sexta-feira, outubro 28, 2011

Agricultores familiares de MG estão isentos do ICMS

Medida vale nas operações para atender programas de aquisição de alimentos para entidades

Os agricultores familiares de Minas Gerais estão isentos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações para atender os programas de aquisição de alimentos para entidades assistenciais e alimentação escolar. O benefício, que alcança produtores de biscoitos, bolos, pães, doces, temperos e rapadura, caseiros e artesanais, por exemplo, foi criado por meio de uma instrução normativa publicada este mês. Lembrando que esse é um bom mercado, já que de acordo com a legislação, pelo menos 30% dos produtos absorvidos por esses programas devem ser originados da agricultura familiar.

FONTE: MEGAMINAS

Produtores rurais do Alto Paranaíba investem na produção de uva

Com pesquisas e experimentos driblam as dificuldades do clima da região

Hoje já é possível encontrar no mercado uvas produzidas 'made in' Minas Gerais. Isso graças ao esforço de produtores de algumas regiões do Estado, que estão apostando na cultura. Pesquisando eles já conseguem bons resultados se considerarmos o clima da região.

No Alto Paranaíba, os produtores de uva já começaram a poda das parreiras. Um manejo que deve ser feito na hora certa. Essa é uma novidade para a região, que tem tradição cafeeira. Já em Campos Altos, a cultura é explorada há cerca de cinco anos e exige tantos cuidados que quase fez o agricultor Gabriel dos Reis desistir. “A propriedade tem meio hectare plantado com a variedade niagra rosada e capacidade para produzir até 15 mil quilos. Porém o máximo que consegui foram cinco mil quilos”, comentou Reis.

Para se reerguer e não perder o investimento foi feita uma parceria com produtores que têm mais experiência no assunto. A orientação foi principalmente limpar e podar a parreira. São tantos cuidados que é preciso cortar também as ramificações depois da poda. Esse manejo deve ser feito na hora certa, geralmente uma vez no ano. Uma escolha que pode influenciar e muito no resultado. .

A área do agricultor Wilson Silva Marques foi plantada há cinco anos e a poda está atrasada. ”O problema é a falta de mão de obra para cuidar da parreira.”, explicou o produtor. A solução encontrada por ele foi colocar o irmão, que trabalha com café para fazer o serviço. E mesmo assim, com pouco investimento e manejo atrasado, ele espera uma boa produção.

FONTE: MEGAMINAS

Milho vai compensar redução do plantio de soja e feijão na safra de verão no PR

O Paraná deverá colher na safra de verão 2011/12 uma produção de 22,1 milhões de toneladas de grãos. O volume é praticamente o mesmo da safra de verão anterior (22,2 milhões de toneladas)

O aumento na área plantada com milho irá compensar a redução no plantio de soja e feijão. Os dados são do levantamento divulgado nessa quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que divulgou um novo levantamento nesta quinta-feira (27). As informações também indicam que a colheita de trigo está em fase final.

Apesar de a estimativa apontar para uma redução de 2% na área cultivada com soja na safra 2011/12, a oleaginosa continua sendo o carro chefe da produção agrícola paranaense. A expectativa é de que sejam produzidas cerca de 14,15 milhões de toneladas – 8% abaixo do obtido na safra anterior, quando o Paraná colheu uma produção recorde de 15,31 milhões.

A primeira safra do feijão também deverá apresentar redução, em decorrência de fatores climáticos e dos baixos preços do produto no mercado. O Deral estima que a área plantada com feijão será 21% menor, enquanto a produção cairá 14% em relação ao período anterior. A estimativa é de que sejam cultivados cerca de 270,52 mil hectares e produzidas 458,7 mil toneladas.

Em compensação, a cultura do milho ganha novo impulso no plantio de verão. As estimativas dos técnicos do Deral mostram uma produção 19% superior à do período anterior, com um potencial de colheita em torno dos 7,3 milhões de toneladas, para uma área estimada de 921,9 mil hectares.

FEIJÃO E BATATA – Assim como o feijão, a produção de batata na safra de verão também será afetada pelas alterações climáticas e os baixos preços. A estimativa do Deral é que a produção da primeira safra sofra redução de 15% em relação à temporada passada. A produção prevista é de 414,71 mil toneladas, enquanto que na anterior o Estado colheu 490,54 mil toneladas.

Segundo vários órgãos responsáveis pelas previsões climáticas, fatores climáticos, como o retorno da La Niña, que se caracteriza por chuvas irregulares no Sul do País, ainda poderão alterar o quadro de estimativas da próxima safra.

MILHO SEGUNDA SAFRA E TRIGO – Os números preliminares da atual safra, 2010/11, apontam para uma produção de 31,71 milhões de toneladas de grãos, uma redução de 3,4% em relação ao período anterior (2009/10), que alcançou um volume recorde de 32,82 milhões de toneladas. “Essa diminuição é atribuída a problemas climáticos, como estiagem e geadas entre abril e junho. Porém, os bons preços recebidos pelos agricultores, ao longo de todo ano de 2011, continuam cobrindo parte das perdas no campo”, informou o diretor do Deral, Otmar Hubner.

As geadas da metade do ano também prejudicaram em parte a safra do trigo, que já tem 75% de área colhida, dos 1,03 milhões de hectares. Os números do Deral apontam que o potencial de produção, estimado inicialmente em 2,91 milhões de toneladas, apresenta uma redução de 17%. É esperada agora uma produção estimada em torno dos 2,41 milhões de toneladas.

Já para o milho da segunda safra, as expectativas de quebra se confirmaram, com 24% a menos na colheita da produção já encerrada. Foram colhidas 6,19 milhões de toneladas, diante de uma previsão inicial de 8,19 milhões de toneladas. O principal motivo dessa diminuição foi a sequência de fortes geadas ocorridas no final de junho, que prejudicaram a safra do milho.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

quarta-feira, outubro 26, 2011

Preço de alimento cai pela - 2 - ª semana , afirma China

Pequim - Os preços dos alimentos na China continuaram em queda na semana encerrada domingo, reforçando indicadores econômicos abrangentes que mostraram que a inflação atingiu o pico no país, de acordo com dados do Ministério de Comércio. Mas analistas advertem de que o alívio pode ser temporário. Os itens alimentícios respondem por cerca de 30% do índice de preços ao consumidor chinês. As oscilações no setor são acompanhadas de perto, à medida que o governo se esforça para encontrar um equilíbrio entre frear as cotações e nutrir o crescimento econômico. O preço médio no atacado para 18 tipos de vegetais monitorados pelo ministério caiu 2,5% frente ao da semana anterior, segundo o ministério.

