quinta-feira, setembro 29, 2011

Recursos para financiar custeio do algodão serão antecipados

Pela primeira vez, o Banco do Brasil (BB) vai ofertar recursos do crédito rural para o chamado "pré-custeio" da safra de algodão de forma antecipada. A nova linha está disponível a partir de hoje. O BB também elevará a R$ 1 bilhão o adiantamento de crédito para a safrinha de milho de 2012, informou ao Valor Osmar Dias, vice-presidente de Agronegócios da instituição.

A vantagem do "pré-custeio" ao produtor, segundo o BB, é a possibilidade de comprar insumos, como sementes, adubos e defensivos, antes do tradicional movimento de elevação dos preços em razão do aumento da demanda às vésperas do plantio.

O financiamento para pré-custeio do algodão não terá limite de recursos, garante o diretor de Agronegócios do BB, Ives Cézar Fülber. "O banco está disposto a atender a toda a demanda que chegar", afirma. Assim como acontece com o milho, o teto será de R$ 500 mil por beneficiário.

No caso do milho, o BB havia destinado R$ 810 milhões ao pré-custeio no ano passado. Agora, espera chegar a R$ 1 bilhão. Neste ano, os adiantamentos para a safra de verão somaram R$ 3 bilhões desde abril.

O BB informa que os preços dos insumos aumentaram, em média, 15% no período próximo ao plantio da safra atual. "Quando não tem dinheiro para antecipar a compra, o produtor tem que aguardar o financiamento", diz o vice-presidente Osmar Dias. "Com isso, o fabricante de adubo e de herbicida espera. Quando o banco vai liberar o recurso, ele dá uma puxada no preço. Aí, o agricultor pega o dinheiro e já está pagando mais caro".

O diretor Ives Fülber estima que o adiantamento pode proporcionar ao agricultor uma economia de até 10% na aquisição dos insumos. "Comprando antes da hora ele evita a forte procura e consegue negociar. É uma simples ação que resulta em uma coisa muito boa para o produtor", afirma Fülber.

O vice-presidente Osmar Dias diz que, apesar dos juros, "fica mais barato" tomar o crédito adiantado. A decisão de contratar mais cedo é uma aposta. "Mas, como regra, tem sido vantajoso antecipar o financiamento. Apesar de pagar mais juro, pelo fato de pegar o empréstimo antes, o valor total a ser pago é muito menor do que o aumento que o produto vai ter", afirma Dias.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

Alho: Minas aposta na qualidade para concorrer com produto importado

Safra estadual deve alcançar volume 5,3% superior ao do ano passado.

Apesar das importações crescentes de alho pelo Brasil – entre janeiro e agosto de 2011 entraram no país 109,9 mil toneladas do produto argentino e chinês –, os agricultores mineiros investem no aumento da safra. O IBGE estima que a produção de alho em Minas Gerais neste ano vai alcançar 19,7 mil toneladas, volume 5,3% maior que o registrado no ano passado.

A colheita mineira prevista para este ano equivale a 16,6% da safra nacional, garantindo a vice-liderança do ranking brasileiro do alho, atrás apenas de Goiás. Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Subsecretaria do Agronegócio da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, o aumento da safra estadual é consequência principalmente da intensa utilização de tecnologia nas lavouras. “Por isso, a produtividade média de alho no Estado é de 12,1 toneladas de alho por hectare. Há dez anos, a produtividade era de 8,1 toneladas por hectare”, explica Albanez.

Primeiro colocado na produção estadual de alho, o Alto Paranaíba tem uma safra estimada de 13,8 mil toneladas, volume correspondente a cerca de 70% da safra estadual. Albanez avalia que o plantio, principalmente na região líder de produção, foi estimulado em 2011 pela recuperação de preço registrada em 2010, como consequência de uma redução temporária das importações de alho chinês.

Qualidade reconhecida

O agricultor familiar Oswaldo Júnior, que mantém o cultivo de alho em 18 hectares no município de São Gotardo, no Alto Paranaíba, diz produtor deve sempre investir na qualidade, independente da importação. “É necessário produzir sempre o nosso alho com qualidade exista ou não a importação. Além disso, o volume das compras externas do produto pelo Brasil pode cair, e nesse caso os preços internos serão mais compensadores.”

Oswaldo concorda que o alho nacional, especialmente o colhido nas lavouras mineiras, tem a preferência dos consumidores que valorizam a qualidade. A observação é compartilhada pelo extensionista Dener Henrique de Castro, que atua no município. “O produto de Minas Gerais tem qualidade reconhecida em todo o país, especialmente nos mercados de São Paulo, Recife e Amazonas”, explica.

A preferência do consumidor brasileiro pelo alho nacional também é citada por Eduardo Sekita, diretor do grupo Sekita, de São Gotardo, que trabalha com a parceria de 49 produtores em 190 hectares da propriedade. Esse contingente de agricultores familiares deve garantir ao grupo, em 2011, uma produção da ordem de 3,7 mil toneladas, ele informa.

“O grande problema é que as importações permitidas pelo governo federal possibilitam a venda do acho chinês por R$ 40,00 a caixa de dez quilos, enquanto no Alto Paranaíba o preço varia de R$ 42,00 a R$ 45,00, porque abaixo disso seria insuficiente para cobrir os custos de produção”, explica o executivo.
Segundo Sekita, outro aspecto que dificulta a situação dos produtores brasileiros é que o alho importado está presente em todo o país durante o ano inteiro. Já o produto colhido nas lavouras da maioria dos Estados chega ao consumidor em um período definido, de agosto a fevereiro, sendo que em Minas Gerais o abastecimento predomina numa faixa de tempo ainda menor, de agosto a janeiro.

Organização da produçãoSe

“Diante do cenário da importação de alho pelo Brasil, os agricultores devem buscar orientação junto às associações e cooperativas para desenvolver a produção programada”, recomenda o superintendente do Mercado Livre do Produtor (MLP) da CeasaMinas pela Subsecretaria de Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura, Lucas de Oliveira Scarascia. Ele diz que é fundamental para os produtores o acesso a informações sobre as tendências do mercado, política de abastecimento do país, situação do câmbio e interesse de outros países em colocar seus produtos no Brasil.

FONTE: SECRETARIA DE AGRICULTURA DE MG

quarta-feira, setembro 28, 2011

Produção aumentou quase 30% nos últimos cinco anos

De acordo com estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a segunda safra de milho no Estado aumentou 27,3% nos últimos cinco anos, enquanto que a área plantada registrou incremento de 19,8%. Na safra 07/08, o Mato Grosso cultivou 1,67 milhão de hectares e para a safra 11/12 a previsão é de atingir 2 milhões. Em relação à produção, o milho somou na temporada 07/08, 7,75 milhões de toneladas para uma previsão de 8,90 milhões de toneladas.

A expansão do grão se sustenta nas projeções de mercado que apontam para uma oferta e demanda em limites muito equilibrados, quando não há observações sobre demanda acima da produção.

De acordo com estudo lançado anteontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sobre as prospecções para a safra 11/12 – com base no relatório de oferta e demanda de setembro, divulgado pelo USDA -, persiste a perspectiva altista de preços de milho no mercado externo para a safra 11/12 como a redução nos estoques finais mundiais e norte-americanos. Na contramão, espera-se pelo aumento da demanda mundial pelo cereal, em função do aumento do apetite chinês, que deverá incrementar suas importações. Outro ponto destacado pelo USDA é a diminuição do volume de exportação dos Estados Unidos em 10,1%, em relação à safra 10/11 e de 16,7% em relação à safra 09/10, o que permite a entrada de outros exportadores, dentre eles o Brasil, já que a exportação mundial do milho aumenta em 11/12, quando comparada a 10/11. (MP)

terça-feira, setembro 27, 2011

Após inverno rigoroso, falta de chuva afeta cafezais no Brasil


As chuvas de primavera previstas para os próximos dias nas principais regiões de café do Brasil chegarão em baixos e insuficientes volumes para estimular floradas, e agrônomos consideram que a estiagem após um ano de frio intenso reduz o potencial produtivo das lavouras para a próxima safra (2012/13).

A demora para a chegada das chuvas nesta época é uma preocupação para os produtores, mas neste ano os temores são maiores porque os pés de café estão debilitados pelas baixas temperaturas deste inverno, que causaram até geadas em algumas áreas, disseram à Reuters agrônomos de três cooperativas de importantes regiões produtoras de café arábica.

'Este ano é um pouco diferente porque tivemos um inverno muito rigoroso e já são vários meses sem chuva, a umidade relativa do ar está muito baixa... então isso agrava mais as condições das lavouras', disse o gerente do Departamento Técnico da Cooxupé, Joaquim Goulart.

A Cooxupé, maior cooperativa de café do Brasil, situada no Sul de Minas, recebe por ano volumes equivalentes a mais de 10 por cento da safra de arábica do maior produtor mundial de café -- em 2011/12 o Brasil produziu 43,15 milhões de sacas, sendo 31,9 milhões de sacas de arábica.

'O potencial (da próxima safra) está comprometido, mas não temos como avaliar esse impacto. Tem lavoura que sofreu geada, que vai ter uma quebra, mas isso só em dezembro teremos condição de analisar melhor', disse.

O Brasil encerrou a colheita de uma safra de baixa no ciclo bianual do arábica, e chuvas são fundamentais para que em 2012/13, um período de alta na produção, o Brasil possa colaborar para reabastecer um mercado global que sofre uma escassez, especialmente do grão de alta qualidade.

'Estamos saindo de uma colheita... a condição climática para a colheita foi boa porque não teve chuva, mas para a planta não é a condição ideal.'

Segundo a Somar Meteorologia, as áreas de café de Minas Gerais e São Paulo, que respondem por quase 60 por cento da produção do arábica no país, recebem historicamente até 100 milímetros de chuvas em setembro, mas neste mês praticamente ainda não choveu nos cafezais.

A situação é semelhante a 2008, um ano de La Niña, fenômeno que normalmente atrasa a chegada das chuvas, e bem diferente do verificado no ano passado, quando ainda sob influência do El Niño, chuvas de 50 a 100 milímetros foram verificadas na região, segundo a Somar.

'Os mapas mostram uma semelhança com 2008. Lembro que 2009 e parte de 2010 tiveram influência do El Niño... A primavera começou... Uma frente fria chega à região, mas traz chuvas rápidas e de baixa intensidade no final de semana', disse a meteorologista da Somar Olívia Nunes, estimando um volume de chuva para o Sul de Minas de no máximo 5 milímetros.

Depois, não há previsão de precipitação até o dia 27.

Mais chuvas necessárias – Segundo agrônomos, para que os cafezais apresentem uma boa florada, são necessárias chuvas mais volumosas. 'Precisa ter pelo menos de 30 a 40 milímetros de chuva para abrir a florada', afirmou o gerente técnico da Cooparaiso, Marcelo Moura Almeida, em São Sebastião do Paraíso, cuja cooperativa recebe aproximadamente 1 milhão de sacas por ano.

