezembro na BM&F Bovespa encerrou com elevação de 18,7%. Na bolsa de Nova York, resultado também positivo. No mesmo vencimento, a valorização foi de 16,88%. O analista de café da Gradual Investimentos, Roberto Trussardi de Almeida Prado, explica que as bolsas estão refletindo o cenário de oferta apertada e estoques baixos.

– O preço não deve ceder. Na minha opinião, de repente pode cair para US$ 330. Hoje o café na bolsa está US$ 370. Cair US$ 40 é muita coisa, mas, mesmo assim é um preço bom e eu acredito que, se cair, vai entrar bastante comprador.

O analista de café da Terra Futuros, Leonardo França, concorda. Para ele, os investidores devem, no curto prazo, realizar os lucros obtidos até agora para, depois, voltarem ao mercado.

– Como teve muito especulador no mercado, ele já entrou aproveitando essa alta. Ele teve que auferir ganho, zerando a posição comprada. Com isso, o mercado dá uma reduzida, pega mais volume embaixo, o mercado cai um pouco. Os compradores realizam aquele lucro para o mercado descer um pouco e ele comprar mais e aproveitar mais esse ganho que eles estão prevendo para o ano que vem – afirma.

No mercado físico, o preço também teve alta em agosto. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), houve uma valorização de 16,7%.

O café deve se manter em alta, diz o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. Os estoques vem caindo e ao mesmo tempo, o consumo vem crescendo.

– O equilíbrio entre a produção e o consumo mundial vai continuar precário, por isso nós não acreditamos em preços em declínio nos próximos dois ou três anos. Nós vamos ter bastante barrigada no mercado por causa de interesses de curto prazo, quando se abre florada, quando volta a chover, mas a tendência dos preços para o mercado de café arábica é continuar em um bom patamar para o produtor de café – afirma.

FONTE: CANAL RURAL

Governo e setor do café devem aproveitar momento de bonança, diz representante da Agricultura

Governo e setor do café devem aproveitar momento de bonança, diz representante da Agricultura
Alta do grão no Brasil deve encorajar políticas agrícolas a minimizar possíveis riscos no futuro


O secretário interino de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Edilson Alcântara, afirmou nesta segunda, dia 5, que o país vive um momento de "bonança" e que é preciso desenvolver modelos eficientes para se apoderar deste momento. Falando a uma plateia composta por representantes da cafeicultura nacional, ele destacou que pela primeira vez na história mundial do mercado do café o produtor brasileiro está conseguindo se "apoderar" de um bom momento, já que os preços do grão estão em alta nos últimos anos, sem que haja qualquer quebra de safra no País.

– É preciso dar tranquilidade ao setor agrícola e pararmos com esta história de que vamos consertar tudo o que estava errado. Vamos dar instrumentos para dar continuidade às políticas que vêm sendo implementadas. E este é o momento mais estratégico para a produção. Cabe à Política Agrícola minimizar possíveis riscos no futuro, disse.

Edilson Alcântara destacou a intenção do Ministério de criar um plano plurianual parametrizado, diferenciado e declarado para cada cadeia produtiva de forma a "desenvolver uma agenda estratégica.

– Deverá ser uma agenda voltada à contenção da volatilidade de preços e garantia de renda, com foco em agregação de tecnologia, melhoria de gestão e disseminação do seguro contra riscos climáticos – afirmou.

O secretário lembrou que ultimamente o "clima está surpreendendo" e é preciso ficar atento.

–Temos uma grande parte dos produtores de café concentrada em pequenas propriedades que não sustentam uma quebra e aí vamos ter que entrar no ciclo de renegociação de dívida. O importante agora é trabalhar realocação de recursos para seguro e resseguro do café – declarou.

Ele defendeu também a criação de um cadastro geral de produtores agrícolas, dividido por cadeia produtiva, de forma a assegurar acompanhamento mais próximo do Ministério de cada produtor e de suas peculiaridades.

– Temos que criar condições de o produtor e a própria indústria agrícola se apoderarem do crédito, porque alguns não têm acesso e fica lá o banco fazendo um teatro sem que possamos saber de fato o que está acontecendo, disse, lembrando que a subvenção federal tem que ser tratada de maneira diferenciada para cada cadeia e para cada produtor dentro de uma única cadeia – concluiu.

FONTE: AGÊNCIA ESTADO

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