FONTE: DIARIO DO COMERCIO & INDUSTRIA

É hora de controlar a ferrugem asiática da soja

Evitar que uma lavoura de soja tenha ferrugem é praticamente impossível. Mas é possível evitar que a doença atinja altas severidades, ou seja, evitar que a situação fuja do controle do agricultor. Para isso, é importante que o agricultor esteja pronto para realizar a pulverização de fungicidas assim que for necessário, seja pela ocorrência da doença ou de forma preventiva.

Não é novidade que fungicidas do grupo dos triazóis, quando aplicados sozinhos, não têm proporcionado um controle eficiente da ferrugem. Os fungicidas, na verdade, não sofrem nenhuma mudança, mas o fungo sofre alterações que lhe permitem sobreviver ao fungicida. Esse processo é acentuado com o uso constante de fungicidas com o mesmo princípio ativo, com o emprego de doses diferentes das recomendadas, com aplicações mal realizadas ou em momentos inadequados. E é justamente por esses motivos que a escolha do fungicida e os cuidados no momento da aplicação são fundamentais para a eficiência do controle.

Com relação à escolha do fungicida, dois fatores devem ser observados. O primeiro deles é a composição química: recomenda-se optar por fungicidas formulados com misturas de princípios ativos de grupos químicos diferentes, como triazol e estrobilurina, porque cada um tem um modo de ação diferente sobre a doença, o que faz aumentar a chance de sucesso no controle. O segundo fator a ser observado na escolha do fungicida é a exposição dos princípios ativos citados ao fungo. Devemos evitar o uso repetitivo de um mesmo fungicida ou seu uso em áreas muito extensas.

A lógica por trás dessa recomendação é que, como já mencionamos, o fungo que causa a ferrugem pode se adaptar às condições adversas (a aplicação de fungicida é uma condição adversa à sobrevivência do fungo) e desenvolver populações resistentes. Existem diferenças de eficiência entre fungicidas do mesmo grupo químico (triazóis, por exemplo). Ou seja, mesmo pertencendo ao mesmo grupo químico, alguns fungicidas são mais eficientes que outros, e alguns deles têm sua eficiência reduzida mais precocemente. Isso ocorre porque, apesar de pertencerem ao mesmo grupo químico, o mecanismo de reconhecimento do fungicida pelo fungo é diferente para cada produto desse grupo. Com base nisso, a recomendação é que se faça uma alternância de fungicidas.

Mesmo que um determinado produto tenha proporcionado o melhor controle da ferrugem em condições experimentais, não é aconselhável aplicar esse produto por diversas vezes consecutivas, pois isso pode induzir o fungo causador da ferrugem a desenvolver resistência ao fungicida. O ideal é fazer a rotação de produtos, com princípios ativos diferentes a cada aplicação. Além de melhorar a eficiência do controle, essa estratégia ajuda a manter a eficiência dos fungicidas por mais tempo.

Mas não é só isso, pois outros cuidados também são importantes. Com relação ao momento da aplicação do fungicida, devemos lembrar que a eficiência de aplicação, e consequentemente o controle da doença, diminui muito quando a operação é realizada com ventos acima de 8 km/h, temperaturas acima de 30 graus celsius ou umidade relativa do ar abaixo de 55%. Por isso as aplicações devem, preferencialmente, ser realizadas no início ou no final do dia, quando as condições atmosféricas são mais favoráveis. Essas condições atmosféricas podem ser facilmente monitoradas com o uso de aparelhos portáteis, ou através da internet, pois diversas estações meteorológicas disponibilizam essas informações instantaneamente.

Observadas essas recomendações, as chances de sucesso no controle da ferrugem asiática da soja são, certamente, muito maiores.

FONTE: Engenheiro Agrônomo, M. Sc. Fitopatologia.

segunda-feira, outubro 24, 2011

Milho: aumenta número de plantas daninhas resistentes a herbicidas

Aumento dos custos de produção, impactos ambientais e maior resistência de plantas daninhas a herbicidas. Esses são os principais fatores provocados por práticas culturais ineficientes e pela utilização inadequada de herbicidas na cultura do milho.

Segundo o pesquisador Décio Karam, da área de Fitossanidade da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), a resistência de determinadas plantas daninhas a herbicidas foi primeiramente notificada no Brasil na década de 1980 com o surgimento da enzima ALS (acetolactato sintase), conforme relatado no site internacional de monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas (http://www.weedscience.org/in.asp).

A partir dessa data, outras espécies foram sendo descritas como resistentes, sendo que herbicidas inibidores dessa enzima – ALS – são os produtos que mais selecionaram plantas daninhas resistentes no Brasil e no mundo, de acordo com o pesquisador. “Com a introdução das culturas transgênicas resistentes ao herbicida glyphosate, a pressão de seleção imposta pelas glicinas tende a aumentar e veremos, consequentemente, o surgimento de mais populações resistentes a esse grupo herbicida”, explica Karam.

Em 2008 houve o primeiro relato de uma planta daninha resistente à atrazina, herbicida usado em plantações de milho, cana-de-açúcar e sorgo para o controle de ervas daninhas. O fato foi evidenciado no Paraná. Segundo Décio Karam, outro exemplo de resistência múltipla é a tolerância da losna-branca aos herbicidas chlorimuron-ethyl, imazethapyr, foransulfuron + iodosulfuron-methyl e chloransulan-methyl, utilizados em diferentes culturas em sucessão. “Com isso, o manejo de populações que apresentam resistência múltipla torna-se de extrema dificuldade, já que esses mecanismos de ação são os mais utilizados nessas culturas em sucessão”, interpreta o pesquisador.

Entre as ocorrências mais recentes, Décio Karam alerta para o surgimento do azevém, gramínea agressiva resistente aos herbicidas da classe das glicinas, o “que poderá ocasionar alguma dificuldade de controle em cultivares de milho resistentes ao glifosato”. Situações semelhantes têm sido verificadas em relação às seguintes plantas daninhas: buva, leiteiro, comum em áreas de pastagens, e capim amargoso, já relatadas no Brasil como resistentes ao glifosato. “O surgimento de plantas daninhas resistentes a herbicidas sempre estará associado a mudanças genéticas na população em função da seleção ocasionada pela aplicação repetida de um mesmo herbicida ou herbicidas com um mesmo mecanismo de ação”, alerta o pesquisador.