'As lavouras estão bem abotoadas para abrir flores, mas está faltando chuva', acrescentou Almeida, lembrando que muitos cafezais perderam folhas dos ponteiros por causa do frio intenso.

O agrônomo também disse acreditar que parte dos cafezais está com o potencial prejudicado, por causa do frio e também devido à estiagem', especialmente aquelas lavouras localizadas em terrenos mais arenosos.

Roberto Maegawa, coordenador do Departamento Técnico da Cocapec, de Franca (SP), na Alta Mogiana, também vê redução no potencial produtivo. 'Lavouras com potencial para 80 sacas, já vai dar 60, visualmente, mas é muito cedo para falar', declarou ele, ponderando que novos cafezais, com sistemas radiculares menos profundos, sofrem mais.

A Cocapec costuma receber cerca de 1 milhão de sacas por ano.

FONTE:REUTERS

Café: Depois das fortes quedas, preços reagem e fecham segunda-feira em alta na NYBOT

Depois de cair aproximadamente 20% e zerar os ganhos acumulados em 2011 nas últimas semanas, os preços futuros do café arábica reagiram e registraram ontem a maior alta em cinco semanas na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em março fecharam cotados a US$ 2,3910 por libra-peso, uma elevação de 450 pontos. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, o mercado reagiu à notícia de que os estoques americanos de café verde são os mais baixos em 11 anos, com queda de 16% no ano. "A recente queda nos preços atraiu alguns compradores, e os fundos já venderam o que tinham de vender", acrescentou Alonso Tomas, um trader da INTL FCStone. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq subiu 1,37%, para R$ 507,43 por saca.

FONTE: VALOR ECONOMICO

Novidades tecnológicas na secagem do café

Engenheiro agrônomo e pesquisador em pós-colheita e qualidade do café - IAC

Uma secagem bem feita permite preservar a qualidade que já estava pré-determinada na lavoura. A qualidade do café é afetada por diversos fatores antes, durante e após a colheita. A secagem é, sem dúvida, uma das etapas mais importantes na definição da qualidade do café, e por isso grande atenção deve ser dada ao manejo do café, tanto em terreiros quanto em secadores. A obtenção de grãos de café de boa qualidade é essencial para proporcionar boa qualidade da bebida.

Novidades tecnológicas

A cada ano surgem novidades relacionadas à tecnologia de processamento e secagem que contribuem para a produção de cafés de melhor qualidade. No entanto, é preciso ressaltar que há produtores que se preocupam muito com as novidades, mas deixam de fazer o essencial para a obtenção de cafés de qualidade. As novidades que mais se destacam, recentemente, são as seguintes:
- Centrífuga: equipamento que remove a água superficial dos frutos inteiros ou descascados de café. Substitui o aerador na pré-secagem, evita que o café seja levado molhado para o terreiro e acelera o processo de secagem;
- Terreiro híbrido ou terreiro secador: consiste em um terreiro integrado com uma fonte artificial de calor, o que permite secar o café mesmo em períodos sem sol;
- Silo secador: equipamento normalmente utilizado para secagem de outros grãos (arroz e milho), utilizando baixas temperaturas. Foi adaptado para secagem de café e proporciona alta capacidade de secagem com custos relativamente inferiores aos da secagem convencional em terreiros ou secadores mecânicos. A qualidade depende da matéria-prima e do manejo do café, mas devido às características construtivas do equipamento e dinâmica de secagem pode ser mais apropriado para a secagem de cafés comuns. Não há dúvida que o silo secador apresenta uma série de vantagens, mas como em qualquer outro sistema de secagem, são necessários estudos técnico-científicos que possibilitem a verificação da qualidade do café, comparativamente a outros métodos.
Essas tecnologias são funcionais, mas a obtenção de resultados práticos depende da orientação que o produtor recebe e do correto manejo do café na colheita e pós-colheita.

Secagem do grão

Quando se deseja obter cafés de melhor qualidade a secagem não pode ser estática. Isso significa que o café precisa ser revolvido constantemente (10 a 20 vezes ao dia), desde o início até o final da secagem.
No início da secagem o revolvimento constante acelera a remoção da água superficial do café e evita que ocorram fermentações que causam prejuízo à qualidade. Do meio para o final da secagem o revolvimento constante promove a redistribuição do calor, facilita a remoção de água, evita o superaquecimento dos grãos e uniformiza a secagem, preservando a qualidade e evitando que os grãos fiquem manchados.

Alerta

Uma secagem mal feita pode afetar a qualidade de várias maneiras. Secagem muito lenta pode favorecer a ocorrência de fermentações e causar o aparecimento de grãos ardidos, com reflexos negativos na bebida.
Secagem com temperaturas muito elevadas causa perda de coloração e ressecamento dos grãos, deixando-os com cor desuniforme e quebradiços e deprecia também a qualidade da bebida. Mau manejo na secagem leva à obtenção de lotes desuniformes quanto à qualidade da bebida, teor de água e coloração de grãos.

FONTE: REVISTA CAMPO & NEGOCIOS

segunda-feira, setembro 26, 2011

Nova tecnologia verde amarela ajudará produção de feijão com segurança

Uma das doenças mais importantes da cultura do feijoeiro, no Brasil, é o mosaico dourado. Essa doença é causada por um vírus que é transmitido por um inseto-praga chamado mosca branca, a qual coloniza também muitas espécies de plantas cultivadas e selvagens.

Somente no Brasil as perdas devido a essa praga é estimada entre 90 e 280 mil toneladas de grãos anualmente, quantidade que seria suficiente para alimentar entre 6 e 20 milhões de brasileiros adultos. Além disso, pelo menos 200.000 hectares estão atualmente inviabilizados para o cultivo do feijoeiro.

A Embrapa desenvolveu, com a utilização da engenharia genética, um feijão resistente a essa doença. Devido ao fato de não haver no Brasil sistemas de cultivo ou feijoeiros convencionais que possam prover níveis adequados de resistência ao mosaico dourado, a Embrapa buscou uma alternativa biotecnológica para desenvolver feijoeiros resistentes.

Para isso foi utilizada uma técnica revolucionária, ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina de 2006, chamada de RNA interferente. Esse mecanismo que levou à resistência ao mosaico dourado não é baseado em proteínas, e já é muito bem conhecido pelos pesquisadores.

Esse feijão foi desenvolvido em um período de 10 anos e estudado por quase uma centena de pesquisadores brasileiros em dez instituições públicas. Os estudos foram conduzidos em condições de solo e clima representativo das áreas em que se cultiva 90% do feijoeiro comum no Brasil. Foi feita uma comparação nutricional com 5 tipos de feijão cultivados por 5 anos nas regiões Centro Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. Os resultados obtidos mostram que esse feijoeiro é tão seguro para o meio ambiente ou para o consumo por humanos quanto os feijões que já são cultivados no Brasil. Essa tecnologia deverá reduzir sobremaneira a necessidade de aplicação de inseticidas no controle do inseto transmissor da doença (mosca branca), com ganhos econômicos e ambientais importantes.

Entendendo que os estudos de biossegurança realizados com o feijão resistente ao mosaico dourado são suficientes para demonstrar sua segurança para o meio ambiente brasileiro e para a saúde humana, a Embrapa requereu à Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio) a sua aprovação para cultivo comercial. Um dos valores que pautam a conduta da Embrapa é a responsabilidade socio-ambiental, que garante que as tecnologias por ela geradas visem sempre o benefício da agricultura , com o necessário cuidado à sustentabilidade do meio ambiente, e o benefício da sociedade brasileira. O feijoeiro trangenico da Embrapa não é uma exceção a esta regra. A Embrapa acredita firmemente que esta nova ferramenta trará grandes benefícios para produtores e consumidores deste alimento, que não pode faltar na mesa dos brasileiros.

FONTE: EMBRAPA

Distorções tributárias afetam a cadeia produtora de café

Por mais que as autoridades se esmerem em modelar predições, usando sofisticados métodos computacionais, dificilmente se terá certeza dos resultados no mundo real.

A possibilidade de mudanças na legislação do PIS/Cofins para a cadeia de café tem provocado controvérsias e um grande debate no setor.

Sabe-se que em um mundo de incertezas é impossível prever todas as implicações de uma política pública.

Por mais que as autoridades se esmerem em modelar predições, usando sofisticados métodos computacionais, dificilmente se terá certeza dos resultados no mundo real.

Em primeiro lugar, tem-se a dificuldade de prever todos os efeitos sistêmicos derivados de uma política. No caso de uma tributação, as peculiaridades de cada setor representam um empecilho.

Qual a alíquota que deve ser imposta de forma que os ganhos de receita sejam maiores que os custos da tributação? Qual a possibilidade de as empresas repassarem o tributo para os consumidores? Se essa possibilidade existir, será que haverá isonomia de efeito entre as empresas que compõem o setor? Diz a teoria que as empresas com maior poder de mercado têm mais capacidade de repassar aumentos tributários para os consumidores. Isso pode criar um impacto indesejado para a economia?

Outro conjunto de incertezas se refere ao ambiente externo. A modificação de uma política nos países desenvolvidos, por exemplo, pode afetar as taxas de juros, o câmbio no Brasil e, indiretamente, modificar os resultados esperados da tributação e na competitividade do setor.

Por fim, um terceiro efeito pode surgir: o rearranjo natural das empresas à restrição imposta pela política visando diminuir o ônus da tributação.

Isso pode ocorrer por meio do aproveitamento de brechas na legislação ou pelo uso de artifícios fraudulentos de difícil verificação.

Um exemplo da dissintonia entre o resultado esperado e o obtido foi a medida que instituiu a cobrança do PIS/Cofins sobre as vendas de café verde e estabeleceu créditos presumidos para as empresas exportadoras.

Com o propósito de incentivar as exportações, a tributação gerou efeitos considerados perversos para a cadeia produtiva.

O próprio setor admite que foi necessário um tempo considerável para perceber essas distorções.

De um lado, se ressentem as empresas exportadoras de café verde que só atuam no mercado internacional, pois têm dificuldade de reaver os créditos tributários. Isso leva à diminuição das vantagens competitivas das empresas apenas exportadoras.

De outro lado, se ressentem as torrefadoras que só atuam no mercado brasileiro, pois têm desvantagens ao pagar os tributos.

Aqui, o forte processo de concentração no mercado brasileiro de torrado e moído seria a principal prova dessa realidade.

Dessa forma, sabendo que toda política tributária tem caráter distributivo e considerando as distorções da política atual, resta saber o que se deseja para o setor: a manutenção do status quo ou a realização de reformas, embora a incerteza impeça que os impactos das mudanças sejam totalmente previstos.

Milho: Inicia safra 11/12 com boas expectativas ao produtor


Satisfeitos com os resultados deste ano e na expectativa de preços atrativos para a nova safra, produtores brasileiros consultados pelo Cepea devem aumentar a área de milho tanto na temporada de verão quanto na segunda safra de 2011/12.



