quarta-feira, junho 15, 2011

Louis Dreyfus compra empresa de fertilizantes no Brasil

DA REUTERS, EM SÃO PAULO
A trading e processadora de commodities francesa Louis Dreyfus adquiriu a produtora e distribuidora de fertilizantes brasileira Macrofértil, por valor não revelado, de acordo com nota divulgada pela companhia nesta terça-feira.
Com isso, a companhia francesa, que atua na comercialização de fertilizantes no Brasil desde 2008, passa agora também a controlar operações industriais no segmento.
Na semana passada, o vice-presidente de operações da Dreyfus para a região, chamada North Latam --que inclui Brasil--, Adrian Isman, havia dito que a companhia queria crescer em fertilizantes no Brasil e que poderia fechar a compra de alguma companhia local em breve.
Com a aquisição da Macrofértil, a Louis Dreyfus Commodities vai controlar oito plantas industriais para preparação de fertilizantes no Brasil.
Segundo a nota, a Macrofértil possui instalações em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
"Avançar nesse mercado tem um papel estratégico no nosso modelo de negócio, com um maior ganho em escala de comercialização e aumento da capacidade de originação, mediante alavancagem das operações de barter (troca), como a soja, que consome cerca de 30% dos fertilizantes comercializados no Brasil", disse Javier Britez, diretor de Fertilizantes da LDC, no comunicado.
Segundo a Dreyfus, a Macrofértil tem capacidade de processamento de 1,8 milhão de toneladas de fertilizantes/ano. O objetivo da LDC para o segmento de fertilizantes é chegar a uma distribuição de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas por ano e conquistar cerca de 10% do mercado.
"O cenário do mercado de commodities agrícolas e as previsões para médio-prazo permitem entender que os retornos são promissores. Nos nossos planos de curto e médio-prazo devemos expandir também nossas operações para os Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e a região do Mapito [Maranhão, Piauí e Tocantins]", acrescentou Britez.

Produção agrícola não depende de aumento de áreas cultiváveis

DA AGÊNCIA BRASIL
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prevêem um crescimento de 23% na produção de alimentos (grãos) entre a safra 2010-2011 e 2020-2021 e um aumento de 9,5% da área plantada.
Os números apresentados nesta terça-feira pelo governo mostram que o crescimento da produção agrícola não depende do aumento das áreas agricultáveis --diferentemente do que defendiam os ruralistas, que argumentam que seria necessário modificar o Código Florestal para expandir a produção de alimentos.
Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, "não é preciso derrubar nenhuma árvore" para produzir mais grãos ou aumentar áreas de pastagem para pecuária de corte.
O ministério contabiliza a existência de 120 milhões de hectares "já antropizados" (desmatados) que podem ser recuperados para atividade agrícola ou para o ambiente.
De acordo com Rossi, a principal demanda pela mudança do Código Florestal é de "segurança jurídica", ou seja, em relação à cobrança de multas a quem desmatou irregularmente, prevista em lei, mas considerada inviável pelos produtores rurais que buscam anistia.
Segundo o ministro, o resultado da votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados "acabou igualando quem fez tudo legalmente e quem fez de forma ilegal", o que desagradou a presidenta Dilma Rousseff.
Segundo ele, a presidente vai anunciar juntamente com o lançamento do Plano Safra 2011-2012, marcado para a próxima sexta-feira (17), em Ribeirão Preto (SP), a recuperação de pastagem para pecuária de corte e a recuperação de canaviais.

Produção brasileira de grãos deve aumentar 23% até 2021

ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA
O Brasil deve expandir a sua produção de grãos em 23% até 2021, segundo projeção divulgada nesta terça-feira pelo Ministério da Agricultura. De acordo com o relatório, em uma década a área de colheita deve ser aumentada em 9,5%.
Segundo o estudo "Brasil - Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021", a produção de feijão, arroz, milho, soja em grão e trigo deve superar 175,8 milhões de toneladas em 2021. No ano passado, a safra desses produtos foi de 142,9 milhões de toneladas.
O algodão é outro produto que deve se destacar nos próximos dez anos. Atualmente o país produz 1,6 milhão de toneladas de algodão, a estimativa é de aumento de 47,8% na produção. Em relação a exportação, a expectativa é de uma variação positiva de 68,4%, passando das 500 mil toneladas atuais para 800 mil toneladas.
A cana-de-açúcar deve ter expansão de 2,02%, passando de 9,4 milhões de toneladas atualmente para 11,5 milhões em 2021.
CARNES
A produção de carnes (frango, bovina e suína) deve ter uma expansão de 27% no inicio da próxima década e, com isso, o volume deve superar 31,2 milhões de toneladas. Atualmente, a produção é de 24,6 milhões de toneladas.
Dentre os três tipos de carne, o frango deve se destacar, com projeção de aumento de 33,7% nas exportações e 30% na produção.
A maior parte do que será produzido de carnes, nos próximos dez anos, será usado exclusivamente no consumo interno. Ao todo, 67% do frango, 83% da carne bovina e 81% da carne suína deverá ficar no Brasil.

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