terça-feira, agosto 30, 2011

Milho: MT apresenta preços recordes na safra 2010/11


Agências - "Nunca antes na história deste país" o milho atingiu valores tão altos, como foi nesta safra 2010/11 e continua na 11/12. O reflexo dessa valorização em Mato Grosso foi a comercialização antecipada do produto. Como nesta safra que está encerrando ocorreram problemas, a cautela foi a principal ferramenta utilizada pelo produtor até o término da colheita, e após a finalização dos trabalhos, ou seja, nesta última semana, o produto comprometido saltou dos 66,3% levantamento de julho para 86,2% em agosto, uma evolução de 19,9 pontos percentuais no mês.

Esse ritmo acelerado de comercialização já era esperado após a definição da produção do agricultor, que mantém o interesse nos patamares atuais do milho. Juntamente com essa situação, as negociações para a nova safra, 11/12, estão aquecidas, de forma incomparável com safras passadas. Se o mercado do cereal continuar no mesmo ritmo, a safrinha poderá ser negociada
antes mesmo da soja, cultura que antecede o milho, e que, teoricamente, deveria ser vendida antes.



O mercado mato-grossense de milho disponível está parado, algumas regiões registraram negociações, porém a maioria não negociou o grão, aguardando um momento de alta. De acordo com nosso banco de dados, todas as regiões do Estado têm registrado alta na média mensal de preços.

Na região oeste, a média mensal de Campo Novo do Parecis obteve alta de 7%, saindo de R$ 16,21/sc para R$ 17,21/sc, em relação ao mês passado, se comparado até o dia 26. Na região sudeste, a cidade de Campo Verde registrou alta de 11% na média mensal em relação a julho, passando de R$ 18,13/sc para R$ 20,06/sc
.
Na cidade de Rondonópolis foi onde a média mensal obteve a alta menos expressiva, apenas 4%, saindo de R$ 19,13/sc em julho, para R$ 20,21/sc em agosto. Como os estoques tendem a ser pequenos, o produtor, sabendo disso, aguarda uma elevação ainda maior para esgotar o estoque. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o principal destino do milho mato-grossense foi a Holanda, com 46,9 mil toneladas do cereal importado diretamente de Mato Grosso, seguida do Irã, com 45 mil toneladas. Os dois países juntos importaram 44% do total exportado pelo Estado. Logo após estão Marrocos e Jordânia, com 40,5 mil e 22,6 mil toneladas, respectivamente; 54,5 mil toneladas foram destinadas aos demais países. Do acumulado nas exportações de milho, desde janeiro, 2,09 milhões de toneladas, o Irã foi destino para 22% deste volume, ou 462 mil toneladas, e a Espanha a 2a posição do ano, com 11% do total, ou 237 mil toneladas. As informações partem do
boletim semanal divulgado pelo Imea (MT).

(CBL)

Brasil reduz mistura de etanol na gasolina para 20%

30/08
Leonardo Goy


BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro decidiu reduzir de 25 por cento para 20 por cento a mistura de etanol anidro à gasolina a partir de 1o de outubro, em meio a uma oferta apertada do biocombustível no país, informou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Segundo ele, o governo já trabalha com a perspectiva de que a safra de cana 2012/13 não fique muito maior do que a atual e, por isso, a decisão de reduzir a mistura.

"Verificamos que a safra do próximo ano também não será muito melhor... Então temos de tomar providências desde logo, para garantir o presente e o futuro. É uma medida de precaução", disse Lobão a jornalistas, após participar de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff na qual a decisão foi tomada.

A redução da mistura para 20 por cento valerá por tempo indeterminado, segundo Lobão, mas pode ser revisada futuramente, quando houver garantia de suprimento para isso. "Depois calibraremos, modificando a resolução no momento em que acharmos que já temos segurança", disse.

O Brasil, maior produtor mundial de açúcar e também de etanol feito a partir de cana, passa por um momento de escassez na oferta do biocombustível.

A falta de investimento nos últimos anos na expansão e melhoria dos canaviais, em um momento em que o consumo do combustível registrou forte crescimento, reduziu a disponibilidade de etanol e elevou os preços do produto.

O governo quer evitar que um aumento ainda maior do etanol anidro com a aproximação do fim da safra eleve muito os preços da gasolina, preferindo, então, reduzir a mistura.

Para a Petrobras, a medida terá o efeito indesejado de elevar o consumo de gasolina no mercado doméstico, o que poderá acarretar em aumento das importações do combustível, já que o parque de refino está operando a capacidade plena.

ESTÍMULOS A CAMINHO

Lobão reiterou que além da redução da mistura, o governo finaliza medidas para incentivar o financiamento à estocagem e renovação dos canaviais.

As medidas --que devem incluir desonerações de operações no setor-- devem ser anunciadas em breve pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"O ministro Guido Mantega está tomando as deliberações finais e vai anunciar todas essas medidas de favorecimento ao setor nos próximos dias", disse Lobão.

Além de Lobão e Mantega, participaram da reunião desta segunda-feira com a presidente Dilma o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

A Unica, entidade que reúne as usinas, era contra a redução da mistura, afirmando que os usineiros estavam privilegiando a produção de etanol anidro para garantir a oferta para a mistura de 25 por cento.

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