Segundo dados da equipe de custos agrícolas do Cepea, já estão ocorrendo negociações de insumos para a segunda safra do ano que vem, especialmente nas regiões do Cerrado e, em grande parte, baseadas na troca do cereal pelo adubo.

Tradicionalmente, a compra de fertilizantes para o milho era efetivada a partir de outubro. Neste início de setembro, no mercado interno, a demanda segue firme e a oferta, relativamente baixa. Segundo pesquisas do Cepea, produtores buscam negociar seus estoques apenas quando há oportunidades de preços, focando-se no cultivo da nova safra nos principais estados produtores de verão.

Entre 5 e 12 de setembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP; valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa de desconto CDI) subiu 1,24%, fechando a R$ 31,72/saca de 60 kg na segunda-feira. Se considerada a taxa de desconto NPR, na região de Campinas, o preço médio à vista foi de R$ 31,12/sc de 60 kg na segunda, aumento de 1,47% no mesmo período.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

sexta-feira, setembro 23, 2011

Alta do dólar neutraliza queda de preços do café no mercado internacional

São Paulo- A disparada da cotação do dólar em relação ao real permitiu aos produtores e exportadores agrícolas compensar as quedas de preços no mercado internacional de commodities e, no caso do café, não foi diferente. Mas a alta não deve se sustentar por muito tempo. Segundo estimativa do diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, o valor da moeda norte-americana vai cair, “não para o mesmo nível que estava, em torno de R$ l,60, mas deve ficar próximo de R$ l,75”.

No início do dia, a cotação atingiu R$ l,95, mas, em uma hora, baixou para R$ 1,87 após as intervenções do Banco Central, que fez operações de swap cambial (compra e venda de moeda no mercado futuro). A autoridade monetária vendeu US$ 2,7 bilhões em contratos futuros, de um total ofertado de US$ 5,6 bilhões. Só este mês, até às 14h20 de hoje, o dólar se valorizou 15,95%.

Na avaliação do dirigente do Cecafé , uma crise de liquidez dos bancos europeus “pode levar à busca de proteção no mercado do dólar”, alimentando a valorização da moeda norte-americana. No entanto, conforme ponderou, o dólar já estava bastante desvalorizado no Brasil. “Nesse momento em que os preços internacionais do café e de outras commodities tiveram forte queda, a desvalorização da moeda [real] vai permitir a manutenção dos preços internos e compensar um pouco a queda dos preços internacionais”, disse Guilherme Braga.

De acordo com ele, em razão da crise econômica que atinge os Estados Unidos e os países da zona do euro, os preços do café chegaram a cair 3,5% ontem. Apesar do ceticismo dos analistas em relação às medidas tomadas pelos Estados Unidos para evitar uma recessão e das incertezas referentes ao endividamento da Grécia, de Portugal e da Itália, estão mantidas as projeções de crescimento de 10% da receita de exportação do café brasileiro. O valor deverá passar de US 7,4 bilhões para US$ 8,2 bilhões, com 32 milhões de sacas embarcadas, ante 33 milhões no ano passado.

Edição: Vinicius Doria

Soca seca: período ideal para herbicidas

Momento permite aplicação na pré-emergência de plantas daninhas, eliminando a competição em quase 100%

As plantas daninhas podem causar perdas de até 80% na produtividade do canavial, dependendo da pressão de infestaçao. Nesse contexto, a soca seca é um momento oportuno para realizar o manejo dessas plantas, já que nesse caso, a aplicação dos herbicidas seria feita em pré-emergência, eliminando em praticamente 100% a competição causada pelas plantas daninhas. Como mais uma alternativa para o produtor rural, a Bayer CropScience oferece o herbicida pré-emergente Provence, que promete controlar com eficiência a digitaria nuda, uma espécie de capim colchão que se tornou importante nos últimos anos, além das demais gramíneas que infestam a cultura.

Segundo João Pivetta, gerente de cana-de-açúcar da Bayer CropScience, o manejo das plantas daninhas pode ser feito ao longo de todo o ciclo da cultura, seja nas épocas chuvosas ou nas secas. Nas épocas chuvosas, o manejo é feito geralmente na pós-emergência das plantas daninhas, o que oferece o risco da mato competição. No período seco, todas as aplicações são feitas na pré-emergência, eliminando esse risco em até 100%, praticamente.

Antes da aplicação de herbicidas, é importante que o produtor tenha um histórico muito claro sobre sua área, como conhecer profundamente quais plantas infestam sua região e aquelas que predominam na sua cultura. Ele deve saber também sobre a pressão de infestaçao com a qual essas plantas se manifestam na área, conhecer o tipo de solo com o qual está trabalhando, além de noções sobre tecnologia de aplicação — afirma o gerente.

Pivetta diz que sempre que o produtor trabalhar com produtos químicos é importante que ele tenha cuidados básicos com relação ao manuseio desses produtos, como a utilização de equipamentos de segurança. Outros pontos importantes na questão da aplicação que envolvem a segurança do aplicador e a eficácia da colocação do produto no campo são as condições climáticas. De acordo com ele, o produtor deve evitar ventos fortes e baixa umidade relativa, por exemplo.

O gerente conta ainda que a premissa básica para o manejo de plantas daninhas é que o produto seja aplicado uma única vez. No entanto, como ele explica, existem situações onde haverá a necessidade de realizar uma catação no sentido de controlar as plantas daninhas que por ventura possam ter escapado do controle principal.

Como mais uma alternativa disponível no mercado para controlar o problema de plantas daninhas que afetam o canavial, Pivetta cita o Provence, um herbicida pré-emergente produzido pela Bayer CropScience.

Ele conta com excelente ação graminicida, sendo um dos poucos produtos que controlam com eficiência a digitaria nuda, uma espécie de capim colchão que se tornou importante nos canaviais, além de outras espécies de plantas daninhas que atacam a cultura — afirma.

FONTE: WWW.PORTALDOAGRONEGOCIO.COM.BR

Pesquisa aponta aumento no custo de produção da cana-de-açúcar

Produtores de São Paulo devem ter acréscimos entre 10% e 15% na comparação com a safra 2010/2011

O custo de produção de cana-de-açúcar está maior no país de acordo com uma pesquisa feita pelo Centro de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege) da Esalq, a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O Estado de São Paulo, que concentra a maior parte da produção nacional, apresentou a maior valorização. O preço da cana na região de Piracicaba passou de R$ 57 para R$ 67 por tonelada, de uma safra para outra.

O produtor rural José Adailton Butini produz cana na região de Piracicaba (SP) e arrendou 90% dos 1,1 mil hectares que plantou. Na safra que está sendo colhida agora, ele espera tirar 80 mil toneladas de cana. De acordo com o produtor, o custo para produzir está maior. Na safra passada ficou, em média, R$ 57 por tonelada. No período atual ele calcula o custo em R$ 65 por tonelada.

O custo maior não é uma realidade só da região de Piracicaba. Em todo o Brasil está mais caro produzir e todos estão sujeitos as mesmas variações de preço no mercado. A diferença de resultado está na forma como esse custo de produção é administrado em cada propriedade.

Eficiência é a palavra chave, afirma o pesquisador da Pecege/Esalq Leonardo Zilio. Ele participou do estudo feito pelo Pecege. Na média nacional, ficou entre 2% e 2,5% mais caro produzir cana, comparando as safras 2010/2011 e 2009/2010. Em Estados como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul o custo foi 5% mais baixo. Na região Nordeste a queda foi de 2,5%. No Estado de São Paulo o custo de produção aumentou 5%.

A valorização da terra, a mão de obra e a queda na produtividade estão entre os fatores de maior impacto no custo. No entanto, em propriedades com maior uso de tecnologias e maior área, o custo é menor. De acordo com Zilio, a tendência é de a cana manter o preço em alta e os custos de produção também. Nesta safra, só em São Paulo, o pesquisador calcula que o custo deve ser de 10% a 15% maior em relação a safra 2010/2011.

FONTE: WWW.PORTALDOAGRONEGOCIO.COM.BR

quinta-feira, setembro 22, 2011

Aperto da oferta de café fortalece produtor do Brasil


Produtores de café do Brasil terão posição privilegiada na negociação de seus estoques no longo período entressafra, de outubro a maio, após a colheita da safra "de baixa" produção do ciclo bianual do arábica e com o crescimento da demanda.
A demanda global pelo produto continua crescendo apesar da turbulência econômica dos últimos anos, enquanto o crescimento da oferta continua em ritmo mais lento, com as árvores do Brasil levando tempo para responder à melhora do uso de insumos.
Corretores locais dizem que a realização de acordos entre produtores e importadores de café está cada vez mais difícil, com a volatilidade dos preços futuros levando agricultores a resistirem, com esperanças de melhores negócios.
"O café do Brasil vai continuar caro, pois os produtores estão no banco do motorista. Eles estão vendendo muito pouco e estão muito disciplinados, e a demanda está grande. É um mercado dos produtores", disse o trader John Wolthers, da Comexim.
Apertando ainda mais a situação este ano estão as previsões de aumento de 5 por cento no consumo de café no Brasil, um grande mercado que deve superar os Estados Unidos, tirando-os do primeiro lugar no início de 2012, caso o ritmo de crescimento continue alto.

Demanda

O Brasil tem demandado mais qualidade e quantidade, aumentando sua presença no mercado de bons cafés naturais e lavado. Além disso, mais consumidores entram no novo mercado de máquinas caseiras de café expresso, precisamente os tipos que os importadores mais querem.
A RC Consultores prevê que os estoques brasileiros acabem no final da temporada, que vai de julho de 2011 ao fim de junho de 2012, no mesmo nível que estavam quando a temporada começou - logo abaixo das 4 milhões de sacas.
Trabalhando com as estimativas comparativamente altas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de produção em 49,2 milhões de sacas, a RC prevê que a quantidade será inteiramente absorvida pelas 29 milhões de sacas para exportação e 20,1 milhões de sacas para o consumo local.
Um cenário do meio do caminho, baseado em estimativas de exportadores de entre 46 e 48 milhões de sacas, pode levar o mercado à uma condição de aperto ainda maior.
Guilherme Braga, diretor do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafe), disse acreditar que a perspectiva de aperto da oferta, aliviada de certa forma pelo aumento dos estoques em centros importadores este ano, manteria o mercado sustentado durante a entressafra. "Isso não significa que os preços vão explodir ou cair. Essa situação deve manter os preços firmes", disse.
Os futuros do café subiram estavelmente nas duas últimas semanas, atingindo máxima de 2 meses e meio na quinta-feira, a 2,7550 dólares por libra-peso, por compras técnicas, de especuladores e também por aquelas orientadas pelos fundamentos.
Sérgio Carvalhaes, da corretora Carvalhaes no porto de Santos, o maior para embarque de café, disse que a menor colheita deste ano resultaria em retenção e discussões acerca dos preços.
As condições econômicas globais podem limitar o aumento dos preços, mas por ora, em opinião de Carvalhaes, as cotações devem continuar a tendência de alta. "Caso essa crise (econômica) não piore, é quase certo que o café continue subindo", disse, acrescentando não esperar uma grande turbulência econômica.