Décio Karam reforça que o manejo de plantas daninhas resistentes ou não aos herbicidas não deve tomar as proporções alcançadas na cultura da soja, “visto que o uso de produtos do grupo das triazinas tem sido a base para o controle”. “Por essa razão, os sistemas que incluem o milho em sucessão ou rotação tornam-se importante no manejo das plantas daninhas”, afirma. Ainda segundo ele, cuidados devem ser tomados pelos agricultores na utilização de cultivares de milho resistentes a herbicidas quando o cereal está inserido em sistemas de sucessão ou rotação com outras culturas que apresentem resistência ao mesmo grupo herbicida. Um exemplo é o cultivo do milho safrinha, que vem geralmente após o cultivo da soja, e quando ambas as culturas apresentam resistência ao glifosato.

“Com isso, se o manejo de plantas daninhas por meio do controle químico não for bem planejado, poderá haver aumento da pressão de seleção, contribuindo para o surgimento muito mais rápido de mais espécies resistentes aos herbicidas”, pondera Karam. “Ressalta-se, portanto, que o uso da rotação e/ou sucessão de culturas é um método de controle complementar para plantas daninhas resistentes aos herbicidas, fazendo com que o sistema produtivo seja eficiente na redução do tempo necessário para a seleção dessa resistência”, conclui.

E o milho transgênico?

Na cultura do milho, a liberação de cultivares resistentes a herbicidas ocorreu em maio de 2007 com a comercialização do evento T-25, que confere a resistência ao herbicida glufosinato de amônio. A partir dessa, outras liberações foram realizadas, como em setembro de 2008 com os eventos NK603 e GA21, que conferem resistência ao glifosato. Após setembro de 2009, a liberação para a comercialização de cultivares geneticamente modificadas com resistência a herbicidas já estava sendo associada à resistência a insetos. Em novembro do mesmo ano, houve a liberação para comercialização de cultivares que apresentavam a associação de três genes de resistência, o que conferia resistência ao glifosato, ao glufosinato de amônia e a resistência a insetos, começando uma nova era de inserção de vários genes com diferentes características agronômicas.

Uso indiscriminado é prática comum no país

Estima-se que o uso de herbicidas na cultura do milho tenha alcançado 70% das áreas cultivadas no Brasil. Na safra de verão, segundo o pesquisador Décio Karam, essa porcentagem sobe para 90%, sendo que na safrinha o uso da atrazina tem ocorrido na maioria das aplicações. Além desse último herbicida, o glifosato e o 2,4D correspondem a aproximadamente 76% do volume comercializado no Brasil. Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná lideram a comercialização do glifosato, enquanto a atrazina é o herbicida mais comercializado, com exceção do estado de Mato Grosso.

De acordo com Karam, os herbicidas têm sido o agrotóxico mais utilizado na agricultura brasileira. Em relatório apresentado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a comercialização de herbicidas superou 127 mil toneladas em 2009 distribuídos em 90 ingredientes ativos e em mais de 440 marcas comerciais. Entre em contato com a Embrapa Milho e Sorgo e saiba os principais métodos usados para o controle de plantas daninhas na cultura do milho, como operações que devem ser realizadas na fase pós-colheita, tecnologias disponíveis de aplicação e as práticas da dessecação e do manejo da resistência.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Milho protegido contra as doenças

Cadeado é o símbolo da nova campanha
Veiculação das peças publicitárias tem início em outubro


Eficiente no controle de importantes doenças foliares, a BASF acaba de lançar a campanha publicitária para o novo fungicida do seu portfólio destinado a cultura do milho, o Abacus® HC. O cadeado, peça-chave da campanha, faz alusão à eficácia do fungicida que barra a entrada das principais doenças nas folhas, contribuindo para assegurar a formação das espigas.

“Auxiliar o produtor de milho a ter maior rendimento, qualidade e a combater com eficiência as doenças que atacam sua lavoura, como a ferrugem e a mancha foliar, é o principal objetivo do produto Abacus® HC”, comenta o gerente de Marketing e Relacionamento da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para o Brasil, Oswaldo Marques.

A campanha para o milho foi desenvolvida pela agência e21 do Grupo MTCom. A veiculação das peças tem início neste mês de outubro em todo Brasil com inserções em veículos do trade de agronegócios, incluíndo TV, Impressos, Internet. Peças para outdoor com foco nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso também serão usadas.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

quarta-feira, outubro 19, 2011

Circuito Tecnológico gera ações práticas

Lançado oficialmente na tarde de segunda-feira em Nova Mutum, o Circuito Tecnológico tem como grande diferencial a possibilidade de desenvolvimento de ações práticas por parte da Aprosoja.

Durante a largada do evento, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, destacou a importância da iniciativa e afirmou que somente “indo ao campo” se torna possível identificar problemas ou situações que afetam diretamente o cotidiano do produtor de soja e milho de Mato Grosso.

“Foi assim que identificamos, por exemplo, os prejuízos com a compra de fertilizante. Há dois anos, observamos que 35% do fertilizante vendido ao produtor de Mato Grosso estava abaixo do padrão mínimo – que já prevê descontos. Na época, isso significou um prejuízo de R$ 500 milhões e uma queda na produtividade de cinco a dez sacas por hectare”, recorda Glauber.

Outro aspecto que pode ser verificado com o Circuito Tecnológico é o tipo de tecnologia de produção que vem sendo adotada no campo. “Já descobrimos que fungicidas alardeados como a solução para uma determinada praga não funcionavam. Com orientações desse tipo, ficamos ao lado do produtor nos momentos estratégicos, para podermos representá-lo bem”, afirma o presidente da Aprosoja.

Glauber destacou também o papel estratégico da imprensa. “Os jornalistas acabam sendo difusores de informação qualificada para o produtor. Pelas matérias, a imprensa orienta, registra e divulga as tecnologias de produção, os problemas e as alternativas que o produtor está vivendo na prática. Isso é de uma importância vital para nós”.

Clima – Os primeiros relatos dos supervisores de campo da Aprosoja no primeiro dia do Circuito Tecnológico chegam com a constatação de que, ao menos por ora, as condições das estradas estão boas. O clima e a expectativa por mais chuva, no entanto, sinalizam que o cenário pode mudar rapidamente.

“Aqui em Santa Rita do Trivelato, a chuva já causou alguns buracos, o que nos preocupa para os próximos dias”, antecipa Rodrigo Fenner, da equipe 2. Os produtores entrevistados na região afirmaram que no domingo as precipitações somaram 70 mm.