FONTE: REVISTA CAMPO & NEGÓCIOS

quarta-feira, setembro 21, 2011

Mudas de alta qualidade O começo para um plantio de sucesso

O êxito do investimento na silvicultura de produção está diretamente relacionado com a qualidade das mudas utilizadas no plantio. Mudas de elevado padrão de qualidade tendem a suportar condições adversas no campo após o plantio, proporcionando assim elevadas taxas de sobrevivência (95% a 99%). Tal fato diminui ou até mesmo evita o replantio, que é uma operação onerosa.
Além disso, mudas de boa qualidade geralmente apresentam maior crescimento em campo, quando comparadas a mudas de qualidade inferior. Este maior crescimento reduz a frequência dos tratos de manutenção de povoamentos recém-implantados.
Bruna Anair Souto Dias, doutoranda em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa, especialista em Silvicultura, ressalta que além da escolha por mudas de alto padrão de qualidade para o plantio, devem-se adotar práticas adequadas de preparo de solo, combate a formigas, adubação e eliminação de matocompetição.

Características da muda de qualidade

Na determinação da qualidade das mudas para o plantio, os parâmetros utilizados baseiam-se nos aspectos fenotípicos (morfológicos), tais como a altura e o diâmetro das mudas, e nos aspectos internos das mudas (fisiológicos), como o potencial hídrico, estado nutricional e ecofisiologia de raízes.
Estes aspectos dependem da qualidade genética e procedência dos propágulos ou das sementes utilizadas na produção das mudas, das condições ambientais e técnicas de produção, das estruturas e equipamentos utilizados no viveiro.
Entre essas características, Bruna Dias diz que os parâmetros morfológicos são os mais utilizados para determinação da qualidade de mudas devido à praticidade de mensuração comparados aos fisiológicos. "Vale ressaltar que o padrão de qualidade varia de acordo com a espécie e, para uma mesma espécie, entre diferentes sítios ecológicos", acrescenta.
De forma geral, a muda ideal deve possuir o tamanho adequado para atender a especificidade do plantio, apresentar sistema radicular bem desenvolvido e agregado ao substrato, bom aspecto fitossanitário (ausência de pragas, doenças e plantas daninhas); bom estado de rustificação (mudas "maduras"), além de bom aspecto nutricional (ausência de sintomas de deficiência de nutrientes).
Neste sentido, o potencial genético, a sanidade e a conformação do sistema radicular das mudas são extremamente importantes para a sobrevivência e crescimento das mudas após o plantio, e consequentemente, para a produtividade do povoamento.

Critérios na escolha

O primeiro passo para não errar na escolha das mudas destinadas ao plantio florestal é definir a espécie ou o material genético (clone) que atenda ao objetivo do produtor e que seja adequado às características edafoclimáticas da região onde será efetuado o plantio.
Após definir a espécie ou clone, Bruna Dias recomenda contatar com antecedência (alguns meses antes do plantio em campo) todos os viveiros potenciais para fornecimento das mudas, consultar se há as mudas de interesse disponível ou se será necessário encomendá-las.
Analisar também o valor do lote de mudas e o frete e forma de entrega até a área do plantio. Caso seja possível, é interessante visitar o viveiro antes de adquirir as mudas, conhecer sua estrutura e o processo de produção das mesmas. Observar qual o recipiente usado para a produção das mudas, sendo os mais comuns os sacos plásticos e os tubetes de polietileno.
Os sacos plásticos são mais usados em viveiros de espécies florestais nativas e para arborização urbana, porém, apresentam a desvantagem de enovelamento do sistema radicular. Na produção de mudas para florestamento ou reflorestamento, a especialista confirma que a tendência é a substituição de sacos plásticos por tubetes, que apresentam as vantagens de menor incidência de pragas e doenças e melhor estruturação do sistema radicular, em comparação com os sacos plásticos.
Outro cuidado importante ao adquirir mudas florestais, caso estas sejam oriundas de sementes, é questionar a forma de manejo das mudas, se foram obtidas por semeadura direta no recipiente ou semeadura em sementeiras e repicadas para o recipiente. "Esse cuidado evita a aquisição de mudas com sistema radicular mal formado ou enovelado, oriundas comumente de repicagem mal conduzida", alerta Bruna Dias.

FONTE: REVISTA CAMPO & NEGÓCIOS

Nutrição reduz doenças e aumenta o sabor das hortaliças

Programas nutricionais nada mais são do que sugestões de fertilizantes para aplicações ao longo do ciclo de cultivo com dosagens pré-estabelecidas. Servem de referência para as aplicações, mas não levam em consideração as flexibilidades de aplicações de acordo com variações que podem ocorrer, como chuvas, correções de níveis de salinidade ou de pH na solução do solo, ou ainda identificação de imobilização de certos nutrientes como P, Ca ou K.
Por isso, quanto mais tecnificado for o agricultor mais ele deve evitar adotar um programa nutricional pré-definido, que muitas vezes é recomendado por empresas de sementes ou de fertilizantes com finalidades comerciais, mas que induzem o agricultor desassistido a decidir sobre as doses de nutrientes a serem aplicadas.

Resistência das plantas

Segundo o engenheiro agrônomo, especialista em hortifruticultura e gerente de Negócios Fertilizantes Especiais da ICL Ferlizantes, Luiz Dimenstein, não existe relação direta entre nutrição e resistências das plantas ao ataque de pragas e doenças. "Apenas se supõe que qualquer indivíduo bem nutrido é mais tolerante e resiste melhor a ataques de patógenos e pragas, assim como também suporta melhor o stress ambiental. Há, contudo, certos nutrientes que ajudam diretamente, como o silício, que forma uma parede celular mais espessa e, portanto, passa a ser uma barreira física contra ataques de certos insetos", explica.
O fertilizante MKP (Mono Potássio Fosfato) tem efeito comprovado contra oídio em uva, tomate, melão, abobrinha, pepino e outros cultivos, embora ainda não se tenha uma explicação que justifique o mecanismo de ação desse fertilizante sobre tal doença fúngica específica.
Outro caso bastante conhecido diz respeito ao fosfito (PO3-), que tem ação contra alguns fungos, como míldio, phytophthora e outros. Esse fosfito vem acompanhado de algum nutriente, que é um cátion como K, Zn, Mg, Cu, entre outros. Porém, Luiz Dimenstein informa que o fosfito não tem ação nutricional como fonte de P, ao contrário do fosfato (PO4-), que fornece o nutriente.

Sabor

O elemento do sabor é o potássio, embora ele não esteja sozinho nessa tarefa. Sabemos que K é um regulador osmótico com alta mobilidade na planta e chega aos frutos como elemento mais abundante. No metabolismo, K age como ativador enzimático de mais de 60 enzimas, muitas das quais se expressam durante a maturação dos frutos.
"Na formação do sabor o brix aumenta como uma combinação de atividades enzimáticas para quebra dos carboidratos, que são amidos e polissacarídeos, e isso demanda muita energia. Então, na fase de pré-maturação a formação de moléculas ricas em energia demanda fósforo para produzir ATP, e assim a carência de P limita o potencial de se obter altos teores de brix, seja em hortaliças, frutas ou mesmo em cana", detalha Luiz Dimenstein.
O suprimento de P via solo na fundação com fertilizantes não solúveis em altas doses pode ser limitante por sua ineficiência, e não estar disponível às plantas no momento de maior demanda. Portanto, o fracionamento de pequenas e frequentes doses de P solúvel via fertirrigação permite que o elemento esteja livre e disponível na solução do solo antes deste secar, causando sua imobilização.
O fósforo também pode ser complementado via aplicação foliar e, para isso, os mais adequados fertilizantes solúveis são MAP purificado e MKP.

Influência

Outra influência da nutrição no brix é baseada nos vários fertilizantes que vão compor um coquetel de sais (fertilizantes) e diferentes nutrientes que, juntos, causarão uma salinidade dentro do chamado bulbo molhado nos cultivos irrigados.
"O importante no manejo é ter o controle dos níveis de salinidade por meio da condutividade elétrica (CE) da solução do solo. A alta CE dificulta as raízes na absorção de água, que ocorrerá em ritmo mais lento e com bastante soluto. Portanto, com menos água entrando na planta os frutos ficarão com maior concentração de sólidos solúveis totais, ou seja, aumento do Brix", pontua Luiz Dimenstein.

Agricultura ecológica

Na agroecologia há uma teoria chamada de profonbiose, que defende que toda espécie de nutrientes e de solúveis que a planta não consegue metabolizar pelo processo da fotossíntese é liberada na seiva, que atrai pragas e doenças. Isso porque os patógenos são organismos vivos que se mantêm de substâncias simples chamadas de radicais livres, facilmente encontradas na seiva.
"Quando fazemos nutrição da planta com minerais e adubos de lenta liberação, a planta consegue fazer a fotossíntese para transformar todos os nutrientes em proteína e as pragas e doenças não conseguem retirar da planta nenhuma seiva com substância simples", detalha o engenheiro agrônomo especialista em agricultura orgânica, Silvio Roberto Penteado, informando ainda que um dos princípios da agricultura ecológica é não usar adubo solúvel nem adubo orgânico de rápida liberação de nutrientes, e sim produtos minerais e rochas moídas.
No caso de aplicar solúveis, optar por pequenas doses para que a planta consiga metabolizar e transformar em proteína, porque o inseto patógeno não consegue desdobrá-la. Um dos princípios de fazer teste de nutrientes na seiva é a adubação com adubos solúveis, seguido das podas e fatores climáticos.

FONTE: REVISTA CAMPO & NEGÓCIOS

Prazo do ITR vai até dia 30

O prazo para declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) termina no dia 30. Cerca de 2 milhões do total de 5 milhões de declarações ainda não chegaram à Receita Federal, apesar de o processo ter começado em 22 de agosto. O proprietário pode acessar o programa oficial disponibilizado pelo governo no site www.receita.fazenda.gov.br. A declaração é obrigatória e pode ser entregue em mídia removível nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal ou em formulário impresso à venda nos Correios.

FONTE: CORREIO DO POVO

terça-feira, setembro 20, 2011

Parcerias com empresas fortalecem melhoramento do tomate da Embrapa


O tomate é uma das hortaliças mais consumidas no Brasil. A produção, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), supera 3,8 milhões de toneladas e ocupa uma área de 61 mil hectares. Ele também é uma importante fonte de vitaminas A e C e de sais minerais como potássio e magnésio.

No entanto, muitas vezes, essa hortaliça ganha fama de vilã, por causa da grande quantidade de agrotóxicos utilizados na cultura. Um dos focos do projeto de melhoramento genético de tomate da Embrapa Hortaliças (Brasília/DF) é justamente gerar cultivares mais resistentes a pragas e doenças e, assim, reduzir a quantidade de aplicações de produtos químicos.

A iniciativa foi reconhecida com o quinto lugar na categoria Qualidade Técnica da Premiação Nacional de Equipes 2011, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo a coordenadora do projeto, a pesquisadora Maria Esther de Noronha Fonseca, o trabalho tem buscado gerar materiais com resistência às doenças mais importantes da cultura no Brasil, com frutos mais saborosos e com melhores características nutricionais.

Para isso, o projeto conta com uma equipe multidisciplinar que incorpora, em larga escala, ferramentas de bioquímica e biologia molecular avançadas no processo de melhoramento clássico. Isso acelera o processo de melhoramento e permite e incorporação de características desejáveis, como resistência a doenças, de forma mais eficiente.

Entre os resultados do projeto destacam-se dois materiais: o BRS Tospodoro, para processamento industrial e o BRS Fontana, que possui tolerância às principais espécies de Begomovirus (geminivírus) e resistência aos nematóides-das-galhas, entre outras doenças, além de altos teores do antioxidante licopeno e de açúcares.

Outra inovação do projeto, explica a pesquisadora, é o fortalecimento das parcerias com a iniciativa privada, seguindo os preceitos da Lei de Inovação. "Esta parceria permitiu reduzir o tempo entre desenvolvimento e adoção das tecnologias, tendo como ponta-de-lança os sistemas de comercialização agressivos e abrangentes das empresas parceiras. A participação de empresas privadas também abastece o projeto com as demandas dos consumidores, produtores e dos segmentos envolvidos na comercialização de tomate no Brasil", afirma Esther Fonseca.

Essa parceria está rendendo muitos frutos, literalmente. São os híbridos BRS Iracema, que atende o segmento tomate cereja; BRS Kiara, do segmento Santa Clara saladette, com resistência a begomovirus; BRS Nagai, do segmento saladette, com resistência a tospovírus e begomovírus; BRS Couto, do segmento Piccolo com resistência a begomovírus; BRS Montese, do tipo italiano com resistência a vira-cabeça e BRS Vivaldi, do segmento caqui longa-vida com resistência a begomovírus.

FONTE: www.cnph.embrapa.br

Cultivar de soja tem máxima produtividade

BRS Sambaíba alavanca produção na região de Mapito, antes com histórico de baixos índices de produção

Com um histórico de baixas produtividades quando o assunto era a cultura da soja, a região de Mapito, mais importante fronteira agrícola do Norte/Nordeste, tem contado com índices interessantes graças à introdução de uma variedade chamada BRS Sambaíba. Com uma produtividade média que gira em torno de 3000kg a 3600kg por hectare, a cultivar é a atual vencedora do concurso Desafio Nacional de Máxima Produtividade, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), com produtividade de 100,63 sacos por hectare.

Segundo com Dirceu Klepker, pesquisador da Embrapa Soja, essa soja foi lançada há bastante tempo pela Embrapa e as principais recomendações de manejo são o espaçamento em torno de 45cm e população entre 200 e 250 mil plantas.

É uma soja convencional que exige alguns cuidados com o manejo de plantas daninhas, mas tem apresentado ótimo desempenho, normalmente em áreas novas do Cerrado — afirma o pesquisador.

Com uma produtividade média que gira em torno de 3000kg a 3600kg por hectare, a Sambaíba apresenta ciclo bruto de maturidade de 9.3. No entanto, como ela é utilizada em diversas regiões do país, o ciclo pode variar em função da localização.

Ela não tem resistência específica a pragas. No entanto, tem mostrado boa tolerância às principais doenças que normalmente ocorrem no campo — acrescenta Klepker.

Para ele, o principal benefício da cultivar para o produtor rural é sua estabilidade quando o assunto é produtividade. Ele conta que dificilmente o produtor que utiliza essa cultivar tem surpresas no sentido de baixas produtividades.

Ela normalmente mantém uma produtividade média acima dos custos de produção da lavoura — garante.

O pesquisador conta ainda que essa cultivar mudou a história da soja, principalmente na região do Mapito, onde as produtividades eram bastante variáveis e habitualmente baixas. Klepker diz que, com o início do cultivo da Sambaíba, tem sido possível manter uma estabilidade produtiva bastante interessante na região.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Agronegócio, bebidas e celulose gastam mais com logística

Agronegócios, bebidas e papel e celulose são os setores da economia brasileira que mais gastaram com logística em 2010. É o que mostra a pesquisa Custos Logísticos 2011, divulgada pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), que apresenta dados sobre os custos de logística de 11 grandes setores da economia brasileira em 2010.

Enquanto a média geral de gastos foi de 8,5% em relação à receita líquida, o setor de agronegócios gastou 13,3% de sua receita líquida com logística, o setor de bebidas gastou 12,1% e o de papel e celulose, 11%.

Maurício Lima, diretor de capacitação do instituto e autor da pesquisa, afirma que o seguimento de agronegócios tem um gasto maior com logística “porque gera grandes volumes de baixo valor agregado” e precisa de maior infraestrutura de transportes.

Segundo ele, as grandes empresas de agronegócios estão fazendo investimentos em infraestrutura de transporte para escoar sua produção. No entanto, esse quadro limita o número de empresas capazes de competir globalmente.

Do outro lado, entre os que menos gastaram, estão os setores automotivo e autopeças, com 3,3% da receita líquida; eletroeletrônicos, com 4,9%; e higiene, limpeza, cosméticos e farmácia, com gasto de 7,0% em relação à receita líquida.

O estudo aponta ainda que quase metade das companhias (43%) tem dado prioridade igual à melhoria dos serviços e à redução dos custos com logística. Porém, 69% dos gastos com logística das empresas são atribuídos a terceiros, um valor total de R$ 270 bilhões por ano.

O estudo baseou-se nas informações de 99 empresas, todas pertencentes ao grupo das mil maiores empresas do Brasil. A pesquisa foi divulgada durante o XVII Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro.

FONTE: AGRONOTÍCIAS

Safra mineira de algodão mantém ritmo de crescimento

Aumento previsto é de até 5% em relação à safra anterior

O cultivo de algodão em Minas Gerais deve registrar aumento na área plantada na próxima safra (2011/2012). Se confirmada a expectativa será o segundo ano consecutivo de crescimento da cultura no Estado. Segundo o diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Lício Pena, o aumento deve ser de aproximadamente 5% em relação à safra 2010/2011, que está em fase final de colheita e ocupou 32 mil hectares.

No ano passado, a pluma foi cotada a R$ 120 a arroba (15 kg), bem acima da cotação média da safra anterior, que estava em torno de R$ 40. “Este preço estimulou o produtor a investir na cultura resultando num crescimento de 115% na área plantada em relação à safra de 2009/2010. Para a próxima safra, que começa a ser plantada nos meses de outubro e novembro, a tendência de crescimento se mantém. Os produtores mineiros podem ser influenciados pelo mercado internacional tendo em vista as condições climáticas desfavoráveis que atingiram as lavouras em alguns dos principais países produtores”, informa Lício Pena.

“A passagem do furacão Irene pela Costa Leste dos Estados Unidos, onde estão concentrados quase 10% da produção norte-americana, e o excesso de chuvas no Paquistão contribuíram para a redução da oferta do algodão no mercado mundial. Esses países ocupam, respectivamente, o terceiro e o quarto lugares no ranking dos principais produtores”, explica o Superintendente de Política e Economia Política Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez.

Na avaliação do superintendente, a conjuntura internacional sinaliza um cenário positivo para os produtores mineiros com mercado firme e manutenção de preços favoráveis. “O Brasil é o primeiro país a fazer a colheita e essas interferências climáticas nos países produtores, bem próximas da nossa época de fazer o plantio da próxima safra, garantme um cenário positivo para a cotonicultura no Estado”, confirma o diretor da Amipa

FONTE: www.megaminas.com

segunda-feira, setembro 19, 2011

Pulverização aérea em eucalipto

A pulverização aérea é interessante na área da silvicultura devido à extensão da área plantada, cultivada principalmente por eucalipto. As aplicações terrestres de defensivos, quando necessárias, têm dois complicadores - altura das árvores e baixo rendimento.

Vantagens

A vantagem da aplicação aérea, segundo Carlos Frederico Wilcken, professor da UNESP/Botucatu, é que se consegue fazer uma boa cobertura, com alto rendimento operacional. "Dependendo da calibração do avião, o rendimento é de até mil hectares por dia", calcula.

Para a maioria das pragas e doenças da silvicultura a pulverização aérea pode ser utilizada, principalmente naquelas áreas com mais de 100 hectares e com mais de seis meses de idade, quando as copas começam a se tocar, complicando a aplicação terrestre.

A frequência de aplicação depende da ocorrência da praga e da doença, que pode ser controlada em uma única aplicação, conforme a ação residual do produto químico utilizado.

Ação

O produtor deve ficar atento à presença de insetos e agir na hora certa. A pulverização aérea, normalmente, tem sido usada para o combate de lagartas desfolhadoras, e Carlos Frederico avisa que o sintoma da presença dessa lagarta é a desfolha. "Além de verificar os sintomas o produtor precisa observar também se a praga ainda está na área", recomenda.

A principal doença para qual a pulverização aérea tem sido utilizada é contra a ferrugem no eucalipto. Nesse caso é preciso fazer também a amostragem no ponteiro para constatar a presença das pústulas de ferrugem, observar o estágio que ela se encontra e então fazer a recomendação ideal de pulverização.

Viabilidade

A viabilidade da aplicação aérea depende da época do ano, mas os problemas de pragas ocorrem normalmente do outono ao inverno, ou seja, a partir de abril, principalmente com lagartas, e se estende até outubro/novembro, com a incidência de percevejos. Já no caso das doenças, principalmente a ferrugem, acontece no período chuvoso, geralmente entre o verão e o outono, de janeiro a abril.

Junto da aplicação aérea pode vir o georreferenciamento, que atribuirá maior segurança e confiabilidade aos dados. Desta forma, explica o professor da UNESP, o produtor pode desviar das áreas de preservação ambiental e das reservas legais, sem correr riscos de deriva.

Outra vantagem é que atualmente a maioria das empresas utiliza um sistema semelhante ao dos Estados Unidos e Canadá, chamado UBV (Ultra Baixo Volume), que utiliza qualquer volume abaixo de 10 litros por hectare. "Até cinco anos atrás a recomendação de aplicação era de 20 litros por hectare, o que, comparado com a aplicação terrestre, é muito menor, a qual chega a 200 litros, frente aos atuais quatro a cinco litros, com boa qualidade de aplicação do UBV", expõe Carlos Frederico.