Já em Diamantino, a equipe 1 encontrou um cenário oposto: lá, o problema é a falta de chuva. “De acordo com o produtor Luis Carlos Tessel, a última boa chuva foi em abril, e de lá para cá, houve apenas duas precipitações de 25 mm cada. Com isso, as plantas encontradas neste primeiro dia de Circuito Tecnológico tinham em média 6 cm, enquanto no ano passado, nessa mesma época, havia plantas maiores, com até 10 cm. Estão sofrendo com a seca aqui na região”, afirmou a supervisora de campo Franciele Dal’Maso, que coordena a equipe 1.

Em sua terceira edição, o Circuito Tecnológico traça um Raio-X da produção de soja e milho de Mato Grosso no período de plantio. A meta é visitar cerca de 400 propriedades nesta edição - a cada ano, tem aumentado o número de fazendas visitadas e as metas de levantamento de dados. O principal objetivo da jornada pelo interior de Mato Grosso é fazer um diagnóstico da safra 2011/12 diretamente com os produtores.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

segunda-feira, outubro 17, 2011

Valor da produção agrícola mineira deve crescer 17,8% em 2011

Evolução de Minas Gerais é superior à média nacional

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agricultura mineira, em 2011, deve registrar crescimento de 17,8% em relação ao ano passado. De acordo com projeção do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tendo como referência dados de setembro, a renda no Estado deve alcançar R$ 21,5 bilhões. O valor é o maior já registrado desde que o estudo começou a ser feito, em 2005. Para o Brasil a previsão é de um aumento de 12% e uma renda de aproximadamente R$ 205 bilhões.

O algodão foi o produto que apresentou projeção mais significativa de crescimento do VBP. O valor pode registrar acréscimo em torno de 168% alcançando R$ 156 milhões. Segundo a assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais (Seapa), Márcia Aparecida de Paiva Silva, o significativo crescimento da produção, aliado ao aquecimento dos preços neste ano, contribuíram para o aumento da receita do produto. A projeção de aumento para o milho registrou aumento de 46,9%, alcançando R$ 2,7 bilhões. “O aumento da demanda pelo grão tem pressionado os estoques internacionais, com a consequente valorização dos preços”, explica Márcia Silva.

Seguindo o ranking dos produtos com maior crescimento da renda agrícola vem o café, com projeção de aumento de 30% em relação a 2010, alcançando R$ 11 bilhões. O aumento da receita vem sendo motivado pelo aquecimento das cotações internas. “O café responde sozinho por mais da metade do VBP mineiro e o crescimento contribui de maneira significativa na receita agrícola gerada pelo Estado”, explica a assessora técnica da Seapa. Já a cana-de-açúcar tem estimativa de crescimento de 21,2% alcançando R$ 3,4 bilhões.

O Valor Bruto da Produção é calculado com base no volume de produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do país. Para realizar o estudo são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano.

Valor Bruto da Produção 2011 – Minas Gerais
Valor total: R$ 21,5 bilhões (+17,8%)
VBP do café: R$ 11 bilhões (+30%)
VBP da cana-de-açúcar: R$ 3,4 bilhões (+21,2%)
VBP do milho: R$ 2,7 bilhões (+46,9%)
VBP do algodão: R$ 156 milhões (+168%)

FONTE: MEGAMINAS

Mercado de produtos orgânicos cresce no Brasil

Com isso, Emater em Arcos começa a incentivar a produção de tomates orgânicos

O crescimento do mercado de produtos orgânicos tem mudado as perspectivas de muitos produtores rurais da agricultura familiar no país. Segundo a Associação Brasileira de Orgânicos, de 2009 para 2010 houve um crescimento de 40% no setor. Pensando nisso, em Arcos, no Centro-Oeste de minas, a Emater começou este ano a incentivar a produção de tomates orgânicos.

O agricultor Desedino José Soares planta tomates há 15 anos e trabalha na agricultura convencional. Mas este ano decidiu investir no cultivo do produto orgânico. Na propriedade dele a nova lavoura é de responsabilidade do filho. Para ele, a principal vantagem da produção é não ter que trabalhar com produtos tóxicos.

Para evitar o ataque de pragas como a traça, o grilo ou a mosca branca na lavoura de tomate orgânico são utilizados predadores naturais como a joaninha, as vespas e caldas feitas de plantas. Depois da colheita a diferença é que o alimento natural é mais rico em vitaminas e sais minerais. Vantagens que deixam a esposa do agricultor, Sirlene Soares, orgulhosa. Na primeira colheita já é possível perceber que a produção aumentou. Desdino ganhou novos clientes.

Outra diferença entre o tomate convencional e o orgânico está no preço. A caixa com 20 quilos de convencionais de primeira linha custa, em média, R$20. Já a mesma quantidade do natural sai em torno de R$40 para a venda. Em Arcos, são 156 produtores que produzem mais de três mil toneladas de tradicionais por ano, mas para contribuir para a saúde de quem consome e aumentar o lucro de quem vende a Emater incentiva a mudança em toda a produção. Mas muitas vezes a iniciativa esbarra na resistência de quem ainda não conhece a técnica.

Apesar de a participação ainda ser pequena no mercado agropecuário brasileiro o setor de orgânicos cresce a cada ano. Segundo a Associação Brasileira, a estimativa é que até o fim deste ano haja um crescimento de 40%. E os vegetais orgânicos mudaram o cardápio na Santa Casa de Arcos. Na horta suspensa, alface, couve e cebolinha. A colheita é feita semanalmente. Nos pratos dos funcionários e pacientes de um hospital da cidade os produtos sem agrotóxicos são os preferidos.

FONTE: MEGAMINAS

Lucratividade aliada à sustentabilidade

Princípios de conservação da natureza viabilizam economicamente a produção em médio e longo prazo

No contexto atual, a ideia de sustentabilidade une-se ao conceito lucratividade. Isso porque, ao administrar bem os recursos naturais, o produtor viabiliza economicamente sua produção, seja em médio ou longo prazo. Segundo Robson Laprovitera, gerente de planejamento florestal da International Paper, hoje, é praticamente impossível pensar em lucratividade sem necessariamente vinculá-la a princípios de conservação da natureza e respeito a aspectos sociais. As palavras do gerente refletem a preocupação de uma das maiores principais empresas do planeta na produção de papel e celulose. Uma realidade cada vez mais presente em um novo modelo econômico, pautado na Economia Verde. A sustentabilidade do próprio agronegócio passa por aí.