A mistura acontece com óleo vegetal, que reduz os problemas de evapotranspiração e deriva, resultando em um bom controle. "Quanto mais rápido ele fizer essa aplicação, mais efetivo será o controle. Ainda não chegamos ao mesmo nível do Canadá, que aplica dois litros por hectare de uma mistura bem concentrada de produto, mas estamos a caminho", continua o especialista.

Preparo

O preparo para a pulverização aérea depende do produto que será aplicado e da recomendação do fabricante, que orientam exatamente como deve acontecer. As indicações de Carlos Frederico é que, quando do UBV, deve-se usar uma porcentagem de óleo vegetal normalmente mais alta, de 30 a 50% com óleo vegetal.

Nesse caso, o óleo vegetal tem duas funções: agir como anti-evaporante, pois gotas muito pequenas agindo nessa época do ano (agosto, setembro), quando é muito seco, correm o risco de secar antes mesmo de atingir a planta, deixando o produto suspenso no ar. Outra função do óleo é agir como espalhante adesivo, uma vez que essa gota cai na folha e se espalha, recobrindo melhor a folha e melhorando o controle.

Mudas de tomate enxertadas são a solução para ralstonia

A presença da bactéria Ralstonia solanacearum resulta na redução do transporte de água com consequente murcha das folhas, sem alteração na coloração da planta, semelhantemente ao que ocorre na deficiência hídrica, progredindo para a morte da planta. Após corte transversal do caule, observa-se o escurecimento do sistema vascular e quando o teste do copo é realizado, revela a exsudação do pus bacteriano.
Entre os dados está a perda quase total da produção.

Condições propícias

De acordo com a literatura, a bactéria é tolerante a sais e cresce em temperatura entre 25 a 35°C, variando em função dos isolados, bem como áreas de clima úmido, com altitudes baixa a média como em regiões tropicais e subtropicais, condições estas que favorecem a doença.

O manejo correto envolve:

- Rotação de cultura com gramíneas;
- Plantio em áreas novas;
- Evitar receber água de outras áreas de cultivo;
- Erradicar focos e aplicar cal virgem;
- Solo seco e pouco resto de cultura favorece o controle da bactéria;
- Limpeza.

Resistência

Não há cultivares e/ou híbridos comerciais de tomateiro resistentes, porém, existem porta-enxertos bastante tolerantes. Isto faz com que se obtenha mudas enxertadas com alta tolerância a este patógeno.

Incidência do patógeno

Em áreas com incidência muito elevada, tem se observado passagem do patógeno pelo porta-enxerto, chegando ao enxerto, causando murcha e ocorrendo até morte de plantas. Em alguns destes casos afeta a produção. Já em áreas com baixa incidência da doença, as plantas enxertadas resistem e elevam a produção.

Enxertia

A enxertia em hortaliças, tanto em tomateiro quanto em pepineiro e pimenteiro, ajudam na resistência a doenças e na salinização do solo, principalmente em áreas de cultivo intensivo. Dessa forma, a enxertia aumenta a produtividade em consequência do aumento de ciclo e também melhora a qualidade dos frutos destas culturas.

Custo

O custo de uma muda enxertada não poderá ser analisado somente no valor da muda, mas é necessário entender os benefícios que esta poderá dar de retorno ao produtor, principalmente em áreas com presença de patógenos de solo e alta concentração salina.
O preço de uma muda enxertada varia de acordo com os viveiros e dos híbridos utilizados. Nos viveiros mais tecnificados, idôneos, o custo chega a ser três vezes mais que uma muda pé-franco (muda não enxertada).
Chamamos a atenção neste aspecto ao adquirir mudas enxertadas. Por ser uma muda mais cara e utilizar duas sementes de híbridos, o custo naturalmente já é maior, incorporando a tecnologia da enxertia, mais o ambiente que as mudas enxertadas são colocadas e o tempo que levam a mais no viveiro, em torno de 15 a 20 dias. Todos estes aspectos têm que ser levados em conta.

FONTE:REVISTA CAMPO & NEGÓCIOS

Nova tecnologia dá início à fase de testes nas lavouras

Etapa é necessária para produção de variedades adaptadas às regiões.


Na primeira semana de outubro, 500 produtores de norte a sul do Brasil estarão testando no campo a Intacta RR2 Pro, inclusive em Mato Grosso. Nesta etapa de experimentação em campo, a Intacta ocupará um hectare em fazendas de sojicultores convidados pela Monsanto. Após a colheita, a produção deverá destruída, já que a licença do governo brasileiro permite somente a experimentação em campo com o objetivo obter o melhor da semente em cada região brasileira, como forma de buscar variedades adaptadas que assegurem o maior desempenho da Intacta, seja em proteção como em produtividade.

A Intacta RR2 Pro é a primeira desenvolvida fora dos Estados Unidos e voltada 100% à sojicultura nacional. A previsão é de que a oferta comercial da nova semente possa ser feita para a safra 12/13.

O líder da Monsanto em Soja para América Latina, Ernie Sanders, não revelou onde os testes serão realizados, mas entre os experimentos, em Mato Grosso, o Diário localizou um produtor de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá), município conhecido por difundir o uso de variedades mais precoces – ciclos mais curtos – para que se faça uma segunda safra na região, após a colheita da soja entre janeiro e fevereiro. Mas por questões de contrato, o produtor não pôde dar detalhes do projeto, mas se disse extremamente motivado com os resultados que a nova tecnologia poderá trazer a sua produção.

A preocupação com Mato Grosso trouxe Sanders ao Estado no ano passado. Ele esteve avaliando o potencial das variedades da nova soja Intacta. As variedades aprovadas foram registradas pela Monsanto no Brasil e serão essas plantadas pelos agricultores selecionados. Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil e tem previsão de colher na safra (11/12), mais de 21 milhões de toneladas, o que registraria mais um recorde de produção.

Questionado sobre o custo da nova tecnologia ao produtor, Sanders afirmou que a Intacta será mais cara em relação ao que o mercado está acostumado, mas não precisou valores ou percentuais para comparações. “A Intacta é um gene da tecnologia da Monsanto que será licenciada para nove multiplicadores da semente. Temos de dar poder de escolha ao produtor”.

Sobre o Brasil, Sanders frisa que o País é o único com potencial real de expansão da sojicultura e talvez o único no mundo com este potencial. “A Intacta é só o começo de uma plataforma de tecnologias para a América Latina. A própria Intacta, no futuro, será reforçada, trará mais genes, como de controle às ervas daninhas, rendimento intrínseco, resistência aos nematóides e até controle da ferrugem asiática”. Esses dois últimos estariam disponíveis depois de 2017, nos Estados Unidos, e os outros podem estar disponíveis no Brasil neste mesmo prazo.

FONTE: AGROLINK

sexta-feira, setembro 16, 2011

Alta produtividade em sistema plantio direto

Técnica aumenta teor de matéria orgânica do solo e deve estar aliada a insumos de qualidade na cultura do milho

Para produzir 15 toneladas de milho por hectare, não basta simplesmente aumentar a quantidade de insumos. É preciso que os produtores utilizem os insumos de forma racional e balanceada, explorando ao máximo as diferentes tecnologias hoje disponíveis no mercado. Entre todas as tecnologias, medidas de manejo como o Sistema Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária crescem cada vez mais. No entanto, o uso de milhos Bt e o tratamento de sementes ganham força até mesmo quando o assunto é a sustentabilidade.

Medidas para alcançar uma produção de 15 toneladas por hectare de milho em Sistema de Plantio Direto no Cerrado, ainda com baixo custo e de modo sustentável, foram apresentadas no 11º Encontro de Plantio Direto no Cerrado, que aconteceu entre os dias 23 e 25 de agosto, em Uberlândia, Minas Gerais.

Segundo José Carlos Cruz, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, a alta produtividade não tem sido conseguida de um ano para o outro, mas sim de forma gradual. Ele diz que esse é um processo através do qual o produtor vai aumentando seu conhecimento e o potencial produtivo do solo, obtendo assim ganhos sucessivos. Ele conta também que as áreas de alta produtividade têm em comum um manejo que prioriza a matéria orgânica do solo. Então, é importante que o produtor trabalhe com sistemas como o plantio direto e integração lavoura pecuária, aumentando o teor de matéria orgânica e a qualidade do solo.

O produtor deve ainda gerenciar sua lavoura conduzindo as operações de campo em um tempo oportuno, através de máquinas e equipamentos adequados que existem atualmente no mercado, aumentando a precisão da agricultura e utilizando insumos de alta qualidade de forma racional e balanceada — afirma o pesquisador.

Cruz explica que, com relação à cultura do milho, algumas tecnologias evoluíram rapidamente e que talvez a principal delas seja a semente. De acordo com ele, existem atualmente aproximadamente 500 cultivares diferentes disponíveis no mercado, sendo mais de 170 delas cultivares transgênicas, basicamente com tolerância às lagartas. Esse ano, já estão chegando ao mercado as cultivares transgênicas com resistência ao glifosato aplicado na pós-emergência. Além disso, a qualidade das sementes também melhorou bastante, como conta ele.

Hoje, associado à melhor qualidade de semente, melhor qualidade de plantio e melhor controle de pragas e doenças, deve estar a utilização adequada de fertilizantes. No caso de altas produtividades, a absorção e exportação de nutrientes aumentam. Além disso, fazendo uma adubação nitrogenada adequada, não se descuidando de aspectos como os micronutrientes e época correta de plantio, o produtor de milho alcança altas produtividades com alta rentabilidade — garante.

Aliando sustentabilidade

Para o pesquisador, é praticamente impossível obter alta produtividade sem ser sustentável. Isso porque, segundo ele, para um produtor obter alta produtividade, ele precisa melhorar a qualidade da produção através do sistema de plantio direto com a quantidade de cobertura do solo adequada. Com isso, trabalha-se a sustentabilidade do meio. Quando o assunto é a utilização de insumos, Cruz afirma que ela deve ser a mais eficiente possível, o que está dentro dos princípios de sustentabilidade para ele.

Já em relação ao controle de pragas, a utilização de milhos Bt tem ajudado muito em termos de sustentabilidade porque, antes da utilização de cultivares transgênicas, temos referências de regiões onde se aplicavam até 10 vezes inseticidas para controlar lagartas. Hoje, com os principais milhos Bt, não é preciso realizar nenhuma aplicação de inseticida para controle de lagartas, por exemplo. No entanto, é fundamental que se faça o controle de outras pragas — orienta.

O pesquisador fala também sobre o tratamento de sementes, que para ele, também é uma prática sustentável, já que é dividida e localizada. No entanto, Cruz ressalta que os produtores devem tomar cuidado com o controle de doenças, muitas vezes é feito em regiões onde não é necessário.

Feijão, tomate e batata pressionam preço da cesta

Quem for às compras nesta semana deverá notar que a maioria dos 64 produtos que compõem a cesta básica ficão mais caros. Em relação à pesquisa anterior da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, houve aumento de R$ 9,36. Os itens são encontrados nos supermercados por R$ 363,81.

Os preços dos alimentos, principalmente o do feijão-carioca, da batata e do tomate, estão média 18% mais caros. Segundo o diretor-presidente do instituto de pesquisa Fractal, Celso Grisi, o valor baixo pago ao produtor de feijão nas safras anteriores desestimulou o cultivo do grão. "A temporada de chuvas também retardou a colheita. Assim, há menos produtos no mercado." O quilo do feijão aumentou, em média, R$ 0,40, chegando a R$ 2,60.

Para o especialista em grãos da Bolsa de Cereais Rui Roberto Russomano, o aumento no preço final do feijão é atípico, haja vista que o valor pago ao produtor não aumentou. "A tendência é que o preço fique estável. Nas próximas semanas os consumidores terão à disposição grãos novos, mais fáceis para cozinhar", destaca.

No caso do tomate, a temperatura baixa registrada nas últimas semanas nas regiões produtoras do Norte paulista prejudicaram a produção. Isso porque o fruto necessita de calor acima de 20ºC para amadurecer. O preço médio do quilo foi de R$ 2,91 para R$ 3,42 (diferença de R$ 0,51). A boa notícia é que nos próximos 15 dias virá nova safra e os preços tendem a recuar.

Com a batata mais cara nesta semana, a opção para o consumidor é substituí-la pela mandioca. Em vez do tomate, o consumidor pode comprar pepino, beterraba ou abobrinha, que estão com valores mais atrativos ao bolso, sugere Grisi.

O executivo da Fractal pondera que algumas variedades de banana também encareceram devido às chuvas excessivas no Vale do Ribeira, em São Paulo. Entretanto, a pesquisa da Craisa aponta preços 3,61% menores. O quilo da fruta é vendido por R$ 1,87 ante R$ 1,94 na semana anterior (R$ 0,07 a menos).

ALTAS E BAIXAS - Entre os destaques da pesquisa feita pela equipe da Craisa está o frango resfriado. O quilo da mistura caiu 10,09%, com preço médio de R$ 4,01. Entre os cortes bovinos, o acém também ficou 1,40% mais em conta nos supermercados, custando R$ 9,84. Outros itens como bolacha maisena e farinha de mandioca torrada formam o grupo das principais quedas.

O economista da Fractal alerta que os consumidores deverão preparar o bolso, pois nos próximos meses alimentos como o arroz e o amendoim terão os preços reajustados. O motivo é que a área de produção dessas culturas foi diminuída por causa do preço ruim pago nas safras anteriores.



Hortifrúti da época ajudam a economizar 30%

Comprar frutas, legumes e verduras da época pode garantir economia média de 30%. A razão é que durante o período de safra, os alimentos têm melhor qualidade e maior oferta no mercado, o que reduz o custo. "Os hortifrúti têm muitas oscilações de preços. Quando tem oferta em abundância, fica mais barato comprar", diz o diretor-presidente do instituto de pesquisa Fractal, Celso Grisi.

O consumidor que durante o mês de setembro colocar no carrinho frutas como laranja, caju e banana-nanica gastará menos. No caso da banana, as fortes chuvas no interior de São Paulo elevaram o preço momentaneamente.

Para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a expectativa de clima mais ameno e incidência menor de chuvas nas regiões produtoras, os legumes e verduras deverão apresentar elevação do volume ofertado e recuo dos preços.

Na pesquisa da Craisa, no entanto, apenas a banana teve redução no valor nesta semana. Os demais itens de hortifrúti tiveram altas entre 4,75% e 18,18%.

FONTE: Do Diário do Grande ABC

Grãos em queda

Sinais de que as quedas das temperaturas na porção nordeste do Meio-Oeste dos Estados Unidos não causarão problemas sérios às lavouras americanas determinaram a queda das cotações de soja, milho e trigo na quinta-feira na bolsa de Chicago. Como os contratos futuros de segunda posição de entrega - normalmente os de maior liquidez - que estavam em vigor expiraram, o dia também foi de ajustes de posições por parte dos investidores.

No mercado de soja, os papéis para janeiro, que assumiram a segunda posição, encerraram o pregão negociados a US$ 13,7025 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos), em baixa de 23,50 centavos de dólar em relação ao seu fechamento na véspera - e não ao fechamento da segunda posição que estava em vigor até quarta (novembro).

No caso do milho, março, que assumiu a segunda posição, fechou a US$ 7,1475 por bushel (25,2 quilos), queda de 23,25 centavos de dólar conforme a mesma lógica aplicada no raciocínio da baixa da soja. No trigo, finalmente, a nova segunda posição (março) fechou a US$ 7,3125 por bushel (27,2 quilos), desvalorização de 6,75 centavos de dólar em relação à véspera.

No gráfico acima, o trigo aparece em alta porque os contratos de segunda posição que expiraram na quarta (dezembro) vinham sendo negociados em um patamar bem mais baixo do que os papéis para março. Para soja e milho, as diferenças eram menores. Na soja e no milho, as variações acumuladas da segunda posição em 12 meses são positivas - 30,2% e 40,6%, respectivamente, segundo o Valor Data. No trigo, é negativa (3,34%).

FONTE:www.suinoculturaindustrial.com.bR

quinta-feira, setembro 15, 2011

Valor Bruto da Produção supera R$ 200 bilhões

15/09
Algodão, café, uva, milho e soja apresentaram os maiores aumentos reaisEntre as principais lavouras, o algodão registrou maior aumento real no VBP com 88,7 %

O faturamento bruto das 20 principais lavouras do Brasil atingiu a marca de R$ 201 bilhões em 2011. Esse é o maior valor já obtido desde que a série de estimativas começou a ser feita em 1997. Segundo José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, e responsável pelo levantamento, os últimos três anos apresentam um crescimento sem interrupção no faturamento das lavouras. Com isso, os valores de 2011 foram 10,8% maiores que em 2010, quando o VBP chegou a R$ 181,4 bilhões.

Entre as principais lavouras, os maiores aumentos reais no VBP ocorreram no algodão (88,7 %), café (36,2 %), uva (45,7 %), milho (28,9 %) e soja (14,5 %). No caso da cebola, batata inglesa e trigo os resultados da renda em 2011 são inferiores aos do ano de 2010. A cebola, com VBP de R$ 787 milhões, teve redução de 61%; a batata inglesa, com queda de 25,66%, alcançou R$ 2,9 bilhões; e o trigo em grão teve baixa de 20,56%, atingindo faturamento bruto de R$ 2,1 bilhões em 2011. Segundo José Gasques, a redução de valor para esses produtos é resultado de produções mais baixas em relação a 2010 e, principalmente, de elevadas reduções dos preços ao produtor.Faturamento Regional
As estimativas regionais mostram aumentos expressivos do VBP no Nordeste (17,6%) e Centro-Oeste (37,1%) do país. Nas duas regiões os resultados favoráveis se devem ao bom desempenho do milho, da soja e do algodão. No Sudeste e Sul do país, os resultados foram estáveis, com o Sudeste mantendo 1,6% de crescimento e o Sul, 7%. No Norte, há uma tendência de redução do valor.

No Nordeste, em alguns estados como Bahia, que teve crescimento de 16,6%, os resultados favoráveis foram influenciados pelo aumento do VBP do café, da laranja e da banana. No Centro-Oeste, todos os estados apresentaram resultados positivos, com destaque para Mato Grosso, que teve 52% de crescimento no valor da produção.

Saiba mais

Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.

Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano.

FONTE: AGROLINK

terça-feira, setembro 13, 2011

FEIJÃO: Importação tende a crescer

A importação de feijão ficou acima de 100 mil toneladas nos últimos três anos e, em 2011, por causa das quebras climáticas registradas nas lavouras brasileiras, pode ultrapassar a previsão de 80 mil toneladas lançada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)


Os estoques estariam justos em regiões do país como a Bahia, segundo o Instituto Brasileiro de Feijão e Legumes (Ibrafe). Mesmo num ano de produção nacional 12,5% maior (3,74 milhões de toneladas), o suprimento aos baianos vem sendo complementado com a colheita de outras regiões devido à seca e às enxurradas que atingiram lavouras do Nordeste, informa a organização.

Feijão preto - A importação de feijão preto virou regra e se sustenta no fato de os distribuidores estarem pagando por produto trazido da China aproximadamente o mesmo valor do brasileiro. Por outro lado, a avaliação do Ibrafe é de que, na próxima temporada, a China – a exemplo do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos – também deverá produzir mais soja e, para isso, tende a usar áreas que eram destinadas à leguminosa.

Consumo - Apesar dos indícios de que o consumo per capita brasileiro de feijão está caindo – segue em 17,5 quilos por habitante ao ano –, o país ainda precisa de 3,55 milhões de toneladas anuais para abastecer o mercado interno. A Conab vem ampliando esse volume em 50 mil toneladas ao ano, considerando o crescimento populacional.

FONTE: GAZETA DO POVO

Nova tecnologia da Embrapa ajudará produção de feijão com segurança

Somente no Brasil, as perdas devido ao mosaico dourado são estimadas entre 90 e 280 mil toneladas de grãos anualmente

Uma das doenças mais importantes da cultura do feijoeiro, no Brasil, é o mosaico dourado. Essa doença é causada por um vírus que é transmitido por um inseto-praga chamado mosca branca, a qual coloniza também muitas espécies de plantas cultivadas e selvagens. Somente no Brasil as perdas devido a essa praga são estimadas entre 90 e 280 mil toneladas de grãos anualmente, quantidade que seria suficiente para alimentar entre seis e 20 milhões de brasileiros adultos. Além disso, pelo menos duzentos mil hectares estão atualmente inviabilizados para o cultivo do feijoeiro.

A Embrapa desenvolveu, com a utilização da engenharia genética, um feijão resistente a essa doença. Devido ao fato de não haver no Brasil sistemas de cultivo ou feijoeiros convencionais que possam prover níveis adequados de resistência ao mosaico dourado, a Embrapa buscou uma alternativa biotecnológica para desenvolver feijoeiros resistentes.

Para isso foi utilizada uma técnica revolucionária, ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina de 2006, chamada de RNA interferente. Esse mecanismo que levou à resistência ao mosaico dourado não é baseado em proteínas, e já é muito bem conhecido pelos pesquisadores.

Esse feijão foi desenvolvido em um período de 10 anos e estudado por quase uma centena de pesquisadores brasileiros em dez instituições públicas. Os estudos foram conduzidos em condições de solo e clima representativo das áreas em que se cultiva 90% do feijoeiro comum no Brasil. Foi feita uma comparação nutricional com cinco tipos de feijão cultivados por cinco anos nas regiões Centro Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. Os resultados obtidos mostram que esse feijoeiro é tão seguro para o meio ambiente ou para o consumo por humanos quanto os feijões que já são cultivados no Brasil. Essa tecnologia deverá reduzir sobremaneira a necessidade de aplicação de inseticidas no controle do inseto transmissor da doença (mosca branca), com ganhos econômicos e ambientais importantes.