Laprovitera é um dos palestrantes do Fórum Produção, Conservação e Lucratividade – A Economia Verde como via de equilíbrio, que o Portal Dia de Campo promove no dia 26 de outubro, no IAC, em Campinas (SP). Entre os assuntos abordados por ele, estão a “Implementação do sistema florestal na realidade da fazenda”, a “Manutenção e gerenciamento” e o “Retorno econômico, produtivo e ambiental do sistema”.

O gerente explica ainda que, de um modo geral, o produtor rural, obtém sua renda administrando os recursos naturais, como o solo e a água, em sua propriedade e se ele não cuidar bem desses recursos, automaticamente estará inviabilizando a sustentabilidade da produção no médio e longo prazo.

Hoje em dia, com a tecnologia e conhecimentos técnico-científicos que temos na produção rural, não é viável um produtor iniciar um processo produtivo florestal, por exemplo, sem pensar no manejo adequado do solo, na preservação dos recursos hídricos, no manejo correto dos resíduos e no lançamento de efluentes. De fato, ele estará inviabilizando economicamente o seu negócio — ressalta.

Um dos destaques da palestra será mesmo a questão da implementação de um sistema produtivo florestal em uma fazenda. Para isso, o primeiro passo é o planejamento. Ele afirma que o produtor precisa determinar qual a área disponível para a atividade dentro da propriedade e, em seguida, identificar quais serão as áreas para o plantio e quais as áreas necessárias à conservação da natureza, em especial as áreas de preservação permanente, ou seja, as beiras de rios e nascentes e as áreas de reserva legal. Feito isso, e definida a área de efetivo plantio, ele fará então uma avaliação da capacidade produtiva daquele solo, através de uma análise.

É preciso entender o aspecto nutricional do cultivo da floresta que está colocando ali e refletir também nas possibilidades que o manejo pode ter sobre os impactos na perda de solo. Por exemplo, ele pode planejar estruturas de modo a evitar a erosão, fazer uma boa fertilização das plantas, adquirir mudas sabidamente adaptadas às peculiaridades de clima e solo de sua região — orienta Laprovitera.

Para ele, esses cuidados associados ao controle das pragas florestais e das ervas daninhas, podem desembocar em uma boa produtividade e um bom retorno econômico ao negócio, contemplando ao mesmo tempo produção e conservação ambiental.

quinta-feira, outubro 13, 2011

Grão se utiliza da semelhança com o carioquinha para tentar conquistar o gosto dos consumidores nacionais



O brasileiro está acostumado à dobradinha feijão com arroz. Mas um terceiro elemento quer revolucionar o mais típico dos pratos nacionais. Fruto de um trabalho conjunto entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Fundação Triângulo, a soja marrom pretende se utilizar da semelhança com o feijão carioquinha para romper a barreira da rejeição ao consumo da oleaginosa no país. A nova cultivar, denominada BRSMG 800A, foi obtida por melhoramento clássico: ao longo de cinco anos, estudiosos selecionaram variedades que apresentavam grãos marrons e foram aperfeiçoando essas plantas até que adquirissem características agronômicas. O resultado, segundo os pesquisadores, é um alimento com sabor agradável e bom aspecto visual.

Os técnicos promoveram testes de degustação em diversas localidades de Uberaba (MG) e a aceitação do novo produto surpreendeu, já que o conhecido gosto rançoso da soja comum se tornou quase imperceptível. “O que dá o sabor desagradável à soja é uma enzima chamada lipoxigenase, mas o maior teor de amido da nova cultivar ajuda a mascarar essa substância”, afirma Ana Cristina Juhasz, pesquisadora da Epamig. A BRSMG 800A não solta casca, o que facilita o cozimento. Para o preparo, o grão marrom é lavado (não é preciso deixá-lo de molho) e colocado na panela de pressão, estando pronto em cerca de 40 a 50 minutos após a fervura – tempo um pouco maior em relação ao que o feijão leva para ficar no ponto.

A avaliação no campo também foi animadora. A variedade, que começa a ser plantada em outubro para a safra 2011/2012, apresentou rendimento ligeiramente inferior à MG/BR-46 Conquista, cultivar de alto potencial produtivo. A soja marrom alcançou produtividade média de 50,3 sacas por hectare, enquanto a Conquista atingiu 53,1 sacas por hectare. “Entretanto, o ciclo da BRSMG 800A foi uma semana mais precoce, fechando com 120 dias do plantio à colheita, enquanto a Conquista ficou em 132 dias”, compara Vanoli Fronza, pesquisador da Embrapa Soja. Em relação às doenças, a nova cultivar é resistente ao cancro da haste da soja, mas é suscetível aos nematoides formadores de galhas. Ela tem altura semelhante à da Conquista, mas tende a acamar menos.

Desenvolvida inicialmente para o cultivo em Minas Gerais, a BRSMG 800A já chama a atenção de produtores de outras regiões. “Há agricultores do Rio Grande do Sul ao Nordeste interessados no plantio. E já estamos testando a variedade no norte de São Paulo e em Goiás”, conta Fronza. Atualmente, quatro produtores de sementes ligados à Fundação Triângulo investem na soja marrom. E são esses licenciados que, além de multiplicar as sementes, cuidarão de beneficiar e levar o produto às prateleiras, em pacotes de um quilo. Por isso, em um primeiro momento, agricultores interessados na cultivar somente conseguirão plantá-la em associação com essas empresas de sementes, que podem fornecer o material para plantio e, posteriormente, receber de volta o grão para processá-lo.

Para chegar aos consumidores, a nova cultivar conta com a consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que sugeriu a criação de uma marca para dar suporte à entrada do produto no mercado. Nasceu, assim, o selo Soja de Minas, que terá a submarca Nutrisoy para identificar o grão marrom.

As similaridades com o feijão não se limitam às características visuais e de sabor: a expectativa é que a soja marrom alcance preço equivalente, em torno de R$ 3 o quilo. Para o produtor, a remuneração vai depender de uma negociação entre o agricultor e o licenciado da Fundação Triângulo. “O custo de produção é o mesmo da soja convencional. Mas o preparo para chegar ao consumidor final é diferente. Não temos um valor fechado ainda, mas acreditamos que o preço pago ao produtor vai remunerá-lo a contento”, afirma Fronza. O novo grão deve chegar ao mercado ainda no segundo semestre deste ano ou, no mais tardar, no início de 2012.