Entendendo que os estudos de biossegurança realizados com o feijão resistente ao mosaico dourado são suficientes para demonstrar sua segurança para o meio ambiente brasileiro e para a saúde humana, a Embrapa requereu à Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio) a sua aprovação para cultivo comercial. Um dos valores que pautam a conduta da Embrapa é a responsabilidade socio-ambiental, que garante que as tecnologias por ela geradas visem sempre o benefício da agricultura, com o necessário cuidado à sustentabilidade do meio ambiente, e o benefício da sociedade brasileira. O feijoeiro transgênico da Embrapa não é uma exceção a esta regra. A Embrapa acredita firmemente que esta nova ferramenta trará grandes benefícios para produtores e consumidores deste alimento, que não pode faltar na mesa dos brasileiros.


FONTE: CANAL RURAL

Importações de soja da China caem 5% em comparação a agosto de 2010


Segundo dados da Administração Geral de Alfândegas e Portos da China, importações do grão somam 4,51 milhões de toneladas em agosto


As importações de soja em grão da China totalizaram 4,51 milhões de toneladas em agosto, com baixa de 5% sobre agosto do ano passado. Os dados são da Administração Geral de Alfândegas e Portos da China.

Na comparação com julho, a queda foi de 16%. No acumulado do ano, as importações somam 33,58 milhões de toneladas, com queda de 5,5% sobre o mesmo período do ano passado.


FONTE: AGENCIA SAFRA

quinta-feira, setembro 08, 2011

Preços do café devem continuar subindo, dizem especialistas

Grão teve o melhor desempenho entre os produtos agrícolas no mês de agosto

No mercado futuro brasileiro, o café teve o melhor desempenho entre os produtos agrícolas no mês de agosto. Segundo especialistas, a tendência é continuar assim. A situação econômica dos Estados Unidos e da Europa e a possível influência nas cotações ainda requerem atenção. Mas, por enquanto, o que dita o ritmo dos preços são baixa oferta, estoques reduzidos e consumo em alta.

O café mantém a tendência de alta no mercado futuro. O contrato para dezembro na BM&F Bovespa encerrou com elevação de 18,7%. Na bolsa de Nova York, resultado também positivo. No mesmo vencimento, a valorização foi de 16,88%. O analista de café da Gradual Investimentos, Roberto Trussardi de Almeida Prado, explica que as bolsas estão refletindo o cenário de oferta apertada e estoques baixos.

– O preço não deve ceder. Na minha opinião, de repente pode cair para US$ 330. Hoje o café na bolsa está US$ 370. Cair US$ 40 é muita coisa, mas, mesmo assim é um preço bom e eu acredito que, se cair, vai entrar bastante comprador.

O analista de café da Terra Futuros, Leonardo França, concorda. Para ele, os investidores devem, no curto prazo, realizar os lucros obtidos até agora para, depois, voltarem ao mercado.

– Como teve muito especulador no mercado, ele já entrou aproveitando essa alta. Ele teve que auferir ganho, zerando a posição comprada. Com isso, o mercado dá uma reduzida, pega mais volume embaixo, o mercado cai um pouco. Os compradores realizam aquele lucro para o mercado descer um pouco e ele comprar mais e aproveitar mais esse ganho que eles estão prevendo para o ano que vem – afirma.

No mercado físico, o preço também teve alta em agosto. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), houve uma valorização de 16,7%.

O café deve se manter em alta, diz o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. Os estoques vem caindo e ao mesmo tempo, o consumo vem crescendo.

– O equilíbrio entre a produção e o consumo mundial vai continuar precário, por isso nós não acreditamos em preços em declínio nos próximos dois ou três anos. Nós vamos ter bastante barrigada no mercado por causa de interesses de curto prazo, quando se abre florada, quando volta a chover, mas a tendência dos preços para o mercado de café arábica é continuar em um bom patamar para o produtor de café – afirma.

FONTE: CANAL RURAL

Governo e setor do café devem aproveitar momento de bonança, diz representante da Agricultura

Governo e setor do café devem aproveitar momento de bonança, diz representante da Agricultura
Alta do grão no Brasil deve encorajar políticas agrícolas a minimizar possíveis riscos no futuro


O secretário interino de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Edilson Alcântara, afirmou nesta segunda, dia 5, que o país vive um momento de "bonança" e que é preciso desenvolver modelos eficientes para se apoderar deste momento. Falando a uma plateia composta por representantes da cafeicultura nacional, ele destacou que pela primeira vez na história mundial do mercado do café o produtor brasileiro está conseguindo se "apoderar" de um bom momento, já que os preços do grão estão em alta nos últimos anos, sem que haja qualquer quebra de safra no País.

– É preciso dar tranquilidade ao setor agrícola e pararmos com esta história de que vamos consertar tudo o que estava errado. Vamos dar instrumentos para dar continuidade às políticas que vêm sendo implementadas. E este é o momento mais estratégico para a produção. Cabe à Política Agrícola minimizar possíveis riscos no futuro, disse.

Edilson Alcântara destacou a intenção do Ministério de criar um plano plurianual parametrizado, diferenciado e declarado para cada cadeia produtiva de forma a "desenvolver uma agenda estratégica.

– Deverá ser uma agenda voltada à contenção da volatilidade de preços e garantia de renda, com foco em agregação de tecnologia, melhoria de gestão e disseminação do seguro contra riscos climáticos – afirmou.

O secretário lembrou que ultimamente o "clima está surpreendendo" e é preciso ficar atento.

–Temos uma grande parte dos produtores de café concentrada em pequenas propriedades que não sustentam uma quebra e aí vamos ter que entrar no ciclo de renegociação de dívida. O importante agora é trabalhar realocação de recursos para seguro e resseguro do café – declarou.

Ele defendeu também a criação de um cadastro geral de produtores agrícolas, dividido por cadeia produtiva, de forma a assegurar acompanhamento mais próximo do Ministério de cada produtor e de suas peculiaridades.

– Temos que criar condições de o produtor e a própria indústria agrícola se apoderarem do crédito, porque alguns não têm acesso e fica lá o banco fazendo um teatro sem que possamos saber de fato o que está acontecendo, disse, lembrando que a subvenção federal tem que ser tratada de maneira diferenciada para cada cadeia e para cada produtor dentro de uma única cadeia – concluiu.

FONTE: AGÊNCIA ESTADO

terça-feira, setembro 06, 2011

Soja: Ritmo de negociação melhora no Brasil

A liquidez melhorou no mercado nacional de soja nos últimos dias, conforme pesquisas do Cepea. Vendedores têm aproveitando as altas expressivas de preços. Esse movimento tende a estimular a produção e, ao mesmo tempo, limita o consumo mundial, o que pode aliviar a pressão sobre os estoques mundiais. De modo geral, o mercado ainda está atento à possibilidade de redução na produtividade das lavouras de soja dos Estados Unidos, diante do baixo volume de chuvas no Meio-Oeste do país. No Brasil, além das influências vindas do clima desfavorável nos Estados Unidos, a baixa oferta da oleaginosa brasileira também reforçou o suporte aos preços, tendo em vista o bom interesse comprador. Nem mesmo a maior necessidade de negociação por parte de vendedores, visto que o período é de vencimento de contas (final de mês), arrefeceu o movimento de alta. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa para o produto transferido no porto de Paranaguá fechou nessa sexta a US$ 32,04/sc de 60 kg, subindo 1,33% entre 26 de agosto e 2 de setembro (em moeda nacional, o Indicador fechou a R$ 52,42/sc, elevação de 3,3% no mês). Quanto à média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, observou-se alta de 2,83% em sete dias, fechando a R$ 48,97/sc no dia 2.

Fonte(s): CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Ap

Plantio de soja não é relevante para o desmatamento, atestam INPE e Embrapa

Moratória da soja ajudou a criar metodologia para análise do uso do solo e deu mais transparência aos dados

A produção de soja brasileira não é um vetor relevante de desmatamento no Bioma Amazônia, revela estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE em parceria com a Embrapa, na semana passada. A pesquisa, que considerou o total desmatado até 2008 (720 mil km²) nos nove estados amazônicos, mostra que somente 34,9 mil km2 (4,8%) são destinados à agricultura.
Esses resultados contribuem para desmistificar a ideia de que a produção de soja no Brasil se dá às custas de desflorestamento no Bioma Amazônia e corrobora as conclusões do monitoramento realizado pela Moratória da Soja de que essa oleaginosa não é um vetor relevante de desflorestamento naquela região. A Moratória, instituída em julho de 2006, contribuiu para uma melhoria significativa na governança daquele bioma.

Nestes últimos cinco anos, o monitoramento da Moratória da Soja produziu evidências de que os plantios da oleaginosa possuem uma participação ínfima nos desflorestamentos ocorridos após a sua declaração. Em linha com os resultados do estudo, o monitoramento da safra 2009/10 mostrou que apenas 0,25% da área total desflorestada nos estados do Mato Grosso, Pará e em Rondônia, nos três anos anteriores, foi alocado para a lavoura da soja.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais – ANEC e suas respectivas associadas se comprometeram, em 2006, a implantar um programa de governança que objetiva não comercializar e financiar a soja da safra de áreas desflorestadas dentro do Bioma Amazônia após aquela data. Essa disposição foi pactuada para durar apenas dois anos, mas, em função dos bons resultados alcançados e do empenho da cadeia produtiva da soja em contribuir para a queda do desmatamento, a Moratória continuou e está em vigência até hoje.

O INPE, parceiro que faz o monitoramento por imagens de satélite do desmatamento, atesta a seriedade do processo. Após o trabalho do INPE, são realizados sobrevoos para identificação do uso e ocupação do solo. Nas fazendas onde forem encontradas plantações de soja, são realizadas reuniões presenciais com os produtores rurais não conformes com a moratória da soja.

Essa metodologia, aprimorada durante cinco anos para a identificação de áreas com plantios de soja, contribuiu de forma significativa para sua aplicação para outros usos do solo. Como consequência, gerou informações relevantes para a avaliação dos processos que levam ao desflorestamento.

Além do monitoramento, as empresas dispõem de um conjunto de ferramentas para garantir a governança dos processos produtivos. “Hoje, para se comprar soja, os associados da ABIOVE e da ANEC precisam, antes, consultar a lista de áreas embargadas do IBAMA; a lista de trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego; a lista da Moratória da Soja no Bioma Amazônia”, diz Carlo Lovatelli, presidente da ABIOVE e coordenador do setor privado no Grupo de Trabalho da Soja – GTS. “Todos esses filtros e essas restrições mostram o quão criterioso é o setor”.

O GTS é um forum estratégico de tomada de decisões e coordenação de ações. É composto por representantes do setor privado e da sociedade civil (ONGs), pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Banco do Brasil.

Fonte(s): Agrolink com informações de assessoria

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