Ideia é combinar os dois grãos

A inclusão da soja em pratos com o feijão carioquinha também tem como objetivo elevar o valor nutricional da comida. Isso porque a soja é mais rica em proteínas, cálcio, fósforo e ferro se comparada ao feijão. É também considerada um alimento nutracêutico: além de nutritivo, tem propriedades farmacêuticas. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) realizou testes sensoriais para avaliar o desempenho da soja marrom. A pesquisa concluiu que a mistura proporcional de 50% entre a nova soja e o feijão carioquinha pode aumentar em 30% o valor proteico do prato e ainda garantir um sabor agradável. Ao todo, 819 pessoas experimentaram a soja marrom preparada com caldo de feijão em um supermercado de Uberaba (MG). Desse total, 80% disseram que certamente comprariam o produto; 13% informaram que provavelmente comprariam; e 7% disseram que talvez comprassem o produto.

FONTE: GLOBO RURAL

Feijão transgênico desenvolvido pela Embrapa é aprovado no Brasil

Nova variedade é resistente ao vírus do mosaico dourado, grande inimigo da cultura



A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira (15/9) a liberação para cultivo comercial do feijão geneticamente modificado resistente ao vírus do mosaico dourado, pior inimigo da cultura no Brasil e na América do Sul. A informação foi divulgada pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB).

Desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o feijão é a primeira planta transgênica aprovada comercialmente totalmente produzida por instituições públicas de pesquisa. Foram quase 10 anos de estudos em parceria entre a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) e a Embrapa Arroz e Feijão.

“Nos testes de campo realizados, mesmo com muita presença da mosca branca, inseto que transmite o vírus do mosaico, a planta transgênica não foi infectada pela doença”, afirma Francisco Aragão, pesquisador do Cenargen e um dos responsáveis pelo projeto.

A produção mundial de feijão é de mais de 12 milhões de toneladas. O Brasil ocupa o segundo lugar nesse ranking e a planta é produzida principalmente por pequenos agricultores, com cerca de 80% da produção e da área cultivada em propriedades com menos de 100 hectares. Uma vez que o vírus do mosaico dourado atinge a plantação ainda na fase inicial, pode causar perdas de até 100% na produção. Segundo estimativas da Embrapa Arroz e Feijão, os danos causados pela doença seriam suficientes para alimentar até 10 milhões de pessoas.

Benefícios do grão transgênico

O feijão transgênico apresentou vantagens econômicas e ambientais, a exemplo da diminuição das perdas, a garantia das colheitas e a redução da aplicação de defensivos. Com a aprovação, as sementes transgênicas serão multiplicadas e devem chegar ao mercado em dois ou três anos. “Todas as análises de segurança foram realizadas e o feijão geneticamente modificado é tão ou mais seguro que as variedades convencionais, tanto para o consumo humano quanto para o meio ambiente”, ressalta Aragão.

FONTE: GLOBO RURAL

terça-feira, outubro 11, 2011

Safra de grãos de Minas Gerais baterá recorde no período 2011/12

Produção de milho poderá ficar entre 6,7 milhões e 6,8 milhões de toneladas, com alta de entre 2,8% e 4,7% frente à safra anterior

Ao contrário da previsão de queda da produção nacional de grãos para a safra 2011/2012, a produção mineira na safra atual poderá atingir o recorde histórico e ficar entre 10,7 milhões e 10,9 milhões de toneladas, aumento entre 0,6% e 2,4% em relação à safra anterior. As informações constam do primeiro levantamento de intenção de plantio da safra divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produção mineira de milho poderá ficar entre 6,7 milhões e 6,8 milhões de toneladas, com aumento variando entre 2,8% e 4,7% em relação à safra anterior. O milho é o principal grão cultivado no Estado. O aumento da cotação do milho é a principal explicação para o crescimento.

"A cotação média do milho aumentou 55,7%, na comparação entre os primeiros noves meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado", diz a assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Márcia Aparecida de Paiva Silva. Além do milho, a Seapa informou que outras culturas devem registrar crescimento em Minas.

O algodão deverá crescer entre 0,5% e 4,4%, arroz até 2,2%, trigo até 2,3% e sorgo entre 0,4% e 0,5%. As culturas de soja e feijão sinalizam queda de produção no Estado. A soja deve ficar em 2,8 milhões de toneladas, queda entre 1,5% e 3,5% em relação ao volume produzido na safra passada.

De acordo com Márcia Silva, uma das hipóteses para a redução é a substituição das lavouras do grão pelo milho, que apresenta mercado e preços aquecidos. No caso do feijão, a produção deve variar entre 579 mil a 583 mil toneladas, com redução entre 3,8% e 3,1%.

Governo deve liberar R$ 2 bilhões para etanol, diz fonte

O governo está finalizando uma Medida Provisória (MP) que deverá liberar cerca de R$ 2 bilhões em financiamentos à estocagem de etanol, disse à Reuters uma fonte do governo que está tratando diretamente do assunto.

O estímulo à formação de estoques do biocombustível tem o objetivo de garantir o fornecimento do produto para o mercado no período da entressafra de cana, entre dezembro e março, e vitar picos de preço do etanol.

Segundo a fonte, a MP deve ser publicada essa semana mas, para entrar em vigor, a medida ainda dependerá de decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) para definir as taxas de juros das linhas. "Deve ser algo em torno de R$ 2 bilhões para o financiamento, ainda vão definir as fontes, mas BNDES e Banco do Brasil devem participar", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.

O governo também trabalha em outra MP que tratará da desoneração da cadeia do etanol, de modo a estimular o aumento da produção, mas esta ainda está sendo discutida internamente. No início de outubro entrou em vigor a redução de 25% para 20% da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina, outra medida destinada a aliviar o aperto na oferta do produto.

Pela legislação em vigor, o governo poderia reduzir a mistura ainda mais, para um mínimo de 18%. Mas, segundo a fonte que falou com a Reuters, isso não deve acontecer. Quando anunciou a redução da mistura para 20%, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo já trabalha com a perspectiva de que a safra 2012/13 não seja muito maior do que a atual e, por isso, reduziria a mistura para aumentar a oferta de etanol no mercado.

A safra 2011/12 de cana-de-açúcar do Brasil foi prejudicada por um padrão climático desfavorável, que levou à redução do rendimento agrícola e a consequente queda na produção de etanol, assim como de açúcar. O envelhecimento do canavial brasileiro, pela falta de investimento em novas plantas nas últimas safras, também prejudicou a safra.

Um representante do setor produtor, que pediu anonimato, disse que a medida do governo não deverá afetar o volume de produção, que já está definido. Mas poderá ter eficácia em reservar volumes do produto para o período até o início da próxima safra, em meados de abril de 2012.

Segundo ele, o fato de o financiamento de estocagem neste ano vir na forma de uma MP vai ajudar na definição da fonte dos recursos, diferentemente de anos anteriores.

FONTE: WWW.TERRA.COM.BR

segunda-feira, outubro 10, 2011

Estimativa para a safra de grãos contém incertezas

G1 - A Conab divulgou na quinta-feira (6) a primeira estimativa para a safra brasileira de grãos relativa ao ano agrícola 2011/2012. É uma previsão que vem com muitas incertezas. Os números apontam ao mesmo tempo para um aumento da área de plantio e uma queda de produção.

O que chama mais a atenção nessa primeira estimativa é o crescimento na área do milho primeira safra. Para a Conab, os agricultores vão aumentar em até 7,2% o cultivo. A soja cresce 3,5%. O algodão, 6,1%. No total de todas as culturas, a área deverá ter um incremento de até 2,9%.

Apesar dos agricultores estarem plantando mais, o levantamento da Conab indica redução no volume. A produção brasileira de grãos deve ficar entre 157 e 160 milhões de toneladas: 1,5% de queda em relação à colheita anterior. Isso não acontece desde 2009. Nas últimas duas safras, o Brasil vinha aumentando a quantidade produzida e batendo recordes.

Das principais culturas, duas vão ter redução de área: feijão primeira safra, queda de 8%, e arroz, menos 2,7%. No caso do Rio Grande do Sul, que é o maior produtor, a previsão da Conab é de uma redução de até 3% no cultivo.

“A questão mais significativa é a falta de água na região da Campanha, no Rio Grande do Sul. Tem uma perspectiva de reduzir em mais de 50% a área por conta da falta de água nas barragens”, explica Cláudio Pereira, presidente do IRGA, Instituto Rio Grandense do Arroz. É o que está acontecendo com o produtor Antonio Fontes, de Uruguaiana. Nesta safra, ele diz que vai reduzir em 10% por cento a extensão da lavoura.

Essa primeira estimativa fala em queda na produção no total da safra com base nas previsões de que pode faltar chuva no sul do país também para a soja e para o milho. O diretor de Política Pública Agrícola e Informações da Conab Silvio Porto acha, no entanto, que os números são preliminares e que os próximos levantamentos podem mudar a situação.

“A tendência de chuva, com regularidade para os próximos três meses, principalmente no Centro-Oeste está numa sinalização muito positiva e mesmo essa preocupação que se tem de uma estiagem no Sul poderá não se concretizar e, portanto, os dados e os números poderão ser surpreendentes em relação a este ano”, argumenta Silvio Porto.

FONTE: CORREIO DO ESTADO

O presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso Rui Prado acha que os dados da colheita do ano que vem podem ser melhores que os da previsão da Conab. “Ela deve estar sendo muito conservadora, mas de qualquer forma percebemos uma tendência muita clara dos produtores em plantar mais a segunda safra e em investir em tecnologia, ou seja, colocar mais insumos para a produção dessa segunda safra, que é principalmente a de milho. Isso fatalmente vai trazer uma safra maior. Estamos estimando em torno de 27% a mais de milho já no ano que vem”, diz.

Soja: Produtividade histórica

Região de Sorriso, no Mato Grosso, que destina maior porção de área agricultável à sojicultura quer também o recorde de rendimento

O município de Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá/MT), que há anos vem mantendo o título de líder mundial em área plantada de soja, está pronto para iniciar mais uma safra. Os produtores estão no ‘grid de largada', prontos para começar a semear a oleaginosa. Eles só estão esperando o sinal verde do tempo, ou seja, o início das chuvas, para iniciar o plantio e contabilizar mais uma temporada de recordes de produtividade.

O presidente do Sindicato Rural, Elso Pozzobon, lembrou que na safra passada, quando o setor plantou a soja no período certo, sem muita antecipação ou atrasos, a produtividade teve o melhor registro da história e chegou a 62 sacas por hectare, em média.

"Nunca tivemos uma produtividade como a do ano passado, foi muito boa", salientou. "Foi um conjunto de fatores. As chuvas começaram em outubro, os índices de doenças, como a ferrugem asiática, por exemplo, foram bem pequenos e o clima ajudou muito", relacionou os fatores que contribuíram para o sucesso da colheita que não teve muita relação com os investimentos em altas tecnologias, ou seja, uso intensivo de fertilizantes. "Tivemos a felicidade de plantar num calendário ideal", completa. Historicamente, conforme o presidente, a média de colheita por safra é de 57 a 59 sacas por hectare na região.

Até o momento nenhum produtor começou o cultivo da safra 11/12, já que no campo as chuvas ainda não apareceram. "Só houve uma chuva, mas foi na cidade, no campo ainda não caiu nenhuma gota d'água e, enquanto não chover, não tem como começar". Como observa, alguns produtores até queriam adiantar, pensando numa segunda safra de algodão ou milho de sucesso, mas também não plantaram, "pois não choveu nada e não quiseram arriscar". De acordo com o sindicalista, as previsões indicavam que as primeiras precipitações começariam a partir do início desta semana, mas as novas verificações mostram que as chances estão mudando e só mesmo nos próximos dias é que as primeiras chuvas deverão ser registradas.

Apesar do atraso do período chuvoso, o presidente do sindicato não fala em atraso no plantio na região de Sorriso. Segundo Pozzobon, o período ideal para o início do cultivo é a partir de hoje, 1° de outubro. "Quando a gente planta no período certo, no caso da soja, e o clima ajuda, as chuvas vêm na quantidade certa e há uma boa produtividade. Não adianta querer adiantar muito ou tardar muito, pois a soja precisa do plantio certo para ter uma produtividade boa", explicou, o que é chamado de ‘janela ideal' da cultura. "Claro que não podemos condenar àqueles que antecipam o plantio, pois eles estão pensando numa segunda safra que também precisa de um pouco mais de chuva", ressalta.

Retorno - Os bons ventos na lavoura proporcionaram dias melhores para os produtores que, com uma colheita mais gorda e com os preços da oleaginosa em alta, fizeram com que muitos produtores colocassem suas dívidas em dia.

"Não vamos dizer que estamos nadando em dinheiro, pois temos um passivo de dívida de anos para pagar, mas muitos puderam pagar um pouco de suas dívidas, sem capitalizar, comprar os insumos sem dever para essa safra, enfim, puderam tirar o pé da lama, como se diz", comemorou. "Esperamos que esse ano seja como no ano passado e possamos ter uma boa safra", aposta.

Este ano, o município deve plantar 600 mil hectares com soja, mesma área cultiva na safra 2010/2011. O plantio em época certa rendeu uma safra de mais de 2 milhões de toneladas de grãos.

Sorriso: área plantada de milho deve ter aumento, prevê presidente

A cultura do milho depende da soja. Se a semeadura da primeira ocorrer dentro da janela de plantio, que deve ir até o começo de novembro, a área do milho safrinha em Sorriso deve passar de 230 mil para 250 mil hectares

No ano passado, devido ao atraso no plantio da soja e, consequentemente, na colheita, a área destinada ao milho safrinha reduziu em 20 mil hectares, e a produtividade passou de 1,3 milhão (2010) para 1,2 milhão (2011).

Neste ano, com as boas expectativas para a safra de soja, o vice-presidente do Sindicato Rural, Elso Pozzobon, destacou que o milho safrinha 2012 deve ser plantado em 250 a 260 mil hectares. “Quero crer que vamos aumentar a área. Mas o que vai determinar este acréscimo é justamente o que estamos presenciando agora. Se as chuvas continuarem, e o plantio for concluído cedo, os sojicultores que plantam milho vão repetir resultados de produtividade recordes registradas em anos anteriores”, destaca.

Atualmente, cerca de 90% dos sojicultores de Sorriso produzem milho de fevereiro até junho. Porém, o milho é cultivado em apenas 40% da área destinada à soja. Assim como a oleaginosa, o mercado do milho também está aquecido. Até agora, cerca de 40% da safrinha de 2012 já foi comercializada, com preços entre R$ 15 a R$ 17. Quanto à produção, a expectativa do Sindicato é colher entre 90 e sem sacas de milho por hectare.

Apesar dos números já estarem definidos em Sorriso, a produção no país deve ser divulgada hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O primeiro levantamento da safra de Grãos 2011/2012 vai ser anunciado diretor de Política Agrícola e Informações, Silvio Porto, e pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz.

FONTE: SÓ NOTICIAS

Cultivares da Embrapa indicadas para safra 2011-2012 de feijão-caupi

Quatorze cultivares de feijão-caupi desenvolvidas pela Embrapa Meio-Norte em parceria com outras Unidades da instituição, estão sendo indicadas para a safra 2011/2012, no Piauí e Maranhão

A indicação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através do zoneamento agrícola, que aponta a lista dos municípios aptos para o plantio nos estados.

As cultivares indicadas, todas com produtividade média acima de uma tonelada por hectare e ciclos que vão de 65 a 75 dias, são as seguintes: BRS Tumucumaque, BRS Mazagão, BR14 Mulato, BRS Aracê, BRS Juruá, BRS Pajeu, BRS Paraguaçu, BRS Potengi, BRS Rouxinol, BRS Xiquexique, BRS Guariba, BR17 Gurguéia, BRS Maratoã e BRS Monteiro.

No Piauí, a formatação do sistema agrícola prevê o plantio de três safras. Segundo o pesquisador Francisco Brito, a primeira, denominada de sequeiro, que vai de outubro a novembro, na região sul do estado. Na região centro, a semeadura ocorre de janeiro e fevereiro. Já na região norte, o plantio vai de fevereiro a março.

A segunda safra, a de vazantes, é trabalhada apenas na região norte e vai de junho a julho. A terceira, irrigada, alcança as três regiões do estado. A semeadura começa a partir de julho, quando as chuvas praticamente desaparecem por completo no Piauí.

O zoneamento agrícola para a cultura do feijão-caupi na safra 2011/2012, com a lista dos municípios do Piauí e Maranhão, aptos à produção e os períodos adequados à semeadura, estão disponíveis nas portarias 364 e 365, do Diário Oficial da União, do dia 20 deste mês.

FONTE:EMBRAPA

Dilma Roussef assina MP que altera tributação do PIS/Cofins para o café

Foi publicado no DOU da última sexta-feira (30) a Medida Provisória 545, assinada na última quinta pela presidente Dilma Roussef, que altera a tributação do PIS/Cofins para as empresas sujeitas ao regime de lucro real.

A nova sistemática isenta de tributação toda a cadeia do café cru, concede crédito presumido de 80% do crédito de 9,25% para o café adquirido nas operações do mercado interno e na exportação do café industrializado, bem como estabelece crédito presumido de 10% dos 9,25%, do valor da saca de café cru exportada.

“Esta publicação representa uma vitória do entendimento conjunto dos setores do café que, juntamente com o Ministério da Fazenda e da Agricultura, tiveram a competência e o equilíbrio para discutir exaustivamente o assunto e chegar à melhor solução possível”, diz Américo Sato, presidente da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café. O pedido de mudança partiu do CeCafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, em maio de 2010, e ganhou a adesão da ABIC, da ABICS – Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel e da Cooxupé, maior cooperativa de produtores de café do país. A MP 545 corrige a sistemática anterior, que prejudicava os agricultores, estimulava fraudes e sonegações e gerava concorrência desleal entre grandes e pequenas torrefadoras.

O texto da MP assinado pela presidente Dilma coincide com o sugerido pela ABIC e pelos demais setores do agronegócio café. O varejo supermercadista não sofrerá nenhuma alteração na tributação, continuando com os mesmos procedimentos válidos atualmente. A MP 545 entrará em vigor a partir de 90 dias da data de hoje.

FONTE: TEMPO DE COMUNICAÇÃO

Produção do café arrecada US$ 5 bilhões em 2010

A produção do café, que arrecadou US$ 5 bilhões em 2010, segundo o Ministério da Agricultura, também deve continuar alta, especialmente devido ao mau momento do café colombiano.


"Até 2015 o café deve continuar no auge, mas a busca agora é por um café de melhor qualidade e a falta de mão de obra no setor pode ser um problema", diz Bestetti.

Segundo levantamento divulgado pela Conab neste mês, a produção brasileira de café para este ano é estimada em 43,15 milhões de sacas beneficiadas. Segundo a companhia, o número é 10,3% ou 4,94 milhões de sacas inferior ao volume de 48,09 milhões da safra anterior.

No entanto, a redução se deve, principalmente, a este ano ser um ano de baixa, uma vez que essa é uma cultura bianual (que produz mais no primeiro ano e menos no segundo) e o rendimento desse segundo ano foi superior ao da safra de 2009/2010. Segundo a companhia, o bom desempenho se deve às condições climáticas favoráveis na maioria das regiões produtoras e aos bons preços do café, que possibilitaram ao produtor investir em adubação e irrigação